A liga funciona atualmente com dez times em cada conferência, totalizando 20 times no total. São três títulos disputados ao longo do ano, com a MLS Cup como principal. Dos dez times de cada conferência, seis irão disputar os playoffs, com o campeão levando a MLS Cup. Mas os organizadores também pensaram naqueles times que foram mais regulares durante a temporada, e para isso fizeram também o título da MLS Supporters' Shield, onde as duas conferências são "unidas" para saber quem foi o melhor de todos, somando os pontos. Por último a U.S Open Cup é uma espécie de Copa do Brasil nos Estados Unidos, onde participam várias equipes dos EUA, não somente as da MLS, que entram na terceira rodada. 

No que diz respeito aos times o 'maior' de todos é o Los Angeles Galaxy, com cinco títulos da MLS Cup e quatro da Supporters' Shield, seguido de perto pelo D.C. United com quatro em cada. Mas também devemos levar em conta que vários times surgiram recentemente, ao contrário dos dois exemplos citados acima que disputam o torneio desde o começo. Veja cinco motivos para você começar a acompanhar a competição:

1. Resultados imprevisíveis 

2. Casa sempre cheia 

3. Fãs alucinados

4. Nomes de peso 

5. Equilibro entre finanças, patrocínios e contratações 

1. Resultados imprevisíveis

Vejo os resultados abaixo:

(Penúltimo colocado) Seattle 5x0 FC Dallas (Primeiro colocado)

(Primeiro colocado) New York City FC 0x7 New York Red Bull (Terceiro colocado)

(Último colocado) Houston 5x0 FC Dallas (Primeiro colocado)

*As posições são baseadas na mesma conferência

A competição tem um novo 7x1 a cada rodada. O maior exemplo dessa temporada 2016 veio na goleada de 7x0 do New York Red Bull sobre o New York City. O NYC possui um elenco de peso com nomes como Pirlo, Lampard e Villa, mas foi esmagado em casa no Derby contra o Red Bull, diante de mais de 35 mil pessoas no Yankee Stadium (sim, o estádio de beisebol, mas que foi adaptado para receber os jogos do City). O fato de você não ter muita certeza nos resultados, faz com que a liga se torne muito interessante de acompanhar.

Os melhores momentos do massacre do Red Bull sobre o City. Mesmo que o City seja o freguês do Red Bull, 7 a 0 já é exagero né? Detalhe, no primeiro encontro que os dois tiveram depois desse jogo o Red Bull goleou novamente, mas dessa vez por 4 a 1.

2. Casa sempre cheia 

O que você diria se o Botafogo-RJ (17° colocado atualmente), mandasse seus jogos no Maracanã com média de público de mais ou menos 41 mil pessoas? Bem improvável de acontecer, não é mesmo? Não na nesta competição. O Seattle (penúltimo colocado na conferência oeste) possui uma média de público de 41,440 pessoas nessa temporada, maior que qualquer time. Já o líder da mesma conferência possui uma média de 13,927 pessoas, a menor de todos os clubes que disputam o torneio, mas manda os seus jogos em um estádio com capacidade para até 20,500 pessoas.

Crédito foto: Divulgação site oficial do torneio

A foto acima mostra o Estádio CenturyLink Field em dia de jogo do Seattle, nada mal para o penúltimo colocado. Isso é um bom exemplo para os torcedores brasileiros seguirem, não é mesmo?

3. Fãs alucinados

A liga ainda não tem fama de excelente nível técnico, mas pode ter certeza que os fãs são do mais alto nível. Bom público, resultados imprevisíveis, e fãs que fazem a maior festa nos estádios. Sinalizadores são permitidos em alguns estádios, mosaicos mais detalhados, bandeiras e baterias, tudo para fazer a festa ainda mais bonita.

Crédito foto: Getty Images

Para quem achava que os fãs americanos se pareciam com os europeus, uma coisa: erraram feio!

4. Nomes de peso

A Liga hoje conta com nomes como Kaká, Pirlo, Lampard, Villa, Julio Baptista, Gerrard, Giovani dos Santos e Drogba. Isso faz a qualidade técnica aumentar, mas as novas revelações estão tomando o lugar dos veteranos. Cyle Larin, Carlos Rivas e Kellyn Acosta são três das várias revelações da competição. Essa mistura de grandes nomes com novos e bons jogadores faz o futuro do torneio ser ainda mais promissor. 

Crédito foto: Divulgação oficial do torneio

Os melhores jogadores de cada posição se unem em um só time chamado de MLS All-Stars, que disputa partidas amistosas. Seria uma boa um Brasileirão All-Stars? Eis a questão!

5. Equilíbrio entre finanças, patrocínios e contratações 

Quando o Orlando City anunciou a contratação de Kaká em 2015, muitas pessoas pensaram que a liga poderia se transformar em outra ''China'' para o futebol. Mas os organizadores da liga estão preocupados com as finanças de todos os times, pois os times funcionam como franquias, e se um vai mal financeiramente, os outros também irão. 

Os times têm direito a 20 jogadores, sendo alguns "especiais", que podem receber salários acima da média do clube, que nesse caso se encaixam jogadores como Kaká, Pirlo, Gerrard, Villa, dentre outros. É interessante notar que toda essa preocupação com as finanças do clube tem foco no futuro da liga, pois estão interessados em criar algo de longo prazo, não somente contratar jogadores caríssimos e esbanjar dinheiro que não possuem. 

Todos os clubes da liga são patrocinados pela Adidas, mais uma vez reforçando a ideia de que os clubes são franquias controlados por uma "organização central". 

Crédito foto: Reprodução Facebook

Todos os atuais 20 clubes na MLS, com planejamento de chegar a 24 até 2022, com Los Angeles, Atlanta, Minnesota e Miami como fortes candidatos a preencherem as vagas.

Se você ainda não começou a acompanhar a MLS, não se preocupe. Você ainda pode acompanhar as rodadas finais da fase de tabela até o início dos playoffs, em outubro. A liga é transmita pelo SporTV no Brasil, mas jogos como os da US Open Cup são gratuitos no YouTube, transmitidos pela própria entidade. 

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