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Com o fim da fase de classificação da Superliga feminina de vôlei, os confrontos de quartas de final estão definidos. O Esportudo analisou os duelos, que prometem ser eletrizantes!
Conforme o regulamento, as partidas serão feitas em cruzamento Olímpico: 1°x 8°, 2° x 7°, 3° x 6°, 4° x 5° e melhor de três jogos. Sendo assim, vamos a eles:
Rio de Janeiro (1°) X Pinheiros (8°)
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Esse confronto, apesar de ser entre o líder e o oitavo colocado, promete equilíbrio. O Rio de Janeiro venceu as duas partidas na fase classificatória, mas foram jogos disputados. No turno a vitória foi por 3 a 0 com parciais equilibradas. No returno, o Rio só venceu no tie break.
Além do histórico, o estilo de jogo do Pinheiros encaixa bem com o do Rio de Janeiro. É um time que arrisca pouco e comete um número reduzido de erros. Joga muito bem com a posse de bola, têm um sólido sistema de bloqueio/defesa, mas se caracteriza por virada de bola insegura.
As ponteiras Vanessa e Maira dão um grande equilíbrio no passe e são razoáveis atacantes. No meio de rede, a central Milka tem se destacado muito, tanto no ataque quanto no bloqueio. A boa levantadora Ananda acelera bastante o jogo e é uma das mais regulares da sua posição da competição.
A principal peça do time é a oposto Bárbara, que é o grande destaque da equipe nas bolas altas e é a bola de segurança do Pinheiros. Sua atuação é determinante para as ambições do time. Quando Bárbara faz boas partidas, o Pinheiros consegue encarar qualquer adversário de igual para igual.
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O Rio de Janeiro, líder e favorito ao título, deve encontrar algumas dificuldades nesse confronto de quartas de final, mas deve sair vitorioso. O time equilibrou sua linha de passe e Gabi e Monique têm liderado o ataque.
Vale também lembrar do caso de Anne Buijs, ponteira holandesa que teve alguma dificuldade de adaptação no time carioca. Ela acabou sendo muito bem substituída por Drussyla em várias ocasiões durante o campeonato, mas nessa reta final a jogadora parece ter se encontrado. Decisiva no ataque e no bloqueio, ela pode ser o grande diferencial do time nessa reta final.
Osasco (2°) X Fluminense (7°)
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O confronto entre o segundo e o sétimo também promete um certo equilíbrio. No turno, o Osasco venceu o Fluminense por 3 a 0, mas no returno precisou levar o jogo para o tie break.
O Fluminense é um time muito experiente, liderado pela campeã olímpica Sassá e oposta Renatinha. As cariocas contam ainda com uma boa dupla de centrais, Letícia e Lara, e a promissora levantadora Pri Heldes. A equipe deve oferecer uma certa resistência ao Osasco, mas vai precisar de mais poder ofensivo para ameaçar as paulistas.
Para dificultar a vida do Osasco, vai precisar de grandes atuações da boa ponteira Ju Costa. Quem acompanha a Superliga e lembra da de 2008/2009 não esquece como a ponteira jogou bem nas semifinais contra o Rio de Janeiro vestindo a camisa do Brusque e quase eliminou o favorito na ocasião. É uma jogadora que pode fazer a diferença, mas que ainda não encontrou o seu melhor voleibol nessa temporada.
Para confirmar o seu favoritismo, o time de Osasco não precisa forçar muito o jogo, basta controlar a quantidade de erros no saque e estabilizar a linha de passe para que Dani Lins possa distribuir o jogo. Bia e Tandara são os grandes destaques do time na virada de bola.
Praia Clube (3°) X Brasília (6°)
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O Praia Clube esperava com certeza um confronto de quartas de final menos complicado. No turno, o perdeu para o Brasília por 3 a 0, e no returno venceu com parciais equilibradas por 3 a 1.
As mineiras tiveram muitas dificuldades durante toda a fase classificatória para encontrar um bom nível de jogo. Irregular, o time sofreu derrotas inesperadas, viradas e deu a impressão de que não "encaixou".
A exemplo do jogo do returno contra o Rio de Janeiro, as mineiras tiveram uma oportunidade de ouro para vencer as cariocas e fazer história, já que nunca venceu o Rio em jogos oficiais. Mas na hora mais importante, falhou. Em entrevista para o Sportv, a capitã do time, Walewska, foi categórica: não é um problema psicológico, é incompetência.
A expectativa da torcida, investidores e jogadoras é enorme. E não é para menos! Ano passado, o Praia chegou ao vice-campeonato e nesse ano renovou o contrato com todas as titulares daquela ocasião e ainda contratou a bicampeã olímpica, Fabiana. Eles vão ter que demonstrar todo o voleibol que ainda não mostrou para eliminar o surpreendente time da capital do país.
Do outro lado da rede, o Brasília não tem nada a ver com isso. Liderado por Paula Pequeno, Amanda e Macris, a equipe está com ‘sangue nos olhos’ e surpreendeu muitos grandes até agora. Com Macris imprimindo muita velocidade na virada de bola, as ponteiras e centrais estão fazendo grandes atuações e são uma grande ameaça para a continuidade do Praia na competição.
Para piorar a situação do Praia, a central Fabiana se lesionou no tie break contra o Rio de Janeiro. Dependendo do grau de gravidade da lesão, ela pode ficar de fora da reta final da Superliga, o que seria um desastre para o time mineiro.
Minas (4°) X Bauru (5°)
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Esse confronto é, pelo menos no papel, o que promete mais equilíbrio. No turno, o Bauru venceu por 3 a 1, mas nessa ocasião o Minas ainda não contava com suas duas principais contratações: Jaqueline e Hooker. No returno, o Minas deu o troco e venceu por 3 a 2.
No meio do returno, quando o Minas encontrou o seu melhor jogo, tudo indicava que o time terminaria a fase classificatória como principal rival do Rio de Janeiro. Mas uma brutal queda de rendimento da equipe na reta final preocupa o torcedor. Jaqueline, Pri Daroit e Rosamaria foram muito irregulares e o time sofreu muito no passe. Léia, tendo que cobrir muita quadra, também mostrou sinais de instabilidade. Naiane, grande revelação das duas últimas Superligas, também se mostrou imprecisa e acabou sendo substituída em várias ocasiões pela experiente Karine. A oposto Hooker continua mostrando um bom voleibol e vai ser a grande responsável pela virada de bola pelas pontas.
Por outro lado, o Bauru ainda também não convenceu. A equipe titular foi sendo alterada durante toda a temporada, o maior símbolo disso foi o revezamento entre Thaís, Mari Casemiro, Rivera e Daisy. Pela saída de rede, Bruna começou a temporada como titular, mas no meio da fase classificatória perdeu a vaga para Mari Steinbrecher. Mas a partir do returno, Bruno recuperou a titularidade.
O confronto é um enigma, mas se o Minas jogar o que jogou na Copa Brasil, o Bauru não terá nenhuma chance.
Os duelos eletrizantes começam nesta quinta-feira, com Osasco e Fluminense, às 21h55, no ginásio José Liberatti, em Osasco, São Paulo.
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