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Depois do El Clásico de domingo passado (13/8), entre Barcelona e Real Madrid, vencido pelo clube merengue por 3 a 1 e válido pela primeira partida da final da Supercopa da Espanha, fiquei navegando pela internet para acompanhar a repercussão da aula de futebol que acabara de assistir de Cristiano Ronaldo. Aula que, sejamos justos, começou depois que o melhor jogador do mundo entrou em campo, no segundo tempo.
CR7 pode ser marrento, metido, arrogante ou qualquer outro tipo de adjetivo de quem o odeia, mas é inegável que o gajo joga muita bola. Com todo o esforço, dedicação e futebol que ele apresenta, me pego pensando em uma frase que já li por aí: deve ser difícil, deve ser horrível, deve ser triste odiar o português.
Em 24 minutos em campo, o camisa 7, que não participou da pré-temporada com o clube por gozar de suas merecidas férias depois de uma temporada brilhante pelo Real, além de servir a Seleção de Portugal na Copa das Confederações da Rússia, só não fez chover em campo. A presença de Ronaldo no gramado do Camp Nou resultou no golaço feito por ele para dar a virada no placar ao Real, além de incendiar o jogo. A arrancada dada pelo gajo para marcar o segundo gol do Real não é normal, não é algo que se vê em jogadores em início de temporada, principalmente em jogadores que não participaram da pré-temporada.
CR7, além de ter talento, é esforçado ao máximo e tem o que todo atleta deveria ter: vontade de ser melhor a cada dia. Mais do que isso, ele treina e se esforça, dia após dia, para que isso aconteça e não é à toa que tem números absurdos: são 605 gols na carreira (Cinco - Sporting de Portugal, 118 - Manchester United, 407 - Real Madrid e 75 - Seleção de Portugal). A comparação com o argentino Lionel Messi é inevitável, mas há algumas distinções, talvez mínimas, porém, existentes. O craque português tem 32 anos de idade e pode se dizer que vive seu melhor momento na carreira, com o título da Eurocopa por Portugal, em 2016, além do bicampeonato da Champions League com o time merengue.
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O argentino Lionel Messi tem 30 anos, uma genialidade absurda e cinco bolas de ouro, uma a mais do que CR7. A imprensa prega uma rivalidade acirrada entre os dois que, ao meu ver, é sadia, nada de serem “inimigos mortais” um do outro. A questão é que os dois tem talento, o argentino se destaca mais nesse quesito por lances geniais, mas o gajo quer sempre ser o melhor e tem mostrado ser sempre decisivo tanto no Real quanto na Seleção de Portugal. O que deveríamos era agradecer por termos nascido na mesma época e sermos abençoados de poder assistir a essas duas lendas em campo.
A comparação entre os dois maiores jogadores da história do futebol sempre gera discussões na internet sobre quem é o melhor e, consequentemente, quem gosta do argentino odeia o português. Sendo assim, digo a vocês: continuem odiando o CR7! Pois esse é o maior combustível para todas as suas conquistas. O gajo é uma máquina de quebrar recordes, além de ser uma máquina também no quesito artilharia. Cristiano Ronaldo, nas últimas cinco temporadas da UEFA Champions League, foi artilheiro, tendo marcado 12 gols na última edição (2016/17), além disso, é o maior goleador da competição, com 105. Como se não bastasse, é o primeiro jogador a atingir a marca de 100 gols em competições europeias, primeiro jogador a marcar um hat-trick na final do Mundial de Clubes da FIFA (2016), além de vencer o torneio por dois clubes diferentes (foi campeão com o Manchester United na temporada 2007/08). Por falar em hat-trick, ninguém tem mais do que ele na Liga Espanhola (32). É o maior artilheiro da história do Real Madrid, passando Ferenc Puskás, Alfredo Di Stéfano e o lendário Raúl González, com 242, 307 e 323 gols, respectivamente. Foi o único que fez mais gols em uma única edição da Champions, anotando 17 tentos na temporada 2013/14, tem um total de quatro chuteiras de ouro por dois clubes diferentes (Manchester United e Real Madrid), é o maior artilheiro do El Clásico no Camp Nou, com 11 gols, além de ser o maior artilheiro merengue na disputa entre as duas equipes. Sobre o Derby de Madri, adivinhe quem é o maior artilheiro? CR7. Desde 2011 o português não marca menos de 50 gols por ano, tendo feito seu próprio recorde em 2013, com 69.
A maior vítima de CR7 pelo Real é o Sevilla, que já levou 25 gols do português nos oito anos no clube merengue. O Barcelona ocupa a quarta posição, tendo sofrido 17 tentos. Como foi campeão da Liga Espanhola, da UEFA Champions League e da Eurocopa na última temporada, além do prêmio de Melhor Jogador do Mundo em 2016, o português, sem sombra de dúvidas, caminha para sua quinta bola de ouro em 2017. Em entrevista ao final da partida entre Juventus e Real Madrid, pela final da última Liga dos Campeões, o camisa 7 alfinetou quem vinha criticando seu desempenho: “Eu dou a resposta em campo. A gente que me critica vai enfiar a viola no saco”, disse CR7.
Cristiano Ronaldo é craque, é uma máquina de fazer gols, é uma máquina de quebrar recordes, se cuida e se dedica ao máximo e, com o físico e dedicação que tem, deverá jogar por pelo menos mais três temporadas em alto nível. Sendo assim, o que constato é o que foi dito no início do texto: deve ser difícil odiar CR7.
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