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Nesta terça-feira (26) continuaremos com a série de matérias de conteúdo exclusivo do Esportudo.com, obtido no ''Evento de Boa Sorte'' da Petrobras, onde conversamos com quatro jovens promessas olímpicas, que são esperança de medalhas nos Jogos Olímpicos Rio 2016. O atleta de hoje tem apenas 21 anos, Venilton Teixeira, o jovem ''guerreiro'' do Taekwondo brasileiro.
Início da carreira
O Jovem amapaense de vinte e um anos, desde cedo teve que ultrapassar barreiras e lutar pelos seus objetivos. Natural de Laranjal do Jari, no Amapá, era um dos 17 filhos de Elizabeth, que não tinha condições de criá-lo, e aos três dias de vida, foi para os cuidados de sua avó com mais quatro irmãos. Tendo pouco contato com sua mãe e nem sequer conhecendo seu pai, via seus avós como seus pais e os únicos responsáveis por sua formação.
Preocupados com a educação de Venilton, os avós insistiam em pôr o menino bagunceiro em diversos projetos sociais, fazendo o jovem praticar de hip hop e capoeira, até que num desses inúmeros projetos ele conheceu seu futuro professor e ídolo no esporte, Bruno Igreja, em um projeto social na escola em que estudava. ''Eu comecei no esporte com 14 anos em um projeto social, na escola onde eu estudava. Quando acabou o projeto meu professor abriu a academia dele e me convidou para treinar lá. Eu fui e comecei a disputar campeonatos nacionais'', afirmou o jovem.
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Mesmo longe do ideal, em questões técnicas, Venilton com muita dedicação aos poucos foi se aprimorando e melhorando gradativamente na modalidade, quando tudo começava a dar certo na vida do atleta, o menino sofreu uma terrível perda em sua vida.
Logo em sua primeira competição, seu avô morreu a caminho do local em que ocorreria sua primeira competição, o jovem só viria a saber do falecimento de seu ''pai'' depois da competição em que conquistou sua primeira medalha. Venilton, mais uma vez foi forte e não desistiu de seus objetivos, mesmo com a grande perda de seu avô, que era como um pai para o jovem, o atleta foi forte e continuo sua caminhada, criando o seu lema: ''Guerreiro sempre serei.''
Conquistas pessoais
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De vendedor de açaí no Amapá, para atleta olímpico que representará o Brasil na Rio 2016. Mesmo com a falta de patrocínio que muito atletas do seu esporte enfrentam, Venilton continuou ultrapassando barreiras e conquistando incríveis resultados. ''A falta de patrocínio e de apoio que acaba segurando nós atletas, deixando a gente para baixo, nos impedindo de crescer'', disse o jovem para a reportagem.
Com apenas 17 anos, entrou para a Seleção Brasileira como reserva em 2013, se tornando titular no ano seguinte. Na sua primeira participação em um Mundial de Taekwondo, em 2015 na Rússia, conquistou o bronze da categoria até 54kg. Também em 2015, sagrou-se campeão do US Open e terceiro colocado no Open do Egito. Levou o ouro no Open da Turquia, em 2014.
Dedicação de treino
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Muitos apenas imaginam o tamanho da dedicação e superação diária que um atleta que conquistou o mais alto nível e conseguiu se classificar para uma Olimpíada tem: ''Eu só estou no taekwondo, vivo taekwondo todo dia e toda hora'', contou Venilton. A rotina de treino e os cuidados diários em que eles são submetidos em busca de seus sonhos: ''Treino seis horas por dia, de manhã, de tarde e de noite'', contou o jovem.
Além disso, o atleta segue cuidados especiais para evitar lesões para não ficar de fora das Olimpíadas do Rio e consequentemente para alcançar o seu sonho de representar o país: ''Eu faço intercalado na semana, fisioterapia de prevenção, hidro, fortalecimento na piscina. É muito bacana para atleta nessa fase não se lesionar'', explicou o Venilton.
Sonho
A princípio, o interesse de Venilton pela modalidade surgiu por causa das viagens que os atletas do projeto social faziam, dando a motivação para começar no esporte. Depois de se estabilizar como um atleta de ponta no esporte, ele realizou seu sonho de viajar e representar o Brasil. ''Eu via o pessoal viajando, eu tinha o interesse de viajar também, aí eu comecei a me dedicar mais para viajar junto com a galera, as coisas começaram a dar certo e espero que agora nas Olimpíadas que continuem dando tudo certo'', relatou o atleta da Petrobras.
Em meio a tantas conquistas e superações, Venilton conseguiu mais uma conquista na carreira: a vaga para os Jogos Rio 2016. O jovem sonha com a chance de conquistar uma medalha para seu país. ''Tenho orgulho muito grande, graças a Deus consegui me classificar, intensifiquei meus treinos e tenho treinando bastante'', disse Venilton
O atleta ainda fez questão de citar uma luta em especial na sua carreira, o Mundial da Rússia (em que ele foi eliminado nas semifinal, conquistando a medalha de bronze) onde passou por condições de lutas adversas enquanto enfrentava seu oponente, e o jovem sonha que dessa vez em casa, ele tenha novamente essa experiência, mas dessa vez recebendo o calor e apoio da torcida, que para ele é de suma importância nas lutas. ''O apoio da nossa torcida me dará mais motivação. Até um ponto positivo a mais para gente. Terão muitos brasileiros torcendo pela gente, a torcida já é um ponto a mais para nós. Na Rússia eu senti uma pressão muito grande da torcida, eu lutei na semifinal do Mundial contra um russo e, acabei perdendo para ele. Meu técnico passava as instruções para mim e eu não ouvia nada, porque eram mais de oito mil russos gritando e apoiando meu adversário'', afirmou Venilton.
Legado
O atleta aposta numa boa participação dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos do Rio e acredita que isso certamente ajudará os esportes a se tornaram mais populares no país principalmente se a tão sonhada medalha for conquistada. ''Essas Olimpíadas deixarão um bom legado sim para o país principalmente se nós atletas que vamos representar o Brasil medalharmos, isso vai ajudar bastante o nosso esporte e qualquer esporte aí que for ter medalha'', concluiu o atleta da Petrobras.
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