Crédito foto: Divulgação / Site Oficial do clube / Rubens Chiri
Tomada de decisões erradas estão custando muito caro ao São Paulo Futebol Clube. O último domingo, 27, foi mais um exemplo disso. A derrota para o Palmeiras por 4 a 2, no Allianz Parque, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro evidenciou ainda mais que não adianta treinar e colocar mais de 18 mil torcedores para assistirem ao treino se dentro de campo não existe a obediência tática.
Os primeiros 15 minutos do clássico pareciam que, enfim, o Tricolor reagiria na competição e deixaria novamente a zona de rebaixamento. Marcos Guilherme abriu o placar aos 12 minutos e assustou os mais de 33 mil torcedores – únicos – que foram ao antigo Palestra Itália. Mas, um dos responsáveis por esse gol, Lucas Pratto, se machucaria feio ao longo do jogo e sua falta seria sentida quase que imediatamente. O lance forte com Hernanes abalaria o time, tanto tática como psicologicamente.
Porém, não é “culpa” de Pratto o que o São Paulo iria mostrar ao longo do clássico. Os erros que tiravam aos poucos Dorival Júnior do eixo – o treinador mostrava a cada jogada não realizada uma indignação fora do comum – ia desde Sidão, que estava louco para entregar o jogo, a Marcos Guilherme, o próprio que fez 1 a 0.
Crédito foto: Divulgação / Site Oficial do clube / Rubens Chiri
O empate do Palmeiras teve a colaboração de Cueva e Edimar. O primeiro, deixou Michel Bastos passar como quis até chegar ao cruzamento, e o segundo, errou o tempo de bola, permitindo o cabeceio de Willian: 1 a 1. A virada alviverde foi bem bonita, mas novamente uma desatenção e descaso com a qualidade técnica do chute do camisa 29 palmeirense – de novo.
Aí veio o empate, belezinha, seria incrível tirar um ponto fora de casa para uma equipe que está na zona de rebaixamento e que já perdeu metade dos jogos disputados neste Brasileiro. Mas não! Para que seguir aquilo que se treina? Para que deixar o treinador orgulhoso e satisfeito com o trabalho realizado ao longo da semana?
Rodrigo Caio não aproveita uma chance clara de gol, o que seria a virada, e Marcos Guilherme paga caro por querer decidir sozinho. No lance em que o atacante segue com a bola em direção ao ataque, ele é interceptado por Edu Dracena e arma o contra-ataque do rival. Resultado: o terceiro gol palmeirense. Aí já estava tudo escancarado mesmo, era questão de tempo e oportunidade o quarto gol.
Crédito foto: Divulgação / Site Oficial do clube / Rubens Chiri
O cenário, que teve até gritos de "olé" das arquibancadas, pedia que a pergunta na coletiva de imprensa para Dorival Jr. fosse em cima de sua indignação, que era clara nos gestos com os braços, na virada de costas para o campo etc. E a resposta não poderia ser outra além de – em outras palavras: “Pô, eu só queria que eles fizessem o que combinamos nos treinos. Só isso!”.
Mais uma vez o Tricolor dorme na zona de rebaixamento. São apenas 23 pontos, a 17ª colocação, a 11ª derrota e o 33º gol sofrido em 22 jogos. Só o Atlético-GO, a Chapecoense e o Vasco têm a defesa mais vazada que o time de Cueva, Hernanes, Pratto, Dorival e companhia.
O São Paulo só volta a jogar no dia 9 de setembro, contra a Ponte Preta, no Morumbi. Duas semanas para digerir o que significa uma derrota em um clássico, a zona de rebaixamento cada vez mais presente e o custo caro de não se fazer aquilo que se treina.
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