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Na 25ª rodada do Campeonato Brasileiro, o lateral-esquerdo Egídio, do Palmeiras, marcou um golaço e deu a vitória ao time paulista contra o Fluminense em pleno Maracanã. Porém, o gol do jogador foi muito além dos três pontos conquistados. Marcado pelas eliminações na Copa do Brasil e principalmente na Libertadores, Egídio mostrou com o gol que ainda pode dar a volta por cima e “sair pela porta da frente”, como dito em entrevista, se tiver que deixar o clube.
Dessa forma, assim como o lateral palmeirense, muitos atletas passam por momentos complicados em suas carreiras, tendo sua capacidade e psicológico postos à prova. A imprensa, hoje muito dinâmica, colabora ainda mais com a pressão em uma profissão onde os resultados são questionados e cobrados na base da emoção. Mas apesar disso, não são raros os que colocam a cara a tapa, e se refazem em campo.
Com isso, o Esportudo separou oito jogadores que recentemente mostraram o exagero das críticas e deram a volta por cima. Confira!
1. Reinaldo
Emprestado na Chapecoense pelo São Paulo, o lateral-esquerdo Reinaldo provou com a camisa da Chape que merecia espaço no Tricolor Paulista, a começar pela escassez de bons nomes na posição. Após poucas atuações boas e em sua maioria irregulares pelo Tricolor até 2015, Reinaldo perdeu espaço e passou a ser muito criticado. Emprestado em Chapecó desde o começo do ano, ele assumiu a responsabilidade e se tornou um dos atletas mais importantes do time, batendo pênaltis e faltas e inclusive marcando dois gol na Libertadores, um deles o primeiro da história da Chape na competição.
2. Lucas Barrios
Barrios talvez seja um dos exemplos mais gritantes do futebol nacional recente, de que diversos fatores extracampo afetam no desempenho do jogador. Até o começo de 2017 no Palmeiras, o atleta não teve resultados nem perto do que desempenha hoje no Grêmio. Em dois meses no Tricolor Gaúcho, marcou mais gols que em sua temporada mais artilheira no Verdão, com nove gols em 15 jogos, contra oito gols em 21 jogos em 2015 com a camisa verde e branca.
3. Paulinho
Considerado pela tradicional revista inglesa "FourFourTwo" como o pior jogador da história do Tottenham, Paulinho mostrou que por pior que tenha sido sua passagem na Inglaterra, as críticas eram exageradas. Campeão do Mundo com o Corinthians, o meio-campista brasileiro precisou de dois anos no futebol chinês – mesmo tempo em que esteve em baixa no Tottenham - para reerguer sua confiança e mostrar que é um grande jogador. Com grandes atuações na China e espetaculares apresentações pela seleção, com direito a hat trick no Uruguai em Montevidéu, Paulinho foi o principal feito de Tite, que não à toa é conhecido pelo trato e manutenção de seus elencos. Contratado recentemente pelo Barcelona, o jogador ainda é acompanhado de dúvidas pelo alto valor da transação e pela recente frustração em Londres, mas está, sem dúvidas, muito motivado pela melhor fase da carreira.
4. Cortez
Bruno Cortez chegou ao Grêmio em 2017, aos 30 anos e muito desacreditado. Com o auge da carreira em 2011 e 2012, o jogador passou por um longo período jogando emprestado pelo São Paulo em times de pequena expressão, com exceção dos seis jogos com a camisa do Benfica-POR, antes de ter seu empréstimo alterado para o Criciúma. Após pouco mais de um ano no Japão, o lateral-esquerdo chegou ao Grêmio e vem tendo atuações convincentes. Titular absoluto da posição, ficou fora de apenas cinco partidas no Campeonato Brasileiro e vem sendo muito regular na Copa Libertadores da América.
5. Casemiro
Considerado como insubstituível e o equilíbrio do Real Madrid por ninguém menos que seu treinador, Zinédine Zidane, Casemiro passou do “jogador marrento” e “calça jeans molhada” no São Paulo – como dito por um dos diretores do clube - para ser um dos melhores jogadores da posição no futebol mundial. Primeiro volante típico e um dos melhores roubadores de bola da atualidade, Casemiro começou mostrando muito potencial pelo Tricolor Paulista, mas logo teve problemas extracampo e consequentemente uma grande queda de rendimento. Apesar disso, hoje é não só muito importante em seu clube como na Seleção Brasileira. Após algum tempo emprestado no time B do Madrid e no Porto-POR, o jogador criou mais estabilidade psicológica e passou a focar mais em campo, onde sempre demonstrou talento, mas mesmo assim sua evolução além de surpreender, impressiona.
6. Vitor Hugo
Mesmo sendo valorizado pela torcida palmeirense, Vitor Hugo não teve um começo fácil pelo Verdão. Em seu primeiro clássico, o primeiro Palmeiras e Corinthians do novo estádio palmeirense em 2015, o jogador falhou feio e deu de presente o gol da vitória para Danilo. Entretanto, após uma falha de muita repercussão, se tornou peça chave do esquema palmeirense sendo muito eficiente na zaga e no ataque e coroado com um título da Copa do Brasil e um do Brasileirão. Em 2017, chegou a ser convocado pela seleção, mas seu futebol caiu e não se manteve nas listas seguintes. Por cerca de R$30 milhões foi vendido para a Fiorentina e deu retorno para o Palmeiras não só em campo como financeiramente.
7. Rodriguinho
Rodriguinho é mais um dos jogadores que a dupla Tite e Carille reergueu nos últimos anos. Em sua segunda passagem pelo Corinthians e no clube desde 2015, passou a ter mais destaque em 2016, sendo titular em boa parte do Brasileirão após o desmanche do time campeão no ano anterior. Com um começo muito questionado, ganhou o apelido de “Podriguinho” da fiel torcida, mas nem por isso deixou de entender que poderia ser importante para a equipe. Em 2017, foram 21 jogos no Campeonato Brasileiro, todos começando como titular, com três gol e três assistências, além de dois gols na Copa do Brasil e Sul-Americana e uma convocação para a Seleção Brasileira.
8. Felipe
Mesmo tendo chegado no Corinthians a tempo de ser Campeão Mundial em 2012, o zagueiro Felipe só passou a ter sequência no Timão em 2014, onde ficou marcado e foi muito criticado após algumas falhas seguidas. Mesmo assim, em 2015 o jogador - novamente com o dedo de Tite - evoluiu muito e formou a dupla de zaga menos vazada do Brasileirão de 2015, conquistado pelo próprio Alvinegro. Em 2016, já sem Gil, se tornou líder do sistema defensivo da equipe e alcançou 100 jogos com a camisa preta e branca. Vendido para o Porto-POR, se tornou um dos melhores jogadores na nova equipe, com grande reconhecimento em todo o Velho Continente.
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