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Projetos Sociais são iniciativas, sejam individuais ou coletivas, e visam melhorar uma ou mais questões de uma comunidade e/ou sociedade. Estes, quando têm o esporte como ferramenta de inclusão, tornam-se auxiliadores na formação de uma pessoa. Eles apresentam, resgatam e ensinam valores fundamentais para o desenvolvimento de um cidadão. Falaremos aqui sobre a importância da atividade física na vida de um adolescente, desde cedo.
No Brasil, é comum ex-atletas famosos, sobretudo de futebol, criarem Organizações Não Governamentais – ONGs - ou Institutos, com a finalidade de ajudar crianças e adolescentes que moram em áreas carentes. Porém, no país, outras modalidades menos popularizadas como tênis, badminton, vela, surf e até mesmo o basquete são trabalhadas nesses lugares.
Além dos esportistas conhecidos, muitos indivíduos “anônimos” fazem esse trabalho. O Projeto Bola Dentro e o Instituto Lance Certo, ambos do Estado de São Paulo, são exemplos.
Crédito foto: Reprodução / Facebook oficial Projeto Bola Dentro
O Bola Dentro, coordenado por Agostinho Carvalho, iniciou-se em 2005. Com o suporte do tênis, ele ajuda jovens da zona oeste da capital paulista. Apesar de ser considerado um esporte de elite, Agostinho conta que são os meninos pobres quem ensinam o tênis no Brasil.
Já o Lance Certo, fundado em 2009 pelo professor Fernando Ramos e o ex-atleta Gilmar Divino da Silva, faz uso do basquete como uma forma de retirar os jovens que ficam na rua e assim, incentivá-los nos estudos.
Mesmo com esse foco educativo, essas iniciativas enfrentam dificuldades. Falta de equipamentos, e, principalmente, de apoio são constantes. Existe uma Lei de Incentivo ao Esporte, porém são necessários três anos de Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ - aberto para as ONGs conseguirem o benefício.
Outro problema é com relação às drogas. Fernando comenta que o Lance Certo já atendeu de 300 a 400 pessoas. E, cerca de 10% a 15% desse total já fizeram usos de entorpecentes. O professor explica que essa porcentagem tem relação com a vida pessoal dos alunos, uma vez que os mesmos já chegam ao Instituto tendo contato com a droga, pois ela está na casa de cada um, através do cigarro ou bebida que os pais consomem.
Crédito foto: Reprodução / Facebook oficial Instituto Lance Certo
Segundo uma pesquisa feita há dois anos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE -, com estudantes do 9º ano do ensino fundamental, em três anos (2012 - 2015), o número de adolescentes que usaram drogas ilícitas aumentaram de 7,3% para 9%.
Contudo, o importante é que, apesar das adversidades, esses incentivadores não querem desistir. De acordo com Fernando: “Se não fosse um projeto social, como diz a música dos Racionais, eu seria mais um 'pretinho na FEBEM', finaliza.
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