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É importante saber que existe uma linha divisória entre “luta” e “arte marcial”. Ambas possuem o intuito do combate e do controle corporal. Porém, as lutas são desenvolvidas para competição, num esquema de contagem de pontos e o treinamento é feito para que o atleta consiga aperfeiçoar-se como competidor, enquanto a arte marcial possui o intuito de autocontrole e defesa pessoal em situação de risco, sem regras, sem contagem de pontos. As artes marciais têm o enfoque principal no desenvolvimento do caráter como ser humano, são ferramentas de proteção e vem carregadas de uma série de ritos culturais tradicionais que estão totalmente interligados com cada movimentação desferida na prática do combate. Muitas dessas artes tiveram função direta na origem e desenvolvimento de civilizações.
A equipe do Esportudo fez uma pesquisa e listou cinco artes marciais orientais pouco praticadas e discutidas no Brasil, mas que possuem características fantásticas em sua composição.
5. Sumô
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Famosa por causa de alguns filmes e campeonatos televisionados, porém pouco conhecida a fundo, esta modalidade tem origem no Japão e finalidade competitiva, porém o desenvolvimento do atleta é extremamente carregado de hábitos tradicionais e rituais seculares ligados à religião xintoísta. O combate ocorre em pé e o objetivo é fazer o adversário sair do ringue ou tocar o solo com alguma parte do corpo que não seja a sola dos pés.
4. Kendo
Kendo ou Kenjutsu é mais uma arte desenvolvida há séculos no Japão e consiste no desenvolvimento do uso da espada. Antes mesmo da era feudal no Japão, ocorreram diversas guerras civis e este combate originou várias escolas com distintas vertentes. Na época não se usava proteção e nem espadas de bambu para o treinamento, então era preciso aprender sequencias e, após um nível avançado, os praticantes se enfrentavam, quanto maior o nível do espadachim, maior a sua facilidade de parar o golpe antes de perfurar a pele do oponente.
Na era Edo, quando o Japão se tornou feudal, a sociedade se dividiu em diversas classes, entre elas, os guerreiros, estes praticavam Kendo para se desenvolverem como grandes espadachins, mas também incorporaram diversas influências do budismo e outras filosofias, afins de trazer um engrandecimento espiritual para os guerreiros. Nessa época, também começaram a surgir algumas proteções e espadas de bambu, assim aconteceu a primeira evolução do Kendo para algo mais próximo do que se tem hoje.
Na era Meiji, os Samurais foram abolidos e a espada foi proibida, o Kendo que era uma atividade ensinada nas escolas quase foi extinto, mas após a década inicial desse período, ele voltou a ser feito e se tornou extracurricular.
O Kendo ainda chegou a ser proibido e depois voltou a ser praticado livremente após a segunda guerra mundial. O Brasil possui muitos adeptos dessa arte marcial, por consequência de ser o país com mais imigrantes japoneses em todo o mundo.
3. Hapkido
É uma arte marcial coreana, porém originalmente foi desenvolvida por monges Budistas que saíram da Índia para a China em aproximadamente 67 a.C., afins de aperfeiçoar sua energia vital (KI). Em aproximadamente 372 d.C. essa arte chegou na Coréia onde expandiu sua função afim de servir como autodefesa. De 1909 a 1945 a Coréia foi invadida pelo Japão e suas artes marciais foram proibidas. Assim, o Hapkido foi aperfeiçoado de forma clandestina nas montanhas do país.
O Hapkido possui alguns estilos diferentes, mas basicamente consiste na autodefesa com base corporal e no uso de qualquer objeto como forma de defesa, incluindo até leques. É muito utilizado por exércitos do mundo todo e também possui técnicas de respiração e alongamentos que ajudam a desenvolver a energia interna do praticante.
2. Tai Chi Chuan
É uma arte marcial milenar chinesa que pode ser vista como meditação em movimento. Ela prega vencer o movimento através da quietude, a dureza através da suavidade e o rápido através do lento.
É extremamente difundido no mundo todo e busca o equilíbrio corporal e espiritual do praticante.
Essa arte foi desenvolvida a partir de observações sobre a natureza, tanto dos animais quanto dos elementos básicos. Ele não tem a autodefesa como finalidade e sim o equilíbrio e autoconhecimento, porém, em situação de risco, o praticante experiente de Tai Chi Chuan pode conseguir bons resultados em busca de proteção.
1. Aikido
Para finalizar nossa lista, mais uma arte secular japonesa que procura unificar espiritualidade e autodefesa. A grande característica do Aikido é a utilização da força do adversário contra ele mesmo, não apenas a força física, mas a força espiritual (KI).
Além disso, o praticante procura desenvolver a fluidez do seu próprio KI. Essa luta possui muitas influencias do Kenjutsu (técnica da espada, vista no item 2) e do Jojutsu (técnica do bastão curto), além de ensinar diversas técnicas de queda, torções e golpes. Está espalhado pelo mundo todo e possui diversas interpretações e estilos, porém se mantém igual numa questão central, preza pelo bem-estar também do oponente.
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