Crédito foto: Divulgação / Site Oficial Vasco da Gama
16 de outubro de 1999. Um dia histórico para o basquete brasileiro. O campeão Sul-Americano daquele ano, o Vasco da Gama, enfrentava o então vencedor da temporada da NBA, o San Antonio Spurs, pelo McDonald’s Open, ou McDonald’s Championship, disputado em Milão, na Itália. Este torneio era uma espécie de Mundial de Clubes, porém, não era reconhecido pela FIBA, ou seja, representava um título mundial simbólico. Realizado de dois em dois anos, o campeonato unia os campeões continentais, além do campeão da maior liga de basquete do mundo, a NBA.
Disputavam também, naquele ano, além de Vasco e Spurs, o Adelaide 36ers, da Austrália, o Varese Roosters, da Itália, o Hekmeh, do Líbano, e o Zalgiris Kaunas, da Lituania, campeão da Euroliga daquela temporada.
Após vencer o Adelaide 36ers e o Zalgiris Kaunas, por 90 x 79 e 92 x 86, respectivamente, o Vasco foi à final do torneio e tornou-se o primeiro time Sul-Americano a chegar na decisão. Além disso, o time carioca foi a primeira equipe brasileira a enfrentar um time da NBA em toda a história.
Comandado pelo treinador portorriquenho Flor Melendez, os cruzmaltinos contavam com o americano Charles Byrd, um dos melhores estrangeiros que passaram pelo basquete brasileiro, Demétrius Ferracciú, Rogério Klafke, José Vargas e Sandro Varejão como quinteto titular. Do outro lado, tinha o San Antonio Spurs, comandados por Gregg Popovich. Com a equipe titular formada por Steve Kerr, Avery Johnson, Terry Porter, David Robinson e o lendário, mas ainda jovem na época, Tim Duncan, os Spurs foram com força máxima para manter a tradição dos vencedores do torneio: desde a sua primeira edição, em 1987, todos os seus campeões eram times da liga americana.
Após um primeiro tempo de oscilações entre equilíbrio e domínio dos norte-americanos, o confronto foi para o intervalo com o placar de 56 x 36 para o San Antonio. O terceiro quarto foi o melhor momento do Vasco, no qual a equipe carioca chegou a diminuir a diferença para 11 pontos. O time brasileiro venceu o terceiro período por 30 x 23, levando o placar do jogo para 79 x 66 a favor de Duncan e companhia. Mas, no último período do jogo, os Spurs mostraram sua força e deslancharam no placar. Os brasileiros anotaram apenas dois pontos em todo o último quarto e perderam a partida por 103 x 68.
Com 32 pontos e 18 rebotes, o camisa 21 dos Spurs, Tim Duncan, foi o nome da partida e foi eleito o MVP do torneio. Pelo lado dos cruzmaltinos, Charles Byrd foi o cestinha da equipe na decisão, com 17 pontos. O americano também esteve presente na seleção dos melhores do campeonato, configurando o chamado “quinteto ideal”, e chegou a ser cotado para MVP da competição.
Após a derrota, o Vasco foi considerado por muitos o campeão mundial “moral”, pelo fato de ter feito um jogo de igual para igual contra a melhor equipe de basquete do mundo inteiro, no momento. Além disso, o fato de a equipe ter um jogador presente na seleção do torneio é uma grande marca, e é histórico para o basquete brasileiro.
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