Crédito foto: Reprodução Facebook oficial do jogador
Quem vê o paulista Diego Oliveira ou Diego Freestyle, como é mais conhecido, se apresentando imediatamente pensa: como um clube grande nunca apostou num cara com esse talento? Sim. Foi exatamente isso que eu pensei, quando me deparei pessoalmente com a sua habilidade em um evento promovido por uma loja de material esportivo, realizado no começo deste mês, no Shopping Bourbon, em São Paulo.
Sua maestria com a bola era algo fora do comum e encantava todos ali presentes, inclusive o seu maior ídolo e inspirador de dribles, Ronaldinho Gaúcho, que o admirava de boca aberta e batia palmas a cada movimento realizado pelo atleta. Mas de fato, eu não estava errado em minha teoria: Diego Oliveira passou por alguns times, incluindo a base do Corinthians do Sub-9 ao Sub-12.
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O caso dele é muito comum ao de milhares de jovens que são mandados embora ou que desistem de suas carreiras precocemente. ‘’Meu sonho era ser jogador de futebol profissional. Eu treinei na categoria de base do Corinthians e passei também pela Portuguesa, Santo André e Matonense, mas acabei desistindo do futebol com 19 anos’’, revelou Oliveira.
Sim. A história dele poderia se repetir como a de muitos outros jovens, mas não foi bem o que aconteceu. Logo depois, ele conseguiu uma Bolsa Atleta para estudar e representar uma universidade e foi exatamente aí em que a sua vida como atleta e cidadão começou a mudar e, claro, sem deixar a gorduxinha totalmente de lado. Usou da habilidade nos pés para seguir em frente e tentar algo novo em sua vida. O amor ao esporte, ficou nítido na primeira escolha. ‘’Eu fiz duas faculdades com o Bolsa Atleta: Educação Física e Administração’’, contou ele, todo orgulhoso.
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Sempre ouvimos, principalmente de nossos pais, que para obter sucesso na vida, o primeiro passo é estudar e não desistir nunca dos nossos sonhos e objetivos. Com ele não seria nada diferente. O paulista revelou que no início treinava horas e horas. O lugar para isso? Era o de menos. ‘’Eu treinava de 4 a 5h horas por dia, sempre, em casa, na garagem ou na laje’’, ressaltou Oliveira.
Quando ele não estava treinando, admirava e usava como base os dribles do Bruxo ou ficava estudando. Estudo esse, que foi importantíssimo e que lhe garantiu um emprego digno em um banco da Capital. Sabendo do seu talento, esse mesmo banco foi quem o convidou para fazer sua primeira apresentação por lá e o sonho de ganhar dinheiro fazendo o que ama, ascendeu novamente a esperança no atleta. ‘’O meu primeiro evento aconteceu em 2005. Eu lembro que eu recebi em uma única apresentação exatamente o salário que eu recebia trabalhando o mês inteiro lá’’, contou Oliveira.
Depois do evento, ele ainda contou que apostou bastante em produzir vídeos mostrando a sua habilidade e criou também um site. Isso tudo foi determinante para surgirem novas oportunidades no mercado. E não. Não foi de uma hora para outra que tudo aconteceu e deu certo, mas três anos depois, isto é, em 2008, ele foi convidado por um agente para fazer uma apresentação na Irlanda em um Summer Camp com a garotada. Com esse convite, ele teve que abandonar o emprego no banco e novamente estava lá, firme e forte, lutando pelo seu sonho de moleque.
Depois disso, apareceram muitos outros eventos como, por exemplo, em 2009, em uma nova viagem internacional, agora para África do Sul, para fazer uma apresentação especial dentro da favela, onde ele se orgulha deste feito. Além disso, o atleta também participou do Rei dos Dribles, foi técnico da categoria de base de freestyle do Shandong Luneng (China) e muito mais.
Crédito foto: Reprodução Facebook oficial do jogador
Outra questão abordada com ele foi o fator financeiro. Seria possível viver apenas do freestyle ou ele teria uma segunda profissão? A resposta foi a melhor que eu poderia receber. ‘’Desde 2010, vivo somente disso’’, revelou Oliveira.
Ainda segundo ele, para você praticar o freestyle, você não precisa ser um bom jogador. ‘’Você precisa ter foco, perseverança e acreditar que pode sim fazer e criar qualquer movimento. Basta treinar muito’’, destacou o atleta.
Para quem não sabe, existem quatro estilos na modalidade: Lower, Sitdown, Groundmoves e Upper. O preferido de Oliveira é o último, onde consiste dominar a bola na parte superior do corpo, como na cabeça, nuca, peito, ombros e ir passando a bola de parte em parte. Assista agora um pouco de sua habilidade no vídeo abaixo:
E não. O freestyle não é apenas um show. Hoje ele é praticando em mais de 70 países, incluindo o Brasil, onde o paulista Diego Oliveira, de 31 anos, é pioneiro e certamente serve de inspiração para milhares de pessoas, independentemente da sua área de atuação, essa é uma história verídica para você se espelhar e correr atrás daquilo que você ama. Não há nada melhor do que acordar e ter amor pelo o que você faz. Treine, lute, caia, levante e lute novamente quantas vezes forem necessárias para o seu dia chegar, mas nunca desista dos seus sonhos.
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