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As invenções mais criativas e bizarras da Fórmula 1

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Crédito foto: Getty Images

Os projetistas e engenheiros da Fórmula 1 não param. A partir do regulamento técnico de cada temporada, eles buscam incansavelmente brechas para aplicar soluções criativas e levar vantagem sobre seus competidores. Listamos aqui algumas dessas engenhocas que marcaram suas épocas e geraram projetos no mínimo originais. Alguns funcionaram, outros não. Confira, abaixo, as invenções mais criativas e bizarras:

O carro com ventilador

Do final da década de 70 até o final dos anos 80 a equipe Brabham foi referência na categoria. Com pilotos geniais e grandes projetistas, como Gordon Murray, buscaram sempre soluções criativas e originais para a Fórmula 1. Foi a Brabham, por exemplo, que introduziu na categoria as paradas para reabastecimento e troca de pneus. Um de seus projetos mais revolucionários tinha como base a instalação de um ventilador na traseira do carro. Esse dispositivo tirava o ar da parte de baixo, grudando o Brabham no chão. Estreou no GP da Suécia de 1978, com vitória de seu primeiro piloto, o campeão Niki Lauda (AUT). Como jogava todo tipo de detritos no piloto que vinha atrás foi proibido algumas corridas depois.

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Crédito foto: Reprodução Pinterest

O Tyrrell de seis rodas

A Tyrrell foi uma grande equipe nos anos 1960-70. Jackie Stewart (GBR) foi bicampeão na equipe em 1971 e em 1973. Um dos problemas dos carros de corrida na época era o motor, potente e pesadão, instalado praticamente sobre o eixo traseiro, o que deixava a frente do carro muito leve e sem aderência. A solução encontrada pelos engenheiros da Tyrrell foi um conjunto de seis rodas, quatro pequenas na frente. A primeira corrida do novo carro foi o GP da Espanha de 1976. O carro até era promissor, dando alguns bons resultados para seus pilotos Patrick Depailler (FRA) e Jody Scheckter (SFA), mas os altos custos, somados à dificuldade dos fabricantes de pneus da época em desenvolver compostos exclusivos para somente uma equipe e ainda os crônicos problemas de superaquecimento nos freios fizeram a equipe abandonar a ideia na temporada seguinte. Coincidência ou não, a equipe foi definhando até desaparecer.

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Crédito foto: Getty Images

O carro movido à turbina

Não confunda com os turbo, que são os dispositivos que aproveitam os gases do escapamento para acelerar a entrada de combustível nos motores, comuns hoje em dia. Em 1971 a Lotus, dirigida pelo visionário Colin Chapman, pôs na pista um carro impulsionado por uma turbina de verdade, adaptada de um motor de helicóptero. A cobaia foi o genial brasileiro Emerson Fittipaldi, que viria a ser campeão mundial na mesma Lotus no ano seguinte (com um carro comum). O carro turbina era um foguete, mas difícil de fazer curvas e quebrava muito. Emerson conseguiu um 8º lugar em Monza com ele, e só. Em apenas três corridas o projeto foi abandonado. A Lotus ainda teria outros períodos de glória, sempre sob Chapman, até o início dos anos 80.

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Crédito foto: Reprodução Pinterest

O carro asa

De novo a Lotus. De novo Colin Chapman, muito à frente de seu tempo. Dessa vez o carro tinha em suas laterais painéis móveis de plástico, batizados de minissaias, que tocavam o chão, combinados com um assoalho cujo desenho imitava uma asa invertida. O ar passava reto por baixo, canalizado, e grudava o carro no chão, sem o arrasto das asas. Era o efeito solo. Com esse carro, Mario Andretti (EUA) venceu cinco corridas em 1977 e foi campeão mundial no ano seguinte. Com o sucesso e a relativa simplicidade do projeto, as demais equipes adotaram o desenho. Os carros eram velocíssimos, pulverizando recordes sucessivamente (alguns duram até hoje), mas as pistas não estavam preparadas e os acidentes espetaculares e mortais se sucediam. Em 1982 o efeito solo foi banido pela FIA. Hoje tem altura mínima nas laterais e os assoalhos têm que ser lisos.

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Crédito foto: Divulgação

Asas

Hoje o regulamento da Fórmula 1 é bastante rígido, detalhando em milímetros as medidas de asas e outros recursos aerodinâmicos. Nem sempre foi assim. Nos anos 60, 70 e 80, com o desenvolvimento da tecnologia aeroespacial e o início do uso dos túneis de vento pela indústria civil, as equipes da Fórmula 1, percebendo a importância dessas peças na obtenção de estabilidade (ver matéria asas) e tração foram tentando as mais variadas soluções para a colocação desses dispositivos, gerando carros bastante estranhos. O problema é que essas coisas nem sempre funcionavam e, pior, se soltavam em qualquer pancadinha e saiam voando, pondo em risco pilotos e espectadores. As asas foram sendo regulamentadas com o passar dos anos, até chegar aos carros atuais.

Não desanime. Dia após dia, todo ano, batalhões de projetistas munidos dos mais avançados recursos estão trabalhando, buscando brechas nos regulamentos e criando coisas geniais, algumas das quais estarão no seu carro algum dia.

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Categorias: Fórmula 1, Automobilismo, Emerson Fittipaldi, Lotus, Motor, GP, Bizarras, Asas, Criativas, Regulamento, Invenções, projetos

Carlos Cinquegrana Jr

Escrito por Carlos Cinquegrana Jr

Sou formado em Publicidade e Propaganda e Rádio e Televisão e tenho mais de 25 anos de experiência nas áreas de planejamento comercial, marketing esportivo, marketing artístico, mídia e promoções. Atuei no desenvolvimento de projetos em grandes empresas como Rádio Bandeirantes, Band FM, Canal 21, Nativa FM, Sunshine Entertainment, Conteúdo Radiofônico e Rádio 2. Atualmente atuo como assessor autônomo em projetos especiais de marketing e de mídia.

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