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Prestes a decidir o Campeonato Paulista, vamos falar do Corinthians

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Crédito foto: Getty Images

Futebol-defesa? Jogo feio? Time eficaz? Conformismo? O que acontece com o Timão? Pela 18º vez em sua rica história, o Corinthians chega à final do Campeonato Paulista. A equipe do Parque São Jorge ganhou 11 das 17 vezes que esteve na decisão, já que os demais tinham por moldes de disputa os pontos corridos, além de ser o time com o maior número de títulos do torneio, ao todo foram 27 taças. Em meio às criticas, a equipe alvinegra deixou seus rivais, Palmeiras, Santos e São Paulo pelo caminho e enfrenta a Ponte Preta na decisão nos dois próximos domingos, 30 e 7, às 16h.

Palmeiras, Campeão Brasileiro de 2016, Santos vice e São Paulo com o Rogério Ceni, essas eram as manchetes no início deste ano. O time remodelado, com Fábio Carille assumindo o comando do time, poucas contratações, fizeram da análise de “especialistas” a quarta força da capital. A resposta, evidentemente, veio na bola. Com um jogo pouco agradável, o time alvinegro foi ganhando suas partidas até chegar à decisão. 

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Crédito foto: Divulgação / Site oficial do clube / Daniel Augusto Jr.

É evidente, até para um torcedor fanático, que o Corinthians não joga um jogo vistoso, chegando a deixar o jogo “feio”, se defendendo ao máximo e escapando vez ou outra para o ataque. Fábio Carille, inclusive, admite isso. O problema é que para um time enorme como é, essa maneira de jogar não passa confiança aos torcedores e adversários - um grande exemplo disso é que mesmo em casa, o Timão não tem mais posse de bola do que seus rivais, o que seria um grande absurdo se compararmos ao Palmeiras e São Paulo, que ambos possuem em média 60% de posse, quando jogam em seus domínios.

O time joga, independentemente do local, da mesma forma. São poucas as alternâncias de jogo, apesar de Carille já ter usado grande parte do elenco. É capaz de fazer, mesmo com suas limitações, grandes jogos, defensivos é verdade, mas vencer, como aconteceu contra o Palmeiras na Arena. Mesmo com um a menos, o time soube se defender e no último minuto venceu por 1 a 0, gol de Jô.

Com o “mau” futebol, a torcida do corintiana se conformou com isso. Conformismo esse, analisado apenas pelos resultados. Daí, voltamos à Seleção Brasileira antes e, até, durante a Copa do Mundo de 2014, anterior à Alemanha, evidentemente. Era um futebol mal jogado, sobretudo com jogadores limitados, porém o resultado aparecia, como acontece com o Alvinegro hoje em dia. Contudo, o final da história foi aquela tragédia, chamada de eterno 7 a 1. Será que o torcedor corintiano está esperando algo parecido para se posicionar? 

Você leitor, deve estar se perguntando: “Como ele pode ser tão duro?”. A questão é que a história não deixa o clube se apequenar, não deixa o Timão jogar apenas por uma única bola e depois se defender como aconteceu em quase todos os jogos, até o momento, da temporada. O time é grande, e merece mais.

Novamente, você leitor, deve estar se perguntando: “Mas e os jogos contra a La U, Internacional e São Paulo?”. Esses foram exceções na temporada, jogos esses que o Alvinegro mostrou que pode jogar em cima do adversário, jogar bonito e que pode bater de frente às demais equipes do Brasil e América do Sul. E por que não faz? Corinthians - 2.jpg

Crédito foto: Divulgação / Site oficial do clube / Daniel Augusto Jr.

Apesar de tudo, mudar o técnico agora me parece precipitado, afinal, há uma taça em jogo. O que precisa mudar é a postura, conceito, mostrar aos adversários que o Timão irá enfrentá-los com vontade de vencer e convencer. Carille tem ao seu favor algo que nem mesmo Tite teve: o atual comandante usa bastante jogadores das categorias de base, o que por muitas vezes o clube foi criticado por não fazer. Na vitória contra o Mirassol (3 a 2), a equipe teve seis jovens promessas em campo, mais de metade do time. Carille poderia continuar utilizando a garotada, mas fazendo-a jogar um bom futebol.

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Categorias: Futebol, Corinthians, Campeonato Paulista, Campeonato, Paulista, decidir, vamos

Diego Santos

Escrito por Diego Santos

Diego Santos, estudante do sétimo semestre de jornalismo na FIAM FAAM. Com olhar bem crítico, fala sobre tudo. Sem medo de dar opinião forte.

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