Crédito foto: Getty Images
Da paixão pelo futebol surgiu um clube de muita garra, determinação e principalmente, superação. Na década de 70, representantes dos principais times amadores de Chapecó, Alvadir Pelisser, Heitor Pasqualotto e Altair Zanella, do Independente Futebol Clube, Lotário Immich e Vicente Delai, do Clube Atlético Chapecó, se reuniram e fundaram o primeiro clube de futebol profissional da cidade, a Associação Chapecoense de Futebol.
São 44 anos de uma história dividida entre momentos difíceis e alegrias, mas a união, a força e o comprometimento permitiram a ascensão da Série D até a elite do futebol nacional em cinco anos, a conquista de seis títulos estaduais e a recente Taça da Copa Sul-Americana. Muito além dos troféus, o time do interior de Santa Catarina, leva na bagagem vários triunfos em cima de grandes nomes do mercado futebolístico nacional e internacional.
Mas, nenhum desses feitos seria possível sem os elencos entrosados, que tornavam o ambiente extremamente familiar e buscavam incessantemente os objetivos. Agora, já pensou reunir em um time só todas as feras que passaram pelo Verdão? A equipe do Esportudo.com fez isso e escalou o time dos sonhos da Chape no 4-3-3, esquema tático mais utilizado pelo alviverde. Confira!
1. Goleiros: Danilo e Nivaldo
A posição de goleiro carrega dois arqueiros que a representaram muito bem e se tornaram ídolos da torcida verde e branca. “Deusnilo” ou “São Danilo”, como era carinhosamente chamado o goleiro Danilo pelo torcedor do Verdão, se eternizou por suas grandes atuações e pelas belas defesas na Sul-Americana do ano passado. Já Nivaldo, aos 42 anos, é ex-goleiro e atual gerente de futebol da Chape. Ele defendeu o clube por dez anos, participou de todos os acessos e foi líder dentro e fora de campo.
2. Lateral-direito: Apodi
Diferenciado, Apodi impressiona por suas arrancadas incríveis e sua velocidade quase sem fim, e assim possibilita um apoio ofensivo verdadeiramente interessante. O lateral-direito se tornou motivo de inúmeras paródias devido às jogadas inacreditáveis. A principal delas foi depois do gol que garantiu a vitória de virada contra o Grêmio, em 2015. O camisa 2, hoje 22, percorreu 72,9 metros e atingiu uma velocidade de 38,2 km/h, antes de finalizar.
3. Zagueiro: Rafael Lima
Ídolo da torcida e figura significativa no recente crescimento da Chape. A disciplina e a liderança são fatores que andam junto com Rafael Lima. O defensor não toma cartão vermelho há dois anos e das cinco temporadas que vestiu a camisa verde e branca, carregou a faixa de capitão por quatro anos consecutivos.
4. Zagueiro: Willian Thiego
Defensor experiente, talentoso e de uma peculiaridade que chamava atenção, a de balançar as redes. Os oito gols marcados na temporada de 2016, um deles nas quartas de final da Sul-Americana contra o Junior Barranquilla (COL) na goleada por 3 a 0, fizeram do camisa 27, o zagueiro brasileiro que mais marcou no ano passado e deu a ele a fama de zagueiro artilheiro.
5. Lateral-esquerdo: Dener
Lateral de muita força física e bem distante da palavra “lesão”, Dener exibia uma regularidade excelente. Era um dos titulares absolutos da equipe e desde que assumiu a ala esquerda, foi um dos jogadores que mais atuou nas temporadas de 2015 e 2016 pela Chape.
6.Volante: Bruno Silva
Com duas passagens pelo Verdão, Bruno Silva destaca-se pela tática e a regularidade em campo. Determinante no quesito desarmes, o volante auxilia na marcação, na movimentação da bola no setor do meio-campo e no apoio ao ataque. Em 2014, teve importante colaboração nas jogadas que deram origem aos gols da Chape, foram oito assistências no Brasileirão.
7. Volante/Meia: Cléber Santana
O craque que já jogou na Europa e com estrelas nacionais e internacionais, aliava experiência, técnica, habilidade e talento. Mesmo aos 35 anos, o volante de origem que preferia atuar como meia, atravessava um dos melhores momentos da carreira. CS88 além de ditar o ritmo da equipe, era líder e o “capita” da jovem Chapecoense de 2016.
8. Meia: Camilo
Na Chape dos sonhos não poderia faltar o camisa 10. Dono da comemoração que virou marca registrada em Chapecó, Camilo, é o famoso homem de criação e armador de jogadas. O meia se destacou nas campanhas de 2014 e 2015 pelo Verdão.
9. Atacante: Henrique Dourado
Crédito foto: Reprodução / Página do jogador no Facebook / Henrique Dourado
Já ouviu falar no Ceifador? Ou sabe quem é o atual artilheiro do Brasileirão? O cara com faro de gol é ex-Chapecoense. O centroavante do Flu, com qualidade pela ponta direita, foi um dos reforços da Chape na reta final do acesso para a Série B. Em oito partidas, marcou cinco gols e virou o artilheiro do time na competição.
10. Atacante: Ananias
Ananiesta, o atacante baixinho, decisivo, de velocidade e de gols marcantes. O camisa 11 foi responsável pelo gol de empate com o San Lorenzo, em Buenos Aires, na semifinal da Sul-Americana. Mas, esse não foi só mais um gol. Foi o gol da classificação histórica da Chape para a final de umas das competições internacionais mais relevantes. Foi o último gol dele pela equipe que brilhou nos campos da América e ganhou um espacinho no coração do mundo.
11. Atacante: Bruno Rangel
De joelho, de cabeça, de perna direita, de perna esquerda, foi assim, empilhando gols que o “Power Rangel” ou “BR9”, como preferir, se tornou o maior artilheiro do clube, o maior artilheiro da história da Série B e se imortalizou o centroavante “matador” da Chape. De estilo “tranquilão” e pouca movimentação, Rangel deixava a impressão de não ser muito perigoso, porém o atacante surpreendeu muitos goleiros e zagueiros.
12. Técnico: Caio Júnior
Com jeito acolhedor de tratar todos como filhos, o comandante recebeu o título de paizão entre os jogadores. Adapto dos sistemas 4-2-3-1 e 4-3-3, Caio Júnior procurava construir uma equipe competitiva, mas equilibrada, com força defensiva e também ofensiva. Ciente dos sonhos da pequena grande Chapecoense, o técnico acreditava no equilíbrio, nos pés no chão e definia o segredo do sucesso como a ligação entre ambiente de trabalho, torcida e imprensa local. Todas essas características juntas levaram o Verdão e Chapecó inteira à final da Sul-Americana e a mais um ano na elite.
Crédito foto: Getty Images / Edição por Isabel Piccoli
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