Crédito foto: Evandro Almeida Jr.
Na Zona Sul da cidade de São Paulo, a Associação Desportiva para Deficientes, fundada há 20 anos, causa impacto positivo na construção de novos paratletas brasileiros e na inserção social através do esporte. Devido a incentivos e patrocinadores, criaram a escola de esportes, que auxilia crianças deficientes.
Fundada em 1996, a ADD, como é conhecida, iniciou uma proposta de auxílio para deficientes na cidade de São Paulo. Seus fundadores, Steven Dubner, professor de educação física, e Eliane Miada, administradora e presidente da instituição, criaram uma associação para reunir apoio ao esporte paraolímpico brasileiro.
Os desafios foram intensos: falta de apoio, patrocínio e vários "nãos". Contudo, conseguiram com poucos incentivadores tocar o projeto. Quando começaram a dar resultados, ter atletas disputando torneios e competições, fizeram parcerias com empresas e entidades filantrópicas como a AACD – Associação de Assistência à Criança Deficiente.
Tocante a AACD, o objetivo era apresentar aos pacientes uma maneira de ocupar sua mente, praticando esporte, e conseguiram bons frutos. Com o sucesso de crianças que se tornaram atletas profissionais, disputando Paralimpíadas e sendo campeões, criaram a Escola de Esporte Adaptado em 2010. Os recursos obtidos pela ADD vêm de diferentes fontes, desde doadores, à Lei de Incentivo Fiscal e via imposto de renda também.
Mudança de vida
Uma dessas crianças foi o nadador Daniel Dias, maior medalhista brasileiro da história dos Jogos Paralímpicos: foram 14 de ouro, sete de prata e três de bronze. Outro Daniel, o Ribeiro, é atleta da ADD desde os dez anos de idade e conheceu o projeto paralelo à AACD. Hoje tem 25, ou seja, 15 anos de Associação.
Crédito foto: Evandro Almeida Jr.
“Me proporcionaram escola particular, curso de língua estrangeira, viagem internacional, além das amizades”, comenta Daniel. Desde criança recebendo apoio, se tornou jogador profissional de basquete de cadeiras de rodas pelo Magic Hands – Esperia, clube que ainda atua. O que começou como uma reabilitação, tornou sua profissão. O clube faz parte da ADD e é considerado o melhor do país pela CBBC — Confederação Brasileira de Basquetebol em Cadeiras de Rodas.
Outro atleta é Pedro Vieira, 23, que disputou as Paralimpíadas do Rio e representou a ADD, junto com mais quatro atletas. “Minha participação com a seleção foi histórica, quinto lugar, nunca a Seleção Brasileira havia conseguido esse feito antes”, conta Pedro. “Sou grato pela ADD por tudo que fizeram, a bagagem e experiência que obtive no Rio, em casa, fará com que eu possa crescer e o clube também”, finaliza Vieira.
Crédito foto: Evandro Almeida Jr.
Organizações como a ADD fazem a diferença no cenário nacional. Desde crianças à para-atletas sem condições de treino, eles ajudam. Contudo, a falta de incentivo faz com que algumas vezes deixem de aprimorar mais atletas. Houve uma mudança. A partir desse ano, a equipe de basquete sobre cadeira de rodas treina no Centro Paraolímpico Brasileiro, na Rodovia dos Imigrantes. Quem sabe mais atletas da Associação possam ir.
Crédito foto: Evandro Almeida Jr.
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