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Jr. NBA League incentiva o esporte intercolegial no Brasil; entenda

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Crédito foto: Isadora Travagin / Esportudo.com

Já se sabe que o Brasil não é um país esportivo, é o país do futebol: desde pequenos aprendemos a chutar a bola no gol e a ter um time do coração; mas, e os outros esportes? Tirando o período das Olimpíadas, não sabemos nem quando ocorre campeonatos importantíssimos para a nação esportiva brasileira.

Nos EUA, desde pequenos, as crianças aprendem que o esporte é algo primordial: há investimento nas escolas, incentivos no sentido de bolsas escolares e universitárias para os atletas, além de jogos de adolescentes e universitários chegarem a lotar mais que um clássico paulistano.

Hóquei, beisebol, futebol americano e basquete são os principais, mas isso não significa que os outros esportes também não tenham tanto investimento: é tudo muito bem pensado, por sua maioria ser patrocinada por entidades privadas, lá o público é o cliente, recebe o melhor desde o transporte (algumas estações de metrô desembarcam embaixo dos estádios), até alimentação e banheiros.

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Crédito foto: Isadora Travagin / Esportudo.com

E se os americanos tentassem levar um pouco dessa cultura para outros lugares do mundo? É o que a Jr. NBA League tenta fazer: é um programa oficial gratuito da liga americana, baseado em associação para as ligas/organizações de basquete juvenis existentes, ajuda a incentivar e apoiar a experiência geral para todos os envolvidos e a participação do esporte no nível de base. O programa também procura desenvolver uma paixão ao logo da vida pelo basquete nos atletas mirins (meninos e meninas de 6 a 14 anos), ensinando os fundamentos da modalidade e os valores fundamentais dentro dele: trabalho em equipe, respeito e esportividade.

O torneio intercolegial acontece em cinco continentes (África, Ásia, Europa, América do Norte e América do Sul) e 29 países, inclusive no Brasil, especificamente em São Paulo: durante aproximadamente dois meses (04/04 a 03/06) jovens de 12 a 14 anos competiram como verdadeiros atletas da NBA, ou seja, cada escola representou um time da liga americana.

As semifinais e a final ocorreram no último sábado deste mês, dia 03, no Colégio Salesiano Santa Terezinha (em Santana), com direito a transmissões ao vivo na página do Facebook NBA Brasil, os times New Orleans Pelicans (Colégio Bandeirantes), Philadelphia 76ers (Dante Alighieri), Oklahoma City Thunder (Albert Sabin) e Sacramento Kings (Graded School) foram quatro dos 30 times a chegarem mais perto de conquistar o grande troféu.

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Crédito foto: Reprodução / Facebook oficial National Basketball Association Brasil

O grande campeão, New Orleans Pelicans, representado pelo Colégio Bandeirantes, venceu o Philadelphia 76ers (Dante Alighieri) por 24 x 21. Mas já era de se esperar: o campeão tinha destaques nas três especialidades (pontos, rebotes e assistências), e não é só isso, em todas havia um Rodrigo – nos pontos, Rodrigo Abreu ficou em 3º lugar com 83 pts; nos rebotes, o mesmo Rodrigo, ficou também em 3º lugar, com 58 rebs; nas assistências, Rodrigo Gaspar, ficou também em 3º lugar, com 13 assistências e João, em 4º, com 12. Inclusive, o MVP do campeonato foi Rodrigo Gaspar!

Na primeira semifinal, o Philadelphia 76ers (Dante Alighieri) ganhou de virada do Oklahoma City Thunder (Albert Sabin) por 18 x 17 – o time perdeu o jogo todo, foi virar faltando 15 segundos para o término do jogo! Haja emoção; enquanto, na segunda semifinal, o New Orleans Pelicans (Colégio Bandeirantes) bateu o Sacramento Kings (Graded School) por 26 x 23.

Apesar do placar ser pequeno comparando a liga americana, a NBB, ou até mesmo campeonatos universitários; vale ressaltar que apesar de serem crianças – ou pré-adolescentes – eles cortaram ou iam fazer bandeja certinho, e os jogos não deixaram de ser emocionantes – especialmente nos últimos quartos, onde a cada falta, lance livre e cesta, a torcida enlouquecia. Apitos, vuvuzela, megafones, bandeirinhas, pompons e até mesmo camisas personalizadas faziam parte da torcida, sempre muito animada.

Além dos jogos, também teve brincadeiras interativas com o público, como entrega de kits ou camisas, dança da cadeira das crianças com o mascote Rocky; além do Desafio de Arremessos New Era (o nº 9 dos Pistons, Francisco, venceu) e o Desafio de Habilidades (Miguel, do Golden State Warriors levou com 18,71 segundos).

E não foi só isso, nos intervalos tivemos a presença das Cheerleaders mirins do Eagles e Mackenzie; além de contar com participações exclusivas, como mascotes oficiais –  Rocky, the Mountain Lion dos Nuggets; Pinguinos e Sucrilhos Kellogg’s – o jogador da NBA Marcelo Huertas e o dunker Jordan Kilganon.

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Crédito foto: Isadora Travagin / Esportudo.com

O campeonato esteve presente pela primeira vez no Brasil, aproximadamente 450 crianças e pré-adolescentes participaram. Porém, a Jr. NBA atua no Brasil desde 2015, desde então aproximadamente 15 mil jovens entre oito e 15 anos, de colégios públicos de São Paulo e Rio de Janeiro foram beneficiados com aulas, oficinas e campus de treinamento.

Um projeto e um campeonato bem interessante para nós, brasileiros. Apesar de ter atraído um público bem grande, a maioria era os próprios participantes – eliminados anteriormente, ou participantes dos Desafios – ou os familiares dos times finalistas, o campeonato poderia ser maior: além de ser mais divulgado, todos que puderem ir para torcer ou apoiar deveriam ir, pois além de ser um ótimo incentivo para as crianças, é também para o esporte e para toda a população. Valeria a pena também investir em campeonatos deste cunho nas escolas e universidades, afinal, para o atleta se tornar profissional, ele passa por algumas dessas fases educacionais – e o apoio é tudo. Não vai perder a próxima edição, hein?

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Categorias: Basquete, NBA, Esporte, Esportes, Brasil, Base, League, Entenda, Esporte Universitário, NBA Finals, Intercolegial, Jr. NBA League

Isadora Travagin

Escrito por Isadora Travagin

Natural de Porto Ferreira. Mackenzista, estudante de jornalismo e apaixonada por esportes. Pivô de basquete do time Tubarão.

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