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Acostumado a ser campeão ou chegar como favorito à todas as competições que disputa, a temporada 2016/17 foi atípica para o Barcelona. Com apenas o título da Copa do Rei e uma eliminação precoce para a Juventus na Liga dos Campeões, o time da Cataluña não encantou no último ano. E, por uma série de fatores que serão explicados abaixo, temos tudo para acreditar que, infelizmente, o roteiro da última temporada irá se repetir.
Dono de um dos elencos mais valiosos do mundo, os espanhóis não conseguiram acertar em contratações nas últimas temporadas. Arda Turan, Alcácer e André Denis Suárez encabeçam a lista de aquisições, feitas desde 2015, que renderam abaixo do esperado no clube blaugrana. Por mais que o clube tenha investido em jovens talentosos e com potencial, os reforços não realizaram grandes atuações, salvas raras exceções como Umtiti e Ter Stegen.
Fonte dos dados: TransfermarktE, mesmo com os recentes erros nas janelas de transferência, a diretoria do Barcelona parece não ter aprendido a contratar bem. Para a atual temporada, o clube anunciou o retorno de Deulofeu - formado no clube - e a contratação do lateral-direito Semedo e do meio-campista Paulinho. Por mais que esses jogadores possam se dar bem na Catalunã, são contratações arriscadas e abaixo das expectativas criadas pela torcida. Semedo é bom, mas passa longe de ser o cara que vai substituir Dani Alves, enquanto que Paulinho é um jogador bom e aparenta ter recuperado o bom futebol, mas ainda assim, por não se adaptar ao estilo de jogo do clube, não vale os R$ 150 milhões pagos ao Guangzhou Evergrande.
Outra situação que ficou evidente na temporada passada é a dependência Messi-Iniesta. Os dois são os grandes ídolos dessa geração do Barça e foram responsáveis por levar o futebol do clube à um novo patamar. Mas eles não são garotos mais. O astro espanhol está com 33 anos e já não consegue manter a constância apresentada em outras épocas. O argentino, por sua vez, fez 30 anos e ainda tem lenha para queimar; o que deve preocupar o torcedor do Barcelona é que, no elenco, faltam opções para substituir - na medida do possível - a dupla. André Gomes, que foi contratado para ser o substituto do camisa 8, não emplacou ainda e Messi, assim como CR7, está em um outro patamar e é insubstituível.
A grande esperança para acabar com a dependência, e garantir que o nível do futebol apresentado pelo clube espanhol continuasse alto, era Neymar. Com a saída do camisa 10 da seleção, os blaugranas perdem a válvula de escape da equipe. Perdem o jogador que, quando Messi e Iniesta estiveram mal, assumiu a responsabilidade e decidiu as partidas, como foi visto no inesquecível jogo contra o PSG - atual clube do craque - na Liga dos Campeões.
Claramente, posso estar errado nessa opinião e o Barcelona pode reagir e ser campeão tanto do Campeonato Espanhol como da Liga dos Campeões. Mas, se nenhum dos problemas citados acima for resolvido pela diretoria e pelo técnico Ernesto Valverde, essa possibilidade pode ser considerada um milagre.
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