Crédito foto: Divulgação / Allianz Parque
O Allianz Parque é o novo nome do glorioso Palestra Itália, ou carinhosamente também chamado de Parque Antártica. Inaugurado em 19 de novembro de 2014, contra o Sport Recife, o estádio já acumula muito mais momentos de felizes do que tristes ao torcedor palmeirense. Algo que o próprio torcedor não esperava para um futuro próximo depois de lutar contra o rebaixamento em 2014.
Enumeramos abaixo oito momentos marcantes da história do Allianz Parque:
1. Empate contra o Atlético-PR (Brasileirão de 2014)
Crédito foto: Cesar Greco / Divulgação
Era o jogo da definição. Será que o Palmeiras, com toda sua história gloriosa iria começar o primeiro campeonato do novo estádio na Série B?
Foi um jogo nervoso do começo ao fim. O alviverde conseguiu um pênalti, que foi convertido com categoria pelo Henrique “ceifador”, autor do primeiro gol da casa, mas era o Atlético-PR quem mandava no jogo.
Não consigo estimar quantas bolas nas costas o zagueiro Lúcio tomou dos velozes atacantes atleticanos. A torcida do Palmeiras ficou paralisada com o empate do Furacão, que teve ainda diversas chances para virar o jogo.
Vale ressaltar a ótima fase que vivia o zagueiro Nathan, preterido pelos treinadores a partir de 2015, e do meia Valdivia que mesmo machucado, conseguiu cadenciar o jogo e, no sacrifício, ajudou o Palmeiras a conquistar um ponto.
No fim do jogo, os palmeirenses ainda ficaram apreensivos pois o Santos jogava com o Vitória, adversário do Verdão contra o rebaixamento. No fim das contas, o Vitória acabou rebaixado e o alviverde se livrou em seu novo estádio que no começo de sua história já mostrava que a vida do torcedor que comparecesse seria de extremas emoções.
2. Gol de placa de Robinho (Paulistão 2015)
Crédito foto: Cesar Greco / Divulgação
Logo em seu primeiro campeonato, os rivais já sentiram o peso da camisa do Verdão atuando em casa depois de mais de cinco anos. A vítima foi o São Paulo, que teve um jogador expulso logo no primeiro tempo e viu Robinho acertar um chute de rara felicidade no ídolo tricolor.
Rogério Ceni afastou mal a bola e ela caiu no peito do meia Robinho perto do círculo central, ele deixou a bola quicar enquanto olhava para a meta e disparou. A bola fez uma parábola perfeita e morreu no fundo das redes. Aquele gol fez explodir cada palmeirense em qualquer lugar do mundo, e aquela vitória de 3 a 0, fora o show, proporcionou e acendia na torcida de novo o prazer, o orgulho de ser palestrino.
3. Decisão (Paulistão 2015)
Crédito foto: Cesar Greco / Divulgação
Após uma reformulação do elenco e Alexandre Mattos a frente do futebol, o técnico Oswaldo de Oliveira com apenas quatro meses de trabalho conseguiu superar o Corinthians no Itaquerão e foi decidir a final contra o Santos, sendo o primeiro jogo no Allianz Parque.
Não demorou para o Verdão sair na frente com gol de Leandro Pereira, depois de um bom cruzamento de Lucas. O alviverde massacrava o time da Vila Belmiro que apenas se segurava e não tinha forças para se manter no ataque. Cada dividida era disputada como se fosse a última bola. O Verdão teve diversas oportunidades, entre elas um pênalti de Dudu que parou na trave.
A falta de sorte do alviverde para fazer o segundo gol no primeiro jogo deu confiança ao Santos que fez o dever de casa e nos pênaltis levou o Paulistão para a Vila Belmiro, entretanto, o Allianz Parque com meses de existência já mostrava a sua força e já não permitia que o Verdão perdesse mata-matas em casa.
4. Goleada por 4 a 0 no São Paulo (Brasileirão 2015)
Crédito foto: Cesar Greco / Divulgação
Depois de um início irregular no Brasileirão, o técnico Oswaldo de Oliveira deu lugar a outro Oliveira, o Marcelo, que de cara emplacou uma sequência de oito jogos invicto. Um deles contra o São Paulo. Era a consagração desse novo plantel que inspirava confiança. Pelo menos, a maior confiança que o torcedor palmeirense teve desde 2009.
O jogo começou equilibrado, o Palmeiras fez 1 a 0 e quase Alexandre Pato empata o jogo com ótima jogada pela esquerda e chute na trave de Fernando Prass, mas aos poucos o Verdão foi tomando conta do jogo até fazer o segundo gol com uma cabeçada do zagueiro artilheiro, Vitor Hugo, no fim do primeiro tempo e foi para o intervalo da partida com boa vantagem.
O alviverde não se deixou iludir pela vantagem e conseguiu marcar mais dois gols com Rafael Marques e Cristaldo (lembrança de honra para o cruzamento sensacional de Egídio no quarto gol).
A torcida já estava se acostumando com alegrias no novo estádio, que a essas horas já havia criado sua identidade. Já não era mais uma arena, mas um caldeirão verde e branco.
5. Quartas de final (Copa do Brasil 2015)
Crédito foto: Ricardo Duarte / Inter
Esse teria tudo para ser o jogo mais nervoso da história recente do Allianz Parque. Depois de um empate no Beira-Rio com pênalti desperdiçado, o Verdão começou fazendo um gol no início com Vitor Hugo, e abrindo 2 a 0 antes do intervalo. O alviverde tinha o domínio do jogo. Tinha.
No segundo tempo, o Internacional surpreendeu e conseguiu dois gols (um deles irregular) em um espaço de tempo curto e estava dando ao Verdão a sua primeira eliminação. Foi aí que brilhou a estrela de Andrei Girotto e Allione. Depois do segundo gol do Inter, a bola rolou e já se construiu a jogada que seria do terceiro gol alviverde. Allione cruzou a bola na medida para Andrei Girotto subir mais alto que todos e testar para o fundo do gol de Alisson
A partir daí foi se segurar nos minutos finais, com o coração a mil para cada torcedor dos mais de 30 mil que acompanhavam o jogo no estádio e respirar aliviado após o apito final do árbitro. O Verdão estava na semifinal da Copa do Brasil.
6. Semifinal (Copa do Brasil 2015)
Crédito foto: Cesar Greco / Divulgação
O Verdão vinha de uma derrota no primeiro jogo. Foi superado pelo Fluminense por 2 a 1 no Maracanã, onde o empate não veio por detalhes. O time havia começado muito bem o jogo lá e com chances claríssimas. Os palmeirenses já se apoiavam no fator casa. Ninguém havia vencido o alviverde em duelos mata-matas em seus domínios.
Nos 16 minutos iniciais o Verdão abriu 2 a 0 no marcador. O time estava avassalador, ganhando todas as divididas e com muita garra, entretanto, um dos maiores problemas da ‘’Era Marcelo Oliveira’’ voltou a atrapalhar o time: o preparo físico.
No segundo tempo o Verdão cansou e parou. O Fluminense se aproveitou disso e diminuiu. Nos minutos finais, Fred dentro da pequena área chutou no canto e Fernando Prass operou o que pode ter sido o maior milagre operado naquele novo templo.
Pênaltis. Palmeiras e Fluminense decidiriam na marca da cal. A primeira disputa de penalidades do Allianz Parque.
Gum chutando para fora e Fernando Prass buscando o pênalti de Gustavo Scarpa deram a vaga na finalíssima da Copa contra o Santos, que havia eliminado Corinthians e São Paulo em sua trajetória. Depois de quase morrer do coração contra o Inter, o palmeirense descobriu que poderia ser pior, e foi contra o Fluminense. Era só o começo.
7. Final (Copa do Brasil 2015)
Crédito foto: Divulgação
Era a primeira final do estádio em meses de existência. O Verdão tinha perdido de 1 a 0 na ida na Vila Belmiro, com um gol incrível perdido pelos donos da casa no último minuto de jogo, sem goleiro. Lance que deu esperanças ao palmeirense, assim como o pênalti perdido de Dudu no primeiro jogo da final do Paulistão deu força aos santistas.
O jogo começou muito mais cedo para a torcida que fez o famoso “Corredor Alviverde” na chegada dos jogadores ao estádio. Foi um mar verde extremamente contagiante. O time não vinha bem no Brasileirão, mas na Copa do Brasil era outra história. A sinergia criada entre time, torcida e estádio contagiava qualquer um que cruzasse os arredores do estádio.
O alviverde conseguiu com Dudu, vilão do Paulistão, os dois gols para delírio da torcida que lotava o estádio e as ruas em volta, e para a consagração do jogador. Só não contava com o desconto de Ricardo Oliveira minutos depois do segundo gol do Verdão, que já não tinha mais pernas e esperava pela disputa de pênaltis.
Entre o apito final do segundo tempo e a disputa de pênaltis se via brilhar de esperança e nervosismo os olhos da torcida. O Verdão decidiria mais uma vez um campeonato nos pênaltis contra os meninos da Vila. O alto-falante anunciava os batedores e o inesperado aconteceu. O quinto seria Fernando Prass. Os torcedores se olhavam apreensivos, isso seria bom ou ruim?
Primeiro pênalti perdido pelo Santos, a bola nas mãos da torcida que estava atrás do gol Sul do Allianz Parque. O Verdão foi quase perfeito, até Rafael Marques desperdiçar a cobrança. Foi aí que brilhou a estrela de Fernando Prass, que voou para buscar o pênalti de Gustavo Henrique e fez o seu na última cobrança dando números finais ao jogo e o título para o maior campeão nacional. Esta história está de fato eternizada no novo estádio do alviverde.
8. Vitória sobre Rosário Central-ARG (Copa Libertadores 2016)
Crédito foto: Cesar Greco / Divulgação
Um dos jogos mais apreensivos do Allianz Parque aconteceu na fase de grupos da Copa Libertadores de 2016. Depois de ter se classificado com o título da Copa do Brasil, o Verdão entrou na Libertadores em um grupo que prometia não ser nada fácil, assim como de fato aconteceu.
O Rosário Central era o líder do Campeonato Argentino e mandou a campo a equipe sem alguns titulares, o que não diminuiu a qualidade da equipe. Pelo contrário. O Rosário levou perigo diversas vezes à meta do Verdão e Fernando Prass pegou até vento aquela noite.
O alviverde saiu na frente com gol de Cristaldo e se segurou como deu, com o adversário criando jogadas ora pela esquerda, ora pela direita e pelo meio. O Rosário apresentava excelente variação de jogadas e infiltração, o alviverde era só defesa. O cenário do jogo já anunciava um gol do Rosário para os próximos minutos, até que o árbitro assinalou um pênalti em investida pela esquerda do ataque argentino.
Mais uma vez estava lá Fernando Prass para pegar mais uma, voar para seu canto direito e mandar a bola para escanteio. O estádio veio abaixo. O Palmeiras teve novamente fôlego para acreditar nos três pontos. O jogo já estava nos acréscimos quando Allione recebeu livre num rápido contra-ataque, driblou o goleiro e estufou as redes. 2 a 0, Verdão.
Apesar do alviverde ter sido eliminado na fase de grupos da Libertadores, esse jogo fica na memória do torcedor pelo nervosismo, pênalti defendido e gol no final quando todos esperavam o empate argentino.
E aí, torcedor, concorda, discorda ou acrescentaria mais algum momento? Comente!
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