Crédito foto: Divulgação oficial do clube / Cesar Greco
Como já tem se discutido nos últimos meses na imprensa, o técnico Eduardo Baptista pretende usar o 4-1-4-1 no Palmeiras, escalação que requer muita movimentação, triangulação e responsabilidade tática – jogador indisciplinado taticamente não consegue jogar nela.
O time começou com Prass no gol, Jean, Edu Dracena, Vitor Hugo, Zé Roberto na primeira linha de 4, Felipe Melo como primeiro volante protegendo a zaga e fazendo a função de terceiro zagueiro e mais a frente outra linha de quatro, composta por Róger Guedes, Tchê Tchê, Raphael Veiga e Dudu, com Willian Bigode fazendo a função famosa do “falso 9”, como fazia Gabriel Jesus.
Crédito foto: Divulgação oficial do clube / Cesar Greco
O jogo contra a Ponte Preta começou quente, logo aos sete minutos jogando por trás da zaga, Willian Bigode quase fez o primeiro, jogada muito parecida com as do Palmeiras de Gabriel Jesus, que jogava solto por trás da zaga, no entanto, pela falta de ângulo a bola foi para fora.
O jogo seguiu quente, muitas variações na linha de 4 do meio-campo, Veiga e Dudu trocavam bastante de posições e abriam as alas para a passagem dos laterais. Tchê Tchê fazia bem uma função de motor do time, fazia boa saídas de bola e foi muito consistente na marcação, fazendo sempre o primeiro combate, amaciando as jogadas defensivas para o corte final de Felipe Melo.
Felipe Melo em sua estreia no Allianz Parque, já com música especial da torcida o chamando de “Pitbull, cachorro louco”, jogou de primeiro volante e líbero, muito calmo com a bola nos pés, cadenciava o jogo, pensava jogadas, mesmo não sendo o meia-armador do time, que tinha como essa função em Raphael Veiga, que muito marcado sumiu um pouco. Felipe Melo já se mostra um dos líderes do time e importante para manter a consistência do time campeão brasileiro no setor defensivo.
No início do segundo tempo, o técnico Eduardo Baptista colocou Barrios e Vitinho, nos lugares de Raphael Veiga e Willian. Observação especial nisso: o Cuca além de bom técnico, era bom em resolver problemas durante o jogo, e parece que Eduardo não deixa desejar nisso também. A bola mal chegava ou chegava quadrada em Willian em especial, no geral Palmeiras criou bastante, mas pouco para o “centroavante”. Com a entrada de Barrios, agora tendo um pivô e bom cabeceador e finalizador, e Vitinho, mais para substituir Veiga que estava sumido, o time jogou mais a bola na área e as chances começaram a ficar mais claras.
Aos oito minutos do segundo tempo, o volante João Vitor da Ponte foi expulso, abrindo mais espaço para o Palmeiras atuar, no entanto, o primeiro gol da partida só foi sair aos 31 minutos com Barrios, de cabeça, em jogada com o Dudu prendendo a bola no lado esquerdo, abrindo espaço para a passagem de Zé Roberto que fez o cruzamento deixando o paraguaio na cara do gol.
Crédito foto: Divulgação oficial do clube / Cesar Greco
Tiveram outras alterações, como a de Fabiano no lugar de Jean, Egídio no lugar de Zé Roberto, Jailson no lugar de Prass, Erik na vaga de Dudu, Rafael Marques no lugar de Róges Guedes, Thiago Martins na vaga de Edu Dracena e Thiago Santos na vaga de Tchê Tchê, no entanto, estas mudaram pouco a estratégia do jogo. Uma que taticamente foi inusitada foi a entrada de Michel Bastos no Lugar de Felipe Melo, aos 15 minutos do segundo tempo. Tal substituição recuou Tchê Tchê para primeiro volante e deixou Michel Bastos na linha de 4 pelo meio, essa mexida deixou a zaga mais exposta, pois o meio-campo que antes tinha dois jogadores de marcação, agora só tinha um. Michel Bastos fez boa partida, mas não foi especial no resultado do jogo.
O jogo foi 1 a 1, aos 43 minutos a bola bateu na mão de Rafael Marques dentro da área e Ramon converteu na meta de Jailson.
Em resumo: o time do Palmeiras dominou o jogo todo, mas perdeu muitas chances e teve certa perca de consistência defensiva ao longo do segundo tempo, Eduardo Baptista já esboça um bom trabalho tático, mas que ainda precisa de alguns ajustes.
Crédito foto: Divulgação oficial do clube / Cesar Greco
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