Crédito foto: Divulgação / Oficial São Paulo FC
O “fair play” nada mais é do que um jogo justo, limpo, com espírito esportivo, sem querer prejudicar o adversário a qualquer custo. No futebol, muito contesta-se seu uso dentro de campo e algumas atitudes são injustamente polemizadas.
No último dia 20, no primeiro jogo da semifinal entre São Paulo e Corinthians pelo Campeonato Paulista, o zagueiro Rodrigo Caio resolveu ser honesto, o que abriu um Muro de Berlim de opiniões. O lance contestado foi de que o juiz interpretara uma falta de Jô no goleiro Renan Ribeiro, o que acarretaria em cartão amarelo ao atacante corintiano e o deixaria fora do jogo da volta. Porém, o zagueiro são-paulino teve a ação justa de assumir que quem havia pisado no arqueiro havia sido ele próprio, cancelando então a falta contra o Timão.
O gesto, no futebol competitivo de hoje, no qual torcidas brigam entre si, ocasionando até mesmo mortes, causa surpresa e discussões dos mais diversos tipos. No próprio São Paulo, Rogério Ceni contestou o atleta, assim como Maicon, que mencionou preferir a mãe do rival corintiano chorando em casa do que a dele.
Do presidente reeleito Leco, o jogador recebeu elogios: "A atitude do Rodrigo Caio é uma maravilha, coisa de gente diferente. É claro que vai ter gente que vai dizer que é do jogo e não deveria fazer, mas a gente sabe que a dignidade e a retidão devem estar dentro de cada um de nós e, quando são feitas, devem ser aprovadas e aplaudidas”. O técnico Tite, da Seleção Brasileira, e o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, foram outros que elogiaram a postura do zagueiro.
Muitas vezes, em situações como essa, a rivalidade fala mais alto. Fora do “politicamente correto”, o atacante Jô levar um cartão amarelo beneficiaria o Tricolor de certa forma e, quando vale uma vaga na final do Campeonato Paulista, qualquer coisa pode ser feita. No geral, o telespectador não está acostumado a se deparar com atitudes como essa. Se o futebol, como um todo tivesse sempre o uso do fair play, o esporte poderia deixar de ser uma simples arena de gladiadores para ser somente um espetáculo ao público.
A equipe do Esportudo foi atrás de outras históricas polêmicas sobre o assunto. Relembre cinco casos de "jogo limpo"!
5. Rivaldo (Seleção Brasileira)
Na final da Copa do Mundo de 1998, durante o segundo tempo, o Brasil perdia por um placar de 2 a 0, quando Zidane caiu no campo, machucado. Na ocasião, Rivaldo teve o fair play de jogar a bola para fora para que o jogador francês recebesse atendimento. A atitude foi alvo de críticas!
4. Klose (Werder Bremen)
Quando atuava pelo Werder Bremen, da Alemanha, Klose abriu mão de uma penalidade máxima em partida contra o Arminia Bielefeld. O árbitro entendeu uma falta do goleiro no jogador, que em sequência disse que não houve.
3. Klose (Lazio)
Em 2012, quando jogava pela Lazio, da Itália, Klose usou do fair play, novamente. Em partida contra o Napoli, o atacante confessou ter marcado um gol com as mãos.
2. Hunt (Werder Bremen)
Outro caso no Werder Bremen é o do atacante Hunt, que seguindo os passos de Klose, também admitiu não ter sofrido um pênalti. O jogo acontecia contra a equipe do Nuremberg, pela Bundesliga, em 2014.
1. Ajax
Após o time do Ajax, em partida contra o Cambuur, interromper o jogo por conta de um atleta machucado para que ele pudesse receber atendimento médico, o zagueiro Vertonghen marcou um gol sem querer. No reinício da partida, o time do Ajax permitiu que o Cambuur marcasse um gol.
Para você, torcedor, qual a sua opinião sobre o fair play no futebol? Ele deveria ser comum ou a rivalidade deve falar mais alto? Comente e acompanhe mais notícias do seu esporte favorito no Esportudo.com!
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