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No Derby Centenário, deu Corinthians: vitória com a cara da Fiel

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Crédito foto: Daniel Augusuto Jr. / Agência Corinthians

“Sangue no olho, tapa na orelha, é o jogo da vida, o Corinthians não é brincadeira.” Esse era o canto que ecoava em Itaquera no último treino da equipe corintiana antes do clássico com o Palmeiras. E assim foi, principalmente o sangue no olho - coisas do futebol.

Em um jogo com mais valor simbólico - pela desconfiança sobre as duas equipes e pelo histórico confronto entre os dois tradicionais clubes - do que pela prática - visto que ainda é começo de campeonato e da temporada -, o Corinthians jogou com a alma. Foi melhor, não tecnicamente, mas na disposição, na garra e na entrega para com o time e a torcida.

A cobrança da Fiel parece ter surtido efeito. Léo Jabá (que jogou no lugar de Marlone), Guilherme Arana e Maycon (que por escolha do treinador substituiu o até então irregular Fellipe Bastos), muito dispostos e voluntariosos em campo, foram o resumo da equipe alvinegra. Aguerrida, unida e focada. O time jogou o segundo tempo inteiro, com a absurda expulsão de Gabriel no fim da primeira etapa, fechado em um 5-3-1 ou por vezes um 6-3-0 e, consequentemente, por uma bola.

E, assim foi. Jô recebeu bom passe de Maycon - que teve muitos méritos por acreditar e aproveitar o vacilo de Guerra - e fechou o placar aos 42 minutos do segundo tempo, levando ao delírio os pouco mais de 30 mil torcedores que estavam presentes na Arena. O Palmeiras, sem Tchê Tchê e Moisés, pilares do time no título brasileiro de 2016, foi apático, medroso e descompasso. Eduardo Baptista errou, além de tudo. Colocou o sumido Alecsandro no lugar de Willian e não resolveu os grandes problemas do time nesse início de temporada, a instabilidade e falta de agressividade.

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Crédito foto: Daniel Augusuto Jr. / Agência Corinthians

O Palmeiras ainda sofre com a ausência de Gabriel Jesus, que além de goleador, era muito importante para segurar a bola no ataque, na área e ser a referência. Willian, por sinal segundo atacante, mostra cada vez mais que não é capaz de fazer a função de um centroavante, muito por seu tipo físico e filosofia de jogo, mas também pela solidão e os inúmeros cruzamentos na área que o esquema 4-1-4-1 traz ao jogador.

Lucas Barrios seria boa opção para o Derby. Não que isso fosse suficiente para manter o jogador no clube, mas até a estreia de Borja, é o único com o estilo que melhor se encaixa no esquema tático alviverde. E como as outras opções para o ataque palmeirense ainda não deram melhor resultado, a esperança parece ser com o colombiano.

O Corinthians mereceu o resultado. Também pelo erro escandaloso do, um pouco arrogante árbitro Thiago Duarte Peixoto, que só não prejudicou mais o clássico por conta da vitória corintiana, mas principalmente pela disciplina tática e eficiência no segundo tempo. O time jogou motivado pela sua torcida, que após o erro do juiz passou a apoiar ainda mais a equipe, e mais importante, não desacreditou dos três pontos.

O jogo mostrou que nem sempre quem fica mais com a bola e joga mais “bonito” sai vitorioso. Mais importante que isso foi a determinação e a sede pela vitória, que não faltou em nenhum momento para os jogadores corintianos, os quais claramente ao invés de se perderem com o erro bizarro do juiz, se fecharam no coletivo e fizeram disso motivação, e que pode ser questionada pelo lado alviverde.

Mas em meio a tudo isso, também é importante destacar: é começo de temporada e as únicas certezas que se tem é que Eduardo Baptista não terá vida fácil na sequência do campeonato e que Fábio Carille, por outro lado, terá mais tranquilidade para trabalhar nas próximas semanas. A vitória veio muito em função de suas atitudes, em um momento muito complicado, para organizar o time, que por sua vez respondeu muito bem.

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Categorias: Futebol, Vitória, Corinthians, Palmeiras, Derby, Fábio Carille, Eduardo Baptista, fiel, #DerbyCentenário

João Pedro Calachi

Escrito por João Pedro Calachi

Palmeirense, estudante de jornalismo na PUC-SP e fanático por esportes.

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