Crédito foto: Divulgação / Site oficial Serra FC
O futebol é o esporte mais popular do mundo muito por ser fácil de se praticar. É necessário uma bola, alguns jogadores e duas traves. Pode ser jogado no quintal de uma casa, parque, rua, campo da cidade ou um terreno baldio.
Jogos que enchem um estádio por causa da agilidade e habilidade dos protagonistas, uma religião para muitos fãs, inclusive no Brasil. Mas essa realidade não acontece no Espírito Santo, onde nos anos 70, 80 e 90 produziu alguns talentos para o esporte nacional e internacional, como exemplo de Geovani e Sávio.
Por muito tempo esta região não vê uma equipe local na elite no cenário nacional. No campeonato estadual os campos vazios mostram a dura realidade. E é sobre isso que vamos falar em seis tópicos.
6. Uma Federação apática
Por muito tempo a Federação esqueceu o seu papel de administrar e fez tabelas confusas, campeonatos ruins e os clubes, sem opção, aceitavam para dar mais visibilidade que o eixo Rio-São Paulo.
A má administração da Federação entre os anos de 1994 e 2015 foi um dos fatores responsáveis pelo fraco desempenho do campeonato local, período que começou a decadência do esporte no estado. Com pouco investimento no marketing, um campeonato desorganizado deu espaço aos campeonatos dos estados vizinhos, perdendo seu potencial. Isso levou o desaparecimento dos patrocinadores e consequentemente o público dos estádios.
5. Estruturas precárias
Com a ausência das equipes da região na elite das competições nacionais por um longo período, caíram os investimentos, o que dificultou a contratação de jogadores de alto nível. Além disso, prejudicou a renovação com as promessas e os clubes não conseguiram montar times competitivos.
Com equipes organizadas para disputar somente o campeonato estadual, os jovens atletas preferem sair do estado e defender a camisa de times do Rio de Janeiro e São Paulo. Exemplos como Maxwell do PSG, Luan do Vasco e Luis Henrique do Botafogo são os mais expressivos.
4. Patrocinadores
Crédito foto: Divulgação / Site oficial do clube
A falta de patrocínio das grandes empresas locais é uma das principais reclamação dos dirigentes, jogadores e torcedores. Com uma receita baixa é praticamente impossível montar e manter uma equipe para uma disputa de nível nacional.
Os clubes têm dificuldades para pagarem as despesas do estádio, jogadores e funcionários. Outro motivo pelo baixo investimento é que os times locais não passam pela primeira fase da Copa Brasil, assim não têm muitas aparições na TV.
3. Imprensa
A imprensa local não divulga o esporte. A televisão mostra somente uma partida por semana e focaliza praticamente tudo nos torneios cariocas. Para saber sobre o campeonato ou alguma equipe local, é preciso o uso da internet ou esperar até a segunda-feira seguinte para acompanhar o pouco espaço que os programas esportivos dão.
Não interessa o nível das equipes, a mídia deveria dar mais cobertura local. Porém, eles preferem ceder o espaço para o Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
2. Desinteresse dos fãs
Nas ruas, as camisas dos times do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais são mais visíveis que as dos locais - quando se têm. O desinteresse reflete também nos estádios, vazios na maioria dos jogos e somente com um bom público na final.
A maior rivalidade do futebol local, Rio Branco e Desportiva, ficou de fora das finais por mais de 29 anos. Resultado? Abandono por parte dos torcedores!
1. Investimentos nas categorias de base
Para montar uma boa equipe e mantê-la, é preciso uma boa base. Como citado antes, o futebol capixaba revelou grandes jogadores em níveis nacional e internacional. Havia bons alojamentos e treinadores. Quando o investimento na base começou a cair, as equipes começaram a cair também.
Hoje o dinheiro está voltando a ser colocado nos clubes e aos poucos já podemos ver alguns frutos desse projeto. A esperança é que com a nova gestão as coisas possam melhorar, com mais investidores, e a mídia dando mais atenção para as equipes locais. Só assim veremos times mais competitivas e quem sabe em um futuro próximo de volta a elite nacional.
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