Crédito foto: Getty Images
Escanteio pelo lado esquerdo, Michel Bastos se prepara para a cobrança. O time visivelmente tenso do Palmeiras empata em 2 a 2 com o Pañarol do Uruguai, no Allianz Parque, precisando do resultado. Dudu é expulso, 54 minutos do segundo tempo. Michel bate de canhota na bola, último lance da partida, Fabiano sobe ao Olimpo e como o narrador da rádio diz: "Fabiano de cabeça, a bola bate na trave, OLHAAAAA O GOOOOOOOOL! DO PAAAAAAAALMEIRAS!". Fim de jogo!
E mais uma vez, no coração, o Alviverde supera uma situação, ou um rival, ou uma situação e um rival, nessa fase de grupos da Copa Libertadores da América. Após arrancar um empate com o Atlético Tucúman, na Argentina, e ganhar no último lance, também, contra o Jorge Wilstermann-BOL em casa, o time verde e branco decidiu novamente pelo mesmo método contra o Peñarol: sangue, raça e coração!
A equipe tem agradado bastante. Futebol bem jogado, decisivo, atraente e eficaz, e como o torneio pede, o tempero especial: raça. Já são sete pontos no grupo, duas vitórias e um empate e é o líder do primeiro turno. Diferente do ano passado - que foi eliminado - até então, levando em consideração o futebol jogado, o elenco e os investimentos, dessa vez a classificação para a fase mata-mata já parece uma realidade próxima. E por que? O Esportudo listou cinco pontos que colocam o Verdão como páreo duro nesta Libertadores. Confira!
1. Guerra e Borja: A dupla dinâmica
Crédito foto: Facebook oficial do clube / Cesar Greco
A dupla entrosada desde a passagem pelo Atlético Nacional-COL tem jogado bem com as mesmas cores verdes, só que agora do clube brasileiro. Guerra, contra o Peñarol, deu assistência para Dudu e tem sido um armador até aqui em todos os jogos. Em contrapartida, Borja, que carregava imensa expectativa, tem jogado bem, mas perdido muitos gols e até um penal. Como toda torcida pede, o centroavante tem que resolver.
2. Willian: A patente é alta, o bigode é grosso e todo jogo tem gol
Crédito foto: Facebook oficial do clube / Cesar Greco
O atacante, que chegou por empréstimo do Cruzeiro em negociata de troca com o meia Robinho, já é o artilheiro do clube na temporada com seis gols marcados. O jogador tem sido um elemento representativo deste time, pois sempre demonstra vontade, ajuda defensivamente, se mostra com recursos e tem feito gols importantes. Disputava vaga para centroavante, mas com Borja como concorrente e uma das beiradas ainda sem titularidade, o jogador pegou o espaço de Guedes e Keno.
3. Dudu: O novo "animal"?
Crédito foto: Facebook oficial do clube / Cesar Greco
O camisa 7 do Verdão vem evoluindo jogo a jogo. A torcida, a imprensa e até o próprio ídolo da era Parmalat já o comparam a Edmundo. O meia-ponta vem jogando um futebol vistoso, agressivo e guerreiro, sendo um dos ícones desse time estrelado de 2017 para essa Taça Libertadores - como fez bem a ele a braçadeira de capitão. O jogador, autor do gol da virada, foi expulso injustamente contra o Peñarol e será uma grande perda para a próxima partida lá no Uruguai.
4. Felipe Melo: Alvo de racismo, continua chamando os holofotes para si
Crédito foto: Facebook oficial do clube / Cesar Greco
O volante, que foi alvo de racismo, continua sendo um personagem que qualquer cronista gostaria de ter inventado. Em toda entrevista, fala algo polêmico e trouxe à tona o assunto de racismo neste mundo esportivo. Em campo, continua sendo importante no sistema defensivo, penetrando dentre os zagueiros e impondo respeito nos adversários.
5. Obsessão: Adidas lança camisa especial para a torcida
Crédito foto: Divulgação / Adidas
Segundo Luiz Gaspar, gerente de futebol da Adidas no Brasil: "Essa camisa é uma homenagem à torcida do Palmeiras, que lota o Allianz Parque empurrando o seu time para mais uma conquista. Fizemos um modelo com as cores tradicionais, um verde escuro clássico. Um modelo que todo colecionador palmeirense vai querer ter". A camisa tem o valor de R$ 300,00 e já é vendida em todas as lojas Adidas ou do Palmeiras. Preserva um verde escuro, com o símbolo de tamanho aumentado como uma nostalgia às camisas antigas e carrega a frase "obsessão", em homenagem à música da torcida "A Taça Libertadores, obsessão...".
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