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Responsável por revelar jogadores do quilate de Messi, Guardiola, Xavi, Iniesta, Puyol, Busquets e Fábregas, as categorias de base do Barcelona têm peso imenso no futebol e sempre geram grandes expectativas dos torcedores em relação aos novos talentos. A partir da filosofia implantada por Johan Cruyff no clube, a mais famosa safra de "La Masia" ensinou o mundo a jogar futebol, conquistando todos os títulos possíveis repetidas vezes.
Hoje, a geração dourada do Barça está em seus últimos anos, dos citados acima, somente Messi, Iniesta e Busquets continuam no time catalão, sendo que Iniesta já não atua no mesmo nível e com a regularidade de antes. Na busca por novos talismãs, vários jogadores foram alçados pela imprensa e por torcedores como os preservadores do legado blaugrana, infelizmente, a maioria fracassou.
Existem duas razões principais para o fracasso das joias de "La Masia": primeiramente, a responsabilidade e necessidade de substituir nomes como o de Xavi e Iniesta pesou para muitos dos jovens que eram apontados como futuros craques. Vários foram superestimados, fruto das esperanças de fãs de assistirem a algo tão fantástico e vitorioso como a geração anterior. Os veteranos também dificultaram a vida dos jovens ao tornarem o clube catalão como vitrine mundial e sonho de vários craques de outros países. Qual promessa tem a capacidade de ganhar a vaga de estrelas como Neymar, David Villa e Alexis Sánchez?
Considerando a expectativa gerada e a situação atual da carreira, separei as três maiores eternas promessas do clube catalão que não vingaram. Veja abaixo!
3. Isaac Cuenca
"Pode não fazer sucesso com as mulheres, mas faz seu trabalho é perfeito". A frase é de Pep Guardiola, treinador que lançou o garoto Isaac Cuenca, com 20 anos, ao time principal do clube. Considerado como o sucessor natural de Busquets, Cuenca estreou na temporada 2011/12 e teve bons momentos, sendo titular em vários jogos importantes em sua temporada de estreia, como no joga de volta contra o Chelsea pela semifinal da Champions League. Após renovar seu contrato com o clube, uma lesão séria no joelho o deixou de fora dos gramados por seis meses. Foi emprestado ao Ajax, onde não teve sucesso, para mais tarde, em 2014 rescindir seu contrato com o Barça. Desde então defendeu o Deportivo La Coruna, Bursaspor, da Turquia, o Granada e hoje joga pelo Hapoel Be'er Sheva, da liga israelense.
2. Giovani dos Santos
Habilidoso, moreno, dono de uma vasta cabeleira negra e jogador do Barcelona. Soa familiar? Giovani dos Santos, que estreou pelo time principal em 2007 com 18 anos, foi comparado com Ronaldinho Gaúcho nos seus primeiros dias como profissional. Disputou espaço com outras três grandes promessas da época: Bojan, Pedro Rodríguez e Messi. Preterido por Guardiola, deixou o clube em 2008 porque queria a titularidade absoluta, algo praticamente impossível quando o ataque do time era formado por Henry, Messi e Eto'o. Passou pelo Tottenham, Ipswich Town, Galatasaray, Racing Santander, Mallorca e Villareal. Hoje defende o Los Angeles Galaxy, da MLS.
1. Bojan
O "novo Messi", Bojan chegou até mesmo a ofuscar o argentino em marcas individuais no seu começo pelo Barcelona. O espanhol marcou 961 gols nos sete anos em que jogou pelas categorias de base do clube, foi o estreante mais novo da história do time, jogando contra o Osasuna, com 17 anos recém-completados, e também foi o jogador mais jovem a balançar as redes pelo clube na Champions League, contra o Schalke 04 na fase mata-mata da competição.
Talvez a precocidade da carreira do atacante tenha atrapalhado seu desenvolvimento - ele revelou mais tarde que sofria com ataques de pânico antes e depois de partidas pelo clube espanhol. Bojan contou também que chegou a recusar a convocação para a Seleção Espanhola da Eurocopa de 2008 porque considerava que não tinha força para lidar com a situação. Também ignorado por Guardiola, Bojan foi vendido ao Roma em 2011, sendo emprestado mais tarde ao Milan, retornando ao Barcelona em 2013, devido a cláusula de recompra no seu contrato.
De volta ao time onde surgiu, mais uma vez se viu encostado em um elenco cheio de estrelas, sendo emprestado ao Ajax na mesma janela de transferências. Voltou um ano depois para ser vendido em definitivo ao Stoke City, da Inglaterra, onde flertou com o bom futebol até sofrer outra séria lesão no joelho que interrompeu sua sequência. Foi emprestado ao Mainz 05 e hoje está, também por empréstimo, no Alavés.
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