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As mudanças propostas pela Conmebol para a Copa Libertadores da América a partir de 2017 trouxe uma série de debates nos mais diversos cantos do país. A principal delas é o aumento do número de clubes e com duas fases eliminatórias antes da fase de grupos, fato que levou uma mudança de vagas no Campeonato Brasileiro. Outras mudanças ainda estão em discussão. É o caso de uma eventual final em campo neutro e partida única, coisa que já ocorre na Europa nos torneios continentais.
De qualquer forma, apesar de todas terem sido definidas para o próximo ano, o impacto no Brasileirão já está vigente. A mudança no número de vagas, passando de quatro para seis, tem diversos impactos no cenário nacional. Veja, abaixo, alguns deles:
1. Aumento do nível de competição em 2016
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O principal ponto positivo é óbvio: o aumento de vagas traz, consequentemente, um aumento de postulantes a uma classificação. Times que já entravam em uma fase de acomodação, sem ter muito que almejar na competição, ganham um novo objetivo: a classificação para o torneio continental.
É o caso de times como Botafogo, Corinthians e Chapecoense, mas também começam a ficar um pouco distantes do quarto colocado Santos. Parece óbvio que a gana pela vitória nas partidas finais seria menor sem essas vagas e eles ainda podem decidir o campeonato.
Os três times citados possuem partidas a realizar contra o líder Palmeiras e o vice-líder Flamengo, por exemplo. O mais provável era um natural desinteresse com a chegada da reta final do campeonato, mas com esse aumento no número de vagas o estímulo deve durar até as rodadas finais.
2. Calendário
A mais importante mudança de todas, ao menos aparentemente, é o ajuste do calendário. A competição continental passará a ser disputada ao longo de todo o ano, um ajuste necessário e atrasado. Algumas datas do primeiro semestre ganham espaço para melhor organização dos jogos brasileiros.
Por outro lado, times que avancem na Copa Libertadores podem optar por deixar o Brasileirão em um segundo plano, fato que poderia prejudicar o nível técnico do campeonato. O São Paulo, semifinalista em 2016, possivelmente poupará titulares em uma reta final caso repita seu desempenho, por exemplo.
3. Alteração de regulamento no meio do campeonato
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Talvez o grande problema das mudanças seja a alteração de G4 para G6 com campeonato em andamento. Considerando um cenário de recentes viradas de mesa, especialmente ligadas a rebaixamentos de grandes equipes, a determinação com bola rolando tira um pouco a credibilidade das regras estabelecidas no começo do campeonato e deixa no ar aquela sensação de insegurança sobre novas alterações.
4. Estímulo aos clubes de orçamento reduzido
Ano após ano, times de menor expressão fazem boas campanhas no Brasileirão e acabam premiados apenas moralmente. O menor orçamento não permite que briguem por uma vaga direta no G4 – ou ao menos tornam uma missão muito complicada (Paraná e Goiás, por exemplo, conseguiram).
Outros tantos times fizeram campanhas espetaculares considerando o elenco que tinham em mãos. Foi o caso do Figueirense comandado por Jorginho que, em 2011, terminou a competição em sétimo lugar – mesmo sem vencer nenhuma das últimas quatro partidas – e muito provavelmente por falta de maior ambição.
Com o novo formato de G6, as chances do Figueira participar de uma competição internacional aumentam consideravelmente, assim como outros tantos times que podem sonhar, literalmente, com voos mais distantes.
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