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Recentemente, o presidente da FIFA — órgão máximo do futebol —, Gianni Infantino, anunciou que a Copa do Mundo terá mais participantes, de 32 atualmente a 48, a partir da Copa de 2026.
A medida segundo o presidente é de democratizar o futebol, permitindo a mais seleções participar do principal torneio do esporte no mundo. Até aí tudo bem. O lucro da FIFA com o aumento de seleções estima-se que será de US$ 975 milhões, por conta do maior número de jogos transmitidos e patrocínios arrecadados.
Se Joseph Blatter deixou um legado e foi expandir o futebol no mundo, mesmo escondendo propinas e se enriquecido indevidamente. Para se ter noção, cerca de 204 países fazem parte da FIFA, mais que a ONU (Organização das Nações Unidas) que têm 196 países membros.
Infantino quer tirar esse lado obscuro que envolvia Blatter e propor uma união de países em prol do futebol mundial. Países que têm como esporte mais praticado o futebol, predominante na África, América Central e Oriente Médio, têm poucas chances de disputar um mundial e quando conseguem, são as mesmas seleções de edições anteriores.
Se o lema for: democratizar o esporte e dar acesso aos países menores, deveremos ver como será a distribuição de prêmio e como será utilizada na implantação do futebol no país que a recebeu.
O legado de cada Copa do Mundo é uma quantia dada a cada federação participante e a mesma faz o que quiser com o dinheiro. Desde pagar atletas, o famoso “bicho”, até criar academias de futebol no país para o desenvolvimento do esporte tanto masculino como feminino.
O questionamento se dá no seguindo aspecto: as novas seleções participantes têm condições de enfrentar países de lastro no esporte como Brasil, Itália ou Alemanha de igual para igual? No futebol não tem mais bobo, entretanto, existe tradição, que pesa nos momentos de decisão.
Mas lembremos, democratizar o futebol parte da gênese de diminuir preços de ingressos. Desta forma, mais pessoas terão acesso e gosto pelo esporte.
Há quem diga ser uma estratégia de marketing, coisa que já existia desde João Havelange, em seguida Blatter e agora implantado por Infantino. Cabe a nós amantes do futebol, aficionados no esporte acompanhar a estratégia do presidente italiano, se ela não vai acabar como a de seus antecessores, com corrupção.
O futebol ganha, jornalistas ganham, veículos de comunicação também, contudo a FIFA é que vai ganhar mais em cima de uma ‘’boa causa’’.
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