Crédito foto: Divulgação site oficial do Coxa

Categoria de base: investimento necessário para qualquer time de futebol, ainda mais para clubes como o Coritiba, que não tem as mesmas verbas de TV e patrocinadores, se comparados aos gigantes do futebol nacional.

Todo e qualquer investimento feito nessa área sempre trará bons retornos. Manter um clube custa muito caro, trazer jogadores de ponta, no auge do sucesso, transforma folhas salariais em fardos pesados a dirigentes e, invariavelmente, o preço dessa escolha acarreta em temporadas e temporadas reorganizando fluxo de caixa.  O que fazer nessa hora? Contratar o “medalhão”, pagando o preço do sucesso e nem sempre colhendo os frutos dessa ação ou promover garotos da categoria de base, sedentos por uma chance no time principal?

Eu digo, sem pestanejar, que valorizar o “prata da casa” é a receita do sucesso. Claro que um time não pode ser só de garotos, precisa também de experiência, qualidade, preparo físico, tática, união do grupo e de muitas outras variáveis para compor um elenco campeão, mas ter meninos do seu celeiro, buscando um lugar ao sol, com salários “amadores”, auxilia em todos os pontos acima citados. 

O Coritiba tem um excelente Centro de Treinamento para as categorias de base, a necessidade, principalmente pela dificuldade financeira, faz com que muitos desses jovens sejam lançados no elenco profissional. A equipe do Esportudo.com listou cinco exemplos de jogadores formados no Coxa e que ganharam o mundo. Certamente você os conhece, confira:

5. Rafinha

Crédito foto: Getty Images

Marcio Ferreira de Souza ou simplesmente Rafinha: tem 31 anos e, hoje, joga no Bayern de Munique. Despontou para o mundo do futebol em 2003, numa dessas necessidades, ocupando a lateral direta alviverde, e, já no ano seguinte, levantou a taça de campeão estadual pelo Coxa, em plena Arena da Baixada, reduto atleticano. Jogou na seleção brasileira, que conquistou o bronze em Pequim 2008. E teve outras participações na seleção principal.

4. Adriano

Crédito foto: Getty Images

Adriano também foi campeão Paranaense pelo Coxa em 2004, e também com 31 anos, saiu da base em 2002, ficando por duas temporadas no Alto da Glória. A sua habilidade na lateral esquerda, com dribles e muita velocidade no ataque, logo despertou a atenção do Sevilla, da Espanha, time em que jogou por seis anos antes de chegar ao todo poderoso Barcelona, em 2010. Após ganhar duas Ligas dos Campeões e um Mundial no time de Lionel Messi, Adriano foi para o Besiktas, da Turquia, onde tem contrato no momento.

3. Miranda

Crédito foto: Getty Images

Vindo do interior do Paraná para fazer teste no Coritiba, Miranda só saiu do Couto Pereira no final de 2005 para jogar pelo São Paulo, onde atuou até 2011. Suas sempre firmes apresentações, além de o manterem como titular no Tricolor Paulista, despertaram o interesse do Atlético de Madrid, onde “desfilou” nos gramados madrilenhos até o final de 2015.

Hoje, Miranda compõe o milionário elenco da Inter de Milão. Ele, que também foi campeão estadual, naquele timaço do Coxa em 2004, está na seleção brasileira desde 2009. Com idas e vindas com a camisa do Brasil, Miranda disputou a Copa América Centenário neste ano e segue firme na defesa da seleção. O zagueiro, com 32 anos, tem esperança de jogar a Copa da Rússia, em 2018.

2. Henrique

Crédito foto: Divulgação | Nelson Perez | Fluminense F.C. 

Atualmente com 29 anos, o zagueiro e por diversas vezes volante, Henrique, iniciou sua carreira no Coxa, em 1998, e lá permaneceu até 2008. Zagueiro rápido, com boa saída de bola, além de oportunista nos escanteios, Henrique foi campeão paranaense em 2004 na máquina de jogar bola do Coritiba, e também conquistou o épico título da Série B do Brasileirão em 2007, contra o Santa Cruz, no Arruda, com uma virada histórica no final do jogo. 

Com uma carreira vencedora, o menino que veio de Marechal Cândido Rondon, interior do Paraná, ganhou espaço, títulos e fama no Coxa, despertando o interesse do Palmeiras, clube em que teve duas passagens, sendo uma delas no título do alviverde na Copa do Brasil de 2011, em cima do próprio Coxa.

Henrique teve também uma rápida passagem pelo Barcelona – mesmo com um contrato de quatro temporadas foi emprestado ao Bayer Leverkusen e Racing Santander –, além disso, atuou no Napoli da Itália até a temporada 2015, quando se transferiu para o Fluminense, time que conquistou o título da 1ª Liga, em cima do Atlético Paranaense. Na seleção brasileira, o zagueiro vinha sendo convocado desde 2008 e jogou a Copa do Mundo no Brasil, em 2014.

1. Alex

Crédito foto: Divulgação site oficial do Coxa

Diferentemente dos jogadores citados, Alex é o único que já se aposentou. Mas Alex 10 é diferente em tudo: foi craque, o maior que vi jogar pelo Coxa. O título dessa matéria poderia ser: “Pratas da casa que valem ouro” – em referência direta ao seu apelido “Menino de Ouro”.  Lançado pelo atual técnico do Coxa, Paulo César Carpegiani, Alex veio num momento péssimo do alviverde paranaense, mas apresentou-se genial, diferenciado, iluminado, e logo ganhou espaço, ajudando a trazer o time da 2ª divisão de volta para a elite do futebol brasileiro em 1995.

Jogou no alviverde paranaense por mais dois anos, mas o mundo era pequeno pra Alex: ele precisava voar. Então, ele foi para o Palmeiras, onde é amado pelos torcedores. Teve passagens discretas pelo Flamengo e pelo Parma, mas no Cruzeiro – foi campeão da tríplice coroa comandada por ele mesmo – é ovacionado pela metade azul de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Na Turquia, virou rei, ganhou tudo: título, fama, dinheiro, legionários, estátua e, até hoje, é santificado pela torcida do Fenerbahce. Após rodar o mundo e encantar a todos, voltou para seu time do coração em 2013, onde foi campeão paranaense em cima do rival Atlético-PR, quando, também, encerrou sua carreira onde começou, no Major Antônio Couto Pereira, estádio do Coxa.

Esses cinco jogadores saídos da base do clube fizeram muita fama pelo mundo. Em outro artigo, cabe homenagear também Dirceu Kruger, Pachequinho, Lucas Mendes e Keirrison, pois fizeram carreiras admiráveis no futebol.

E, você, que gosta do esporte, preste atenção nesses nomes: Dodô, Juninho, Ícaro, Raphael Veiga e Evandro - nova geração de ´Meninos de Ouro´ do Alto da Glória, liderados por ninguém menos que Paulo Cesar Carpegianni, o cara que descobriu o Alex!

Saudações alviverdes!

E aí, torcedor do Coxa, concorda, discorda ou acrescentaria outros nomes? Comente!

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