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Exclusivo: Mãe da Fabi comenta sobre a trajetória da filha no vôlei

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Crédito foto: Acervo pessoal da entrevistada

Ela nasceu no bairro de Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, mas passou a sua juventude no bairro de Irajá na Zona Norte. Fabiana Alvim de Oliveira é mais conhecida como Fabi. Por falar em conhecida, todo e qualquer fã de vôlei a conhece e não é por acaso. Ela conquistou vários títulos pela Seleção entre Grand Prix, Campeonato Sul-Americano, Pan-Americano e destaque especial para outros dois ouros olímpicos, além de vários títulos pelo Rexona-Sesc. Dispensa qualquer outra apresentação.

Mas, afinal de contas, como será a sua trajetória contada pelo olhar de sua mãe? A equipe do Esportudo.com conversou com Vera Alvim, a mãe da nossa eterna líbero. Confira, abaixo, a entrevista exclusiva:

1. Quando foi que o lazer deixou de ser brincadeira e começou a ficar sério?

Ela começou com treze anos nas quadras esportivas do condomínio, em Irajá, onde morávamos. Lá, ela foi chamada para treinar no clube de Irajá e começou a participar de um campeonato intercolegial. Foi então que um olheiro a observou e a convidou para fazer um teste no Clube de Regatas Flamengo. Óbvio que ela aceitou e se saiu bem, mas foi com muitas dificuldades também, pois eu trabalhava como manicure para pagar a faculdade do seu irmão e faltava dinheiro para o lanche e passagem. 

Vera contou também que sua filha sofreu por conta de não ser aceita pelas colegas que tinham uma situação financeira boa.

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Crédito foto: Acervo pessoal da entrevistada

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Em uma situação inusitada de treino, onde as atletas tinham a ordem dada pelo técnico de não mexer nas bolas, a jovem foi lá e mexeu. Suas colegas acharam ela atrevida e isso também chamou atenção do técnico que já gostou dela de cara, então quando ela começou a conquistar seu espaço no time a resistência por parte delas foi sendo quebrada e ela começou até frequentar a casa delas.

Outra coisa lembrada por Vera foi que muitas vezes a Fabi chegava tarde dos treinos e brigava com ela, pois até então não acreditava mais. E relembrou que a filha sempre dizia: ''Você ainda vai me ver na televisão''. Ainda segundo ela, desde este dia as coisas foram fluindo e ela teve uma passagem em Campos e chegou a retornar ao Flamengo, mas ela despontou mesmo como líbero no Vasco da Gama a convite da então ex-jogadora e técnica Isabel.        

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Crédito foto: Acervo pessoal da entrevistada

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2. Qual a importância dos pais na vida dos filhos quando eles buscam se tornar um atleta e qual tipo de motivação você encontrou para isso?

A minha motivação sempre foi a determinação e a garra dela. Muitas vezes, eu pensava: como pode insistir em uma coisa que pode não dar certo? Mas o que ela passava para mim, acabou me convencendo a apoiá-la. Seu pai, quando podia, dava uma carona no taxi em que ele trabalhava e eu sempre buscava. Até mesmo quando dava, eu assistia alguns jogos e procurava apoiar desta forma.

Neste começo de grande sonho teve alguém que tentou desmotivar dizendo para ela “você não serve para isso”, “tenta outra coisa” ou até mesmo por conta da altura dela?

Por conta da sua altura estava sendo difícil a sua permanência no vôlei. Foi aí que o técnico, que ela chama de Jaquito no Flamengo, disse para ela que tinha surgido a posição de líbero e era a única posição que ela poderia continuar, caso contrário ela teria que encerrar a carreira. Como ela defendia e passava muito bem, Fabi decidiu agarrar essa chance com unhas e dentes, pois não queria parar.

4. Antes de chegar a ser titular na seleção, ela passou por vários momentos difíceis e inclusive sofreu com cortes. Como esses momentos foram encarados por vocês?

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Crédito foto: Acervo pessoal da entrevistada

Esse foi um dos piores momentos da vida dela e da minha também, uma vez que foi algo que ela insistiu muito e receber uma notícia dessas foi muito ruim. Em um dos cortes ela se abateu muito, pois estava vivendo um bom momento e foi uma dor que a marcou muito, mas logo depois ela se recuperou, pois, a sua vontade de jogar era muito maior.

5. A primeira medalha de ouro em Pequim foi bem marcante, principalmente, por ela ter sido também eleita a melhor líbero das Olimpíadas. Como foi a sua reação ao ver tudo de melhor acontecer naquele dia?

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Crédito foto: Acervo pessoal da entrevistada

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Eu estava assistindo ao jogo na casa dela e quando tudo acabou eu não estava acreditando no que estava acontecendo, pois eu ainda não estava entendendo a importância de uma medalha olímpica, mas fiquei muito emocionada e depois do jogo nós conversamos de como ela tinha lutado tanto e ela também emocionada não acreditava dizendo que não esperava que acontecesse do jeito que foi.

6. Como é ser mãe de uma atleta famosa? E quais são os pontos positivos disso? Existe negativos? Se sim, quais?

Não tem nenhum ponto negativo. O lado bom é que eu gosto muito dela, pois continua mantendo a humildade e dedicação dentro e fora de quadra sempre. Ela é sempre a última a sair e nunca abandonou as suas origens.

7. Qual foi o jogo dela mais marcante em sua opinião?

Foi a final olímpica de Londres em 2012, porque nesta Olimpíada ela fez defesas inesquecíveis. Uma jogada que mais me marcou foi uma que ela fez com o pé.

8. O que você diria para as mães de jovens atletas que sonham em ser uma jogadora de alto nível?

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Que sempre acreditem e apoiem em tudo.

9. Vocês, mães, combinam de assistir aos jogos juntas? Como funciona a participação das mães nos jogos?

Quando a Sassá, Fabiana Claudino e Valeskinha jogavam no Rexona eu e as mães delas combinávamos muito de ir assistir juntas, mas depois que elas saíram eu sento hoje sozinha no lugar em que fica reservado para nós. Até acho meio chato e gostaria até que mais mães assistissem.

10. Você acha que falta mais incentivo de patrocinadores na modalidade?

Sem dúvida. Falta patrocínio e deveria sim ter mais incentivo até por parte das prefeituras, assim como em São Paulo e Minas, que valorizam muito o vôlei. Em meio à tantas crianças se tivessem desenvolvendo um trabalho de maior apoio surgiriam outros talentos.

11. A gente sabe que as premiações para os homens são maiores do que para as mulheres. O que você pensa sobre isso?

Acho que fica um pouco injusto, mas tive informações de que a Federação queria igualar um pouco os valores. Se isso acontecer, será muito bom.  

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Categorias: Vôlei, Seleção Brasileira, Esportes Olímpicos, fabi, trajetória

Vanessa Mamprim

Escrito por Vanessa Mamprim

Carioca Fã de Esportes. Flamengo & Vôlei Minhas Paixões

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