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Estamos à beira do fim do primeiro turno do Campeonato Brasileiro e o Corinthians é mais líder do que nunca. Desacreditado no começo do ano, o time de Fábio Carille bate recordes de vitórias e caminha para terminar o turno com o melhor aproveitamento da história dos pontos corridos.
Mas, por que um time com investimento mediano e um técnico inexperiente no futebol profissional está conseguindo chegar tão longe? No primeiro momento, analisando friamente as estatísticas, nos deparamos com uma que nos salta os olhos: o time do Parque São Jorge em 11, de suas 12 vitórias, teve menos posse de bola, em contrapartida, sempre que empatou teve mais a pelota.
Nas exibições mais convincentes do Timão no campeonato, a equipe alvinegra obteve, respectivamente, 39% de posse no clássico contra o Palmeiras, 44,2% na goleada contra o Vasco, e 45,9% no triunfo ante o Grêmio.
Mas, então, vamos refazer a pergunta: Por que o Corinthians está indo tão longe jogando “sem a bola”? A resposta não é difícil e nem precisa do apoio de milhares de estatísticas. O time tem um plano de jogo, baseado em suas capacidades, e consegue exercê-lo no ápice de sua condição.
Isso significa que, já que a equipe alvinegra não tem os melhores jogadores do país, não ousa praticar o que não consegue, mas sim se proteger na tentativa de ser o mais pragmático e coeso possível. Esperando o adversário no campo de defesa, o time de Carille consegue compactar as linhas, inibir penetrações e se tornar a equipe menos vazada do torneio.
Já quando tem a bola, a regra no Corinthians é ser eficiente, sem precisar ser brilhante. A equipe é a que menos erra passes no campeonato, além de ser a terceira com a melhor pontaria no gol. O sucesso do Timão jogando sem a bola não está descolado do Brasileirão em geral, ao todo nesta edição do campeonato quem teve menos a bola ganhou 75 vezes, empatou 39 e perdeu só 46, totalizando um aproveitamento de 55% (superior ao do Palmeiras, quinto colocado).
Com isso, não resta nada além de parabenizar Carille e o elenco pelo trabalho, que em sua compreensível limitação supera o talento inconstante de outros.
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