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A verdade no futebol não dura 24 horas, quanto mais a permanência de um treinador na frente de um time. Uma das profissões mais difíceis de se manter no mundo, a de técnico é a peça mais "descartável" de um quebra-cabeça que tem formato de um clube, com presidência, diretoria, comissão, jogadores e os demais funcionários.
Porém, todos têm o seu valor, seja por conquistas ou por grandes trabalhos. O Esportudo separou cinco técnicos que estão no mercado, buscando seu espaço. Veja!
1. Eduardo Baptista
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O filho do saudoso, e também treinador, Nelsinho Baptista ficou conhecido pela grande campanha feita com o Sport Recife em 2014 e 2015, conquistando, logo de início, a Copa do Nordeste e o Campeonato Pernambucano. Eduardo Baptista chegou à marca de dez jogos sem perder no Campeonato Brasileiro, em 2015, e no final do mesmo ano ficou na lista dos 100 melhores técnicos do futebol mundial, de acordo com o site britânico "coach world ranking". Entretanto, após a saída do time pernambucano, a carreira de Eduardo foi só ladeira abaixo, exceto no Palmeiras, onde teve um aproveitamento de 66%. Recentemente o treinador comandou o Atlético Paranaense, onde comandou por 13 jogos. Sendo cinco vitórias, três empates e cinco derrotas, com um aproveitamento de 46,1%. A nova safra estava chegando aos poucos e povoando ainda mais o mercado de treinadores brasileiros.
2. Deivid
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O jovem técnico começou sua caminhada com a ajuda de um velho conhecido: Vanderlei Luxemburgo. Deivid foi auxiliar do treinador no Flamengo, em 2015 e teve o "gostinho" de ser comandante em um clássico, Fla-Flu, por conta de uma suspensão que Vanderlei teve que cumprir naquele jogo. Na oportunidade, Deivid venceu por 1 a 0. Mas, como treinador "de fato", o ex-atacante só recebeu a primeira oportunidade no Cruzeiro, após a saída de Mano Menezes, em 2016. Após 18 partidas, sendo 11 vitórias, cinco empates e duas derrotas, o treinador foi demitido. Em seu último trabalho, no Criciúma desde o final do ano passado, o comandante fez 28 partidas, com um aproveitamento de 42,8%. Sendo dez vitórias, seis empates e 12 derrotas. Muitos não estavam mais adeptos à nova safra e poderiam recorrer à velhos conhecidos.
3. Ney Franco
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Já conhecido no cenário de treinadores do Brasil, o mineiro começou no simpático Ipatinga, de Minas Gerais, onde fez grande feito, principalmente, na Copa do Brasil, revelando grandes nomes como Walter Minhoca, Paulinho e o atacante Diego Silva. Tal feito no torneio nacional o credenciou para ser técnico do Flamengo, time que tinha eliminado o Ipatinga na competição. Mesmo sendo campeão naquela edição da Copa do Brasil, Ney Franco dedicou parte do título ao antigo treinador Waldemar Lemos, que comandou o time até a reta final da competição.
Dentre os títulos que possui na carreira, o treinador tem um Campeonato Brasileiro da Série B pelo Coritiba em 2010, Campeonato Sul-Americano e Mundial em 2011 pela equipe Sub20 do Brasil, revelando craques como Neymar, Oscar, Lucas Moura e Casemiro e o último título internacional conquistado pelo São Paulo, a Copa Sul-Americana de 2012. O último trabalho do técnico foi à frente do Sport Recife, onde disputou 17 jogos, sendo seis vitórias, quatro empates e sete derrotas. Um aproveitamento de 43%. E com o tempo passando, novas escolhas vão surgindo no mercado.
4. Rogério Ceni
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Multicampeão pelo Tricolor Paulista, Rogério Ceni tem seus títulos e histórias pelo São Paulo resumidas em quatro letras, uma palavra e diversos sentimentos: Mito. Como jogador, não há o que se falar de Ceni, ainda mais se tratando de liderança e títulos. Agora como treinador, já não é bem assim. Estágios com técnicos renomados como Jorge Sampaoli e auxiliar-técnico de Dunga na Copa América Centenário, Rogério foi contratado como a salvação para os problemas dentro e fora de campo. Era a solução da diretoria e da torcida para voltar a ver o São Paulo colocando um certo medo nos adversários.
Com uma pré-temporada vitoriosa, conquistando a Florida Cup em cima do rival Corinthians, já dava para criar uma expectativa boa para o futuro. Porém, com um aproveitamento de quase 51% em 35 partidas oficiais, sendo 14 vitórias, 11 empates e dez derrotas, Rogério Ceni foi demitido após uma derrota para o Flamengo, fora de casa, pelo Campeonato Brasileiro. E quem disse que, mesmo com bons resultados, não se demite um treinador?
5. Roger Machado
Crédito foto: Divulgação / Site Oficial Atlético-MG
Ex-lateral esquerdo e zagueiro, Roger Machado é a prova viva de que bom aproveitamento não se garante a permanência de um treinador. Com um rendimento de Libertadores, fora de casa, e de time rebaixado jogando para a sua torcida, o Campeonato Brasileiro não seria uma vantagem para se defender o trabalho do técnico. Já na Libertadores, o Atlético Mineiro teve uma das melhores campanhas, mesmo perdendo por 1 a 0 para o Jorge Wilstermann, da Bolívia. Com um dos elencos mais caros do Brasil, contendo nomes como Fred, Robinho, Elias, Victor, Cazares e Otero, o comandante não conseguiu se manter e foi demitido do Alvinegro de Belo Horizonte depois de um aproveitamento de 60,4%, com 43 jogos, 23 vitórias, nove empates e 11 derrotas. O único título de Roger Machado foi o Campeonato Mineiro desse ano.
Uma nova safra de bons treinadores está surgindo no Brasil. A questão é: o projeto da diretoria para com eles é a longo ou a curto prazo? Tem também o fato da pressão da torcida. A verdade é que essa grande questão só vai ser resolvida quando deixarem os novos treinadores trabalharem.
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