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Existem muitas dúvidas em como definir se um jogador de futebol é um craque ou não, e talvez não haja uma fórmula para garantir uma resposta, mas várias teorias são criadas para ajudar a resolver essa questão. Afinal, o que é ser um craque? Hoje, existem números, muitos, sobre todos os atletas de alto nível do planeta e com isso é possível ver quem tem as melhores estatísticas e a partir daí, poder dizer, se o futebolista é diferenciado ou não.
Porém, há quem ache que só bons números não bastam, e me incluo nessa. É preciso um algo a mais, uma coisa quase mágica, que faz com que todos, ou pelo menos a maioria dos fãs de futebol, reservem o seu tempo para ver esse cara jogar, o craque!
Ter eficiência significa ter a competência de cumprir o que lhe é pedido com o menor número de erros possíveis, e o jogador que consegue isso, acaba se destacando e se torna uma importante peça para seu time. Se os 11 titulares, ou a maioria deles, conseguem ser eficientes em realizar tudo o que o treinador pede e este for um bom técnico, a equipe consegue bater de frente com muitos times que tenham uma capacidade técnica bem maior, fazendo com que diversas surpresas aconteçam nesse universo do futebol. Por isso, todos no meio buscam essa eficiência e a valorizam quando conseguem obtê-la.
O ex-atacante Filippo Inzaghi é um dos jogadores mais eficientes que eu vi jogar, mas o que mais me impressionava era sua falta de qualidade com a bola no pé, e mesmo assim, ele jogou final de Champions League, mais de uma, e ganhou duas. Marcou duas vezes em uma delas, decidindo a partida, além de tudo, ganhou uma Copa do Mundo e é considerado um dos atacantes mais importantes da história da tradicional Seleção Italiana. Como alguém com um currículo desses pode ser considerado um jogador sem intimidade com a pelota? A resposta é mais simples do que parece ele cumpria o seu papel dentro do campo, marcava gols, era decisivo, que é a função do atacante. Era extremamente eficiente, tinha um pouco de sorte também, verdade, a famosa sorte de matador, mas, sua competência era incontestável, suas conquistas e sua brilhante carreira falam por si. Crédito foto: Getty Images
Lionel Messi é um gênio, Cristiano Ronaldo também, mas, eles são diferentes, seus estilos de jogo são distintos, mesmo assim, ambos conseguem mover uma multidão de fãs por causa do jeito que jogam, e eles são exemplos atuais de que dá para conseguir as duas coisas citadas no título desse texto. Eles são craques e são eficientes, e esses dois fatores, juntos, fazem com que grandes atletas como esses, surjam.
Uns podem dizer que um é melhor que outro, que um tem mais o dom, ou que o outro tem números melhores. Entretanto, inegavelmente, os dois estão alguns níveis acima da maioria, eles estão sempre um passo ou mais a frente de seus adversários e sua capacidade de pensar durante o jogo, de mudar uma partida de uma hora para outra é uma coisa assustadora, principalmente para quem está jogando contra.
A diferença entre genialidade e eficiência está diretamente ligada ao poder de decisão, ao poder de decidir um confronto complicado em um único lance. Eles vencem uma marcação fechada e bem feita, seja com um passe em profundidade, um drible improvável ou um chute preciso. A capacidade de fazer isso está inerente ao craque, é algo que eles podem fazer em qualquer situação, eles são mágicos por isso, eles tiram um coelho da cartola para ser determinante no resultado da partida.
Enquanto os que são competentes são mais regulares, se tiverem espaço e condições de jogo para fazer o que sabem fazer, eles não erram, e dificilmente não vão ter esse espaço por todos os 90 minutos, é um jogode paciência, de esperar o momento certo para fazer um desarme, uma cobertura, ou até mesmo o gol. Eles procuram estar sempre no lugar certo, na hora certa, e normalmente estão.
O ideal é ser os dois, é ter as duas coisas. Porém, isso raramente acontece e quando acontece, as lendas nascem!
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