Crédito foto: Reprodução Facebook oficial do clube
Cara, que jogo! No primeiro tempo, mal deu para respirar. Quem levantou para ir ao banheiro ou ficou procurando o garçom para pedir mais um chopp, fato que perdeu algum gol ou lance importante. Ou do time tricolor, ou do rubro-negro whatever, mas que perdeu, perdeu. Não dava nem para piscar que era gol do Flu, empate do Fla, virada do Fla, empate do Flu, virada do Flu… Haja coração!
O segundo tempo deu para dar uma desacelerada nos batimentos cardíacos e até pedir a próxima rodada, enquanto o Fluminense jogava mais na retranca e tentava segurar o placar. Mas não demorou muito para os dois times cariocas voltarem a jogar e a atacar como nos primeiros 45 minutos de jogo. Aliás, como eu não via há muito tempo! Não lembro qual foi a última vez que assisti a um clássico brasileiro tão épico quanto este. E quando os dois times voltaram a atacar, o que aconteceu? Gol de falta do Guerrero, igualando novamente o placar aos 40 minutos do segundo tempo. Minutos depois o árbitro apita. Placar parcial: 3 x 3 e a decisão vai para os pênaltis.
Mas enquanto os jogadores se recuperam e bebem uma água, vamos falar do que aconteceu até aqui. Esses noventa minutos de jogo foram a coisa mais linda de se ver. O jogo não foi épico apenas pela qualidade do clássico, mas por todo significado por trás do “jogo da paz”. Durante a semana, Flamengo e Fluminense se uniram em prol do futuro do futebol e conseguiram que o clássico não fosse disputado com torcida única. Fizeram campanha no Facebook, no Twitter e chamaram a atenção dos torcedores para que vestissem a camisa do seu time e fossem ao Engenhão de peito aberto, apenas para torcer, sem violência. Ver os presidentes Pedro Abad, do Tricolor Carioca, e Eduardo Bandeira de Mello, do Mengão, dando entrevista juntos, na sede das Laranjeiras, me fez esquecer todo aquele terror do jogo contra o Botafogo e acreditar que nada está perdido. Por outro lado, confesso que estava meio incrédula se durante a partida tudo iria funcionar tão bem quanto o esperado.
Crédito foto: Reprodução Facebook oficial do clube
Mas, para a minha surpresa e alegria, funcionou. E olha que o palco era o mesmo. O Engenhão estava lindo, lotado, “comportado” e colorido. O jogo foi limpo, sem muitas faltas, sem briga, sem trabalho para o trio de arbitragem, um verdadeiro espetáculo. A festa foi em campo e fora dele, do lado de dentro e de fora do estádio. O placar de 3 x 3 foi mais do que justo. Não deu para saber quem jogou melhor e os dois times mereciam a vitória. Mas final é final, não é mesmo? Não dá para terminar empatado e, apesar do gol com gostinho de vitória do Guerrero aos 40 do segundo tempo, para a tristeza do meu coração rubro-negro, quem levou a melhor nos pênaltis, foi o time tricolor. E se no tempo corrido a disputa foi pau a pau, nos pênaltis não teve discussão. Chorei, sofri, xinguei, não concordei 100% com a escalação do Zé para os pênaltis… mas hoje, por incrível que possa parecer, não senti essa derrota. Hoje, o Tricolor Carioca pode até ter levado a Taça Guanabara para casa, mas quem venceu foi o futebol. No meu coração, o jogo acabou no empate e todos saíram ganhando. Que esse jogo sirva de inspiração e tenha sido um recomeço. Como diria o Rei, “se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi”. #PazNoFutebol.
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