Crédito foto: Esportudo.com | Luccas Paiva
O futebol de várzea não é muito valorizado no Brasil devido a questões políticas que pouco investem na formação dos jogadores. Por causa desta falta de atenção pública, a equipe do Esportudo.com foi até o Jardim Piratininga, em Osasco, para conhecer o Centro de Formação de Atletas Soccer Blue a fim de entender o projeto que ajuda tantos jovens com um objetivo em comum entre eles: ser um jogador de futebol.
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O projeto busca construir bons cidadãos e claro, bons atletas para o futuro e se destacar nos diversos clubes desse grande mundo chamado futebol. A ideia surgiu do preparador físico Luiz Carlos Godoar e o professor de Educação Física Péricles Fonseca apelidado de "Pet", que buscavam um novo conceito de desenvolver os atletas para suprir os erros que alguns centros de formação têm e que acaba prejudicando o futuro de muitos atletas.
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No início do ano, mais precisamente no dia 11 de janeiro, surgiu o Centro de Formação de Atletas Soccer Blue com um projeto que até então não existia na cidade de Osasco. Os professores pensaram em algo além de "apenas um clube", como se encontra em várias escolinhas licenciadas de diversos clubes pela cidade.
O projeto que dispõe de aparelhos para fortalecimento muscular, conta com um programa de treinamento intenso para preparar os jogadores. Os alunos contribuem financeiramente para a manutenção do campo e da aparelhagem, que conta com um suporte de chuteiras e acessórios para uso. Os treinos acontecem de segunda, quarta e sexta e sempre diversificam para desenvolver melhor os atletas.
Em uma resenha, ele parou para explicar alguns conceitos e que no sistema de trabalho dele, a parte principal é a parte técnica. Disse também que o jogador tem que estar muito bem preparado tecnicamente para entender a parte tática exigida pelos treinadores. "A parte técnica gera um crescimento e a parte tática é um complemento do trabalho", disse o preparador físico.
O empenho e o trabalho duro têm que fazer parte da vida de qualquer atleta, embora alguns acreditem em que o talento vêm do berço, o professor que não concorda com essa teoria e afirmou que os dois são fundamentais para desenvolver o atleta. ‘’O jogador brasileiro ele é muito preguiçoso, só se ajeita quando vai a Europa, porque lá é diferente, ou se enquadra ou cai fora", comentou Luiz.
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Para falar da parte mais tática da coisa, o professor Péricles "Pet" Fonseca explicou que para um sistema tático dar certo, todos os jogadores têm que marcar e atacar. A versatilidade ajuda nessa questão também, pois conseguem ter uma noção melhor de cobertura. "Ao contrário do que alguns treinadores dizem, todos têm que marcar e atacar, não só no 4-3-3'', explicou Pet.
Ao falar sobre versatilidade, contou como ser versátil pode ajudar a entrar em um clube. "Hoje, um atacante pode voltar para ajudar na marcação, ao contrário de antigamente, o atacante mais trombador ficou para trás", disse o professor.
Antigamente, os zagueiros estavam predestinados a dar chutões para frente. Hoje, os zagueiros têm função fundamental na saída de bola. "Hoje faz toda diferença, pois essa saída de bola ajuda a trabalhar a técnica do jogador. Antigamente, era só balão para cima. Hoje é critério para jogar em alguns clubes no mundo", ressaltou Pet.
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O projeto conta com jogadores habilidosos e promissores. Durante a reportagem, a equipe do Esportudo.com conversou também com dois garotos que se destacaram durante o treino.
Jonathan Pereira (goleiro)
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O goleiro Jonathan Pereira, apelidado por "Jhow" é o titular do time. O arqueiro que sabe jogar com os pés, se inspira no goleiro Manuel Neuer para treinar. Ele elogiou a capacidade do alemão de sair com os pés. "A agilidade dele é fantástica, ele faz defesas plásticas e tem a saída de bola fantástica", afirmou o jovem.
Disse também o quão é importante uma saída de bola é fundamental na hora de fazer um teste. "É muito importante, vale bastante pois às vezes um time não faz marcação alta e uma boa saída de bola pode ajudar o time na criação da jogada e consequentemente pode marcar um gol", comentou o jovem goleiro.
Guilherme Alberto (meia)
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O meia Guilherme Alberto, pode ser considerado um jogador diferente. Embora atue pelo lado esquerdo, consegue cumprir diversas funções no setor por ser um jogador ambidestro. Guilherme tem como ídolo o meia Paulo Henrique Ganso e diz se inspirar no jogador. ‘’Tento fazer com que meu jogo se assemelhe ao dele, ele faz mágica com a bola nos pés", comentou o garoto.
Atualmente existem inúmeras funções no setor de meio-campo e para Guilherme essas funções podem ajudar o jogador a se empenhar cada vez mais. "É um motivo para se empenhar mais, a versatilidade é um ponto a mais, pois se você é volante e o meia se machuca, você entra para fazer aquela função e se jogar bem, pode tomar a titularidade dele", afirmou Guilherme.
O jogador também explicou o quanto a ser ambidestro pode influenciar na hora de um teste na tentativa de entrar em um clube. "Esse é um ponto a mais em tudo na carreira. Desde meus sete anos comecei a jogar bola e aprendi a usar as duas pernas. Com o tempo, isso se tornou um hobby. Hoje posso atuar nos dois lado do campo’’, concluiu o garoto.
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