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Há mais de vinte anos no Arsenal-ING, Arsène Wenger vive seu momento de maior instabilidade no clube. Mesmo assim, ao que parece, ainda não pretende jogar a toalha, para desespero daqueles que desejam ver a equipe seguir em frente, tomando novos rumos. Mas, será que não é hora de largar o osso? Entenda nesta análise do Esportudo.
Os torcedores mais próximos, os quais sempre lhe atribuíram total confiança, já estão cansados de ver os Gunners sofrendo com a mesma história a cada temporada que passa. Verdade seja dita, em todo esse tempo à frente da equipe, Wenger não conquistou tantos títulos como se imagina. Foram seis Copas da Inglaterra, seis Supercopas da Inglaterra e três prêmios da Liga Inglesa.
Quando comparado a Alex Ferguson, outro treinador conhecido por longa passagem em um clube, o rival Manchester United, onde ficou por vinte e seis anos, a diferença é drástica. Não só em termos de quantidade, mas também em relação ao destaque dos títulos ganhos por Ferguson, entre os quais está a UEFA Champions League.
A última Premier League vencida pelo Arsenal foi na temporada 2003/04, de forma invicta, quando o time contava com Thierry Henry em seu auge, autor de 30 gols na competição, e outros craques, como Dennis Bergkamp e Patrick Vieira. De lá para cá, exceto pela conquista de um ou outro torneio nacional de menor destaque, a equipe de Wenger colecionou apenas frustrações e vexames. São sete eliminações consecutivas nas oitavas de final da UEFA Champions League.
Como citado acima, a mesma história se repete temporada após temporada. A receita do Arsenal é sempre uma das maiores do mundo - não só do futebol internacional. A verba inicial destinada para contratações ronda valores exuberantes. Entretanto, Wenger não consegue montar um time que seja capaz de bater de frente com seus rivais na Inglaterra, muito menos de ir longe em competições europeias. Para além da insistência em certos jogadores, o treinador, junto à sua comissão técnica, raramente obtém sucesso em suas apostas, o que é um problema dada a preferência por elencos jovens e “promissores”.
Um time da grandeza do Arsenal não pode ficar fora do radar por tanto tempo como está. Seus torcedores merecem uma resposta breve, dentro de campo, com vitórias e conquistas. Com seu contrato se encerrando neste ano, Arsène Wenger tem uma grande escolha a fazer. Caso largue o osso, será o fim de uma era acompanhado pela chance de recomeço. Caso a renovação ocorra, é melhor o técnico repensar suas ações no comando dos Gunners, para evitar que as boas memórias que proporcionou ao clube e seus torcedores não se percam em meio às suas vaidades.
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