Crédito foto: Ivan storti / Divulgação
Neste século, o Santos viveu dois grandes momentos importantes para sua história. O primeiro, no início do século, com a conquista de dois Campeonatos Brasileiros (2002 e 2004) e a revelação de jogadores importantes para o clube. O segundo grande momento é mais recente (de 2010 a 2012), em que o clube conquistou dois títulos por temporada e fez grandes revelações de peso no clube; é a geração “Neymar e Ganso”.
Desde então, quase todos os anos o Peixe venceu o Campeonato Paulista, sendo finalista por oito temporadas seguidas. Mas desde 2011, com a conquista da Copa Libertadores, o clube não fazia uma temporada que sequer pudesse ser comparada ao ano do tri continental. O ano de 2016, está acabando e a única competição que o clube ainda joga é o Brasileirão, que já está decidido (Palmeiras é campeão). Veja por que a torcida do Santos deve se orgulhar da temporada e entenda como ela se aproxima do ano em que Edu Dracena levantou a taça da Copa Libertadores.
1. Campeonato Paulista
Crédito foto: Ivan Storti / Divulgação
Usando a competição como teste para os jovens que surgem da categoria de base, o Alvinegro Praiano vai bem na competição todos os anos, desde 2006, (2008 foi o único ano que não chegou na final de lá para cá). O time é o único a chegar na final oito anos consecutivos, feito somente conseguido pelo próprio clube, quando Pelé ainda atuava pelo clube.
O sucesso na competição por tanto tempo é a prova de que as revelações no clube não param e a filosofia passada na base é bem absorvida pelos atletas. Se chegar à final do próximo ano, será um novo recorde, um feito inédito. Este ano, o clube ganhou do Osasco Audax na final e levantou a taça. Das últimas oito edições, o Peixe venceu cinco. O histórico promete para o ano que vem.
2. Campeonato Brasileiro
Desde 2004, o Santos nunca mais venceu o Campeonato Brasileiro. Entretanto, o clube ganhou a Copa do Brasil, Copa Libertadores e Recopa Sul-Americana. Aquela, sendo a primeira na história do clube (2010). Após o octacampeonato, o elenco não foi bem no torneio, terminando quase sempre no meio da tabela e se salvando até do rebaixamento de 2008 no final da competição. Porém, este ano o clube surpreendeu a todos, inclusive a sua torcida. Chegou a liderar por saldo de gols, mas terminou o 1° turno em 5°. Se recuperou na reta final, chegando a ter nove jogos de invencibilidade. Isso foi fundamental para garantir vaga antecipada no G3, com acesso direto à Copa Libertadores, sem precisar jogar a pré-Libertadores em 2017. O elenco irá disputar o vice-campeonato com o Flamengo na 38ª rodada.
3. Copa Libertadores
A última edição do torneio que foi disputada pelo time foi a de 2012. Na ocasião, o clube foi apenas o 10° colocado no Brasileirão, mas conseguiu se classificar por vencer a edição de 2011. Na final, bateu o Peñarol-URU e se sagrou campeão no Pacaembu, 49 anos depois do 1° título no torneio. Apesar da liga nacional não ter terminado, o Peixe já se classificou para a Copa Libertadores da próxima temporada, resultado de um excelente 2° turno no Brasileirão. O Santos é o clube brasileiro com o melhor aproveitamento na Copa Libertadores. São 12 participações, sendo quatro finais e três vezes campeão. O histórico do clube é animador para seus torcedores.
4. Ouro olímpico
Crédito foto: Rafael Ribeiro / CBF
Claro que não foi o Santos que trouxe a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2016 no futebol, mas o Alvinegro Praiano pode, sim, se orgulhar mais do que qualquer clube da conquista. O motivo de tanta alegria são os participantes da conquista. O Peixe cedeu três jogadores ao grupo campeão de Rogério Micale (técnico da seleção olímpica): Zeca, Thiago Maia e Gabriel Barbosa (o Gabigol). Além dos três convocados jogando no time, o Alvinegro Praiano formou dois outros jogadores que foram importantes na conquista: Neymar e Felipe Anderson.
5. Identificação com o clube
Crédito foto: Ivan Storti / Divulgação
Dorival Júnior está em sua segunda passagem pelo Alvinegro Praiano e nas duas tem muitas conquistas. Além dos Campeonatos Paulistas, venceu a 1ª Copa do Brasil da história do clube e comandou o elenco de forma primorosa em 2016. Tem a confiança da torcida e da diretoria, além de ser respeitado pelos atletas.
6. Dinheiro para investir
Não é o mais importante no esporte, mas é necessário. Para a disputa de competições importantes, é fundamental fazer investimentos que muitos clubes não podem fazer. O Alvinegro Praiano tem muitos títulos, uma excelente base e é um dos maiores clubes do Brasil, mas está longe de ser rico (nos últimos anos teve problemas para pagar as contas).
Em 2016, o clube aparenta ter conseguido levantar dinheiro para fazer um bom investimento para a disputada da Copa Libertadores 2017. O clube vendeu Geuvânio para o Tianjin Quanjian (China) por R$ 80 milhões; vendeu, na metade do ano, Gabigol para a Internazionale por R$ 91 milhões. O clube não ficou com todo o dinheiro das vendas, mas somando as quantias tem cerca de R$ 53 milhões.
Crédito foto: Ivan Storti / Divulgação
O clube conseguiu mais uma fonte para arrecadar fundos: Esporte Interativo. O clube foi um dos primeiros a romper com a Globo no Brasil. Assinando com o EI, conseguiu R$ 60 milhões de luvas para a transmissão do Campeonato Brasileiro de 2019 a 2024. Se algum clube assinasse o mesmo contrato com a emissora, o Peixe teria direito à diferença de quantia, aumentando o valor a ser recebido. O Palmeiras assinou com a emissora por R$ 100 milhões. Portanto, graças ao rival, o Alvinegro Praiano tem mais R$ 40 milhões a receber do Esporte Interativo como luvas.
Somando tudo, o clube deve ter cerca de R$ 150 milhões para investir nas categorias de base e, principalmente, na formação de um elenco forte para a disputa da Copa Libertadores em 2017. É um orgulho que nem todos podem ter!
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