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Opinião: Afinal, alguém manda no meu Palmeiras? Eis a questão

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Crédito foto: César Greco / Divulgação oficial do clube

Vou falar do meu time do coração, mas com certeza a situação pode ser aplicada a quase todos os clubes brasileiros. O meu Palmeiras tem presidente, conselho, patrocinadores acionistas, diretor de futebol, um caríssimo departamento de marketing, um punhado de assessores de imprensa. Parece a empresa que você trabalha (ou gostaria de trabalhar).

Só parece. Ao contrário da empresa em que você trabalha, no clube que eu torço qualquer funcionário pode falar o que quiser, mesmo contra os interesses do clube e de seus patrocinadores. Veja o caso do jogador, empregado contratado, Felipe Melo, que numa coletiva, teoricamente preparada e assessorada pelos departamentos de marketing e por assessores de imprensa simplesmente saiu vomitando que daria tapa em uruguaio. Declaração idiota, que gerou tudo o que se viu depois, que no final das contas acabou por prejudicar a si mesmo e ao clube. Ninguém manda nessa empresa? E se um dos patrocinadores tiver algum interesse no mercado uruguaio? Ninguém imaginou que algum dia o Palmeiras ia jogar lá? Ninguém falou com o cara? Ninguém diz para ele o que ele pode ou não dizer em nome da empresa? Conheço gente que foi sumariamente demitida de bons empregos após publicar besteiras em suas redes sociais.

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Crédito foto: Reprodução Twitter

O técnico (demitido) Eduardo Baptista, semana passada deu outra declaração, aos berros, defendendo que era independente e que a diretoria não daria nenhuma orientação quanto à escalação do time, considerando a insinuação de intervenção dos patrões como ofensiva. Como assim? Você pode fazer o que quiser na empresa que você trabalha sem interferência da diretoria? Sem consultar ninguém? Técnico pode fazer o que quiser? E os interesses da empresa? Ninguém cuida? Os jogadores são investimentos de milhões. Patrimônio da empresa. Seria natural e previsível (e desejável) a intervenção de algum tipo de diretoria na defesa do patrimônio e da marca quando necessário. Ganham para isso. Assumido o trabalho em equipe, com chefe e patrão como em qualquer empresa profissional, talvez os técnicos tivessem algum tipo de apoio institucional e não fossem demitidos à míngua após qualquer resultado desfavorável. Mas o cara se diz “independente”. Perdeu? Problema só dele. Tchau. 

Essa soma de amadorismo com hipocrisia irrita, incomoda. Explica um pouco por que o nosso futebol está nessa draga. Ora, amigo, se você quer fazer ou falar o que você tiver vontade abra sua própria empresa. Na minha quem manda sou eu, que te pago (bem, por sinal). 

Afinal, alguém manda no meu Palmeiras?

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Categorias: Palmeiras, Futebol brasileiro, Brasileirão, Copa Libertadores, campeonato brasileiro, Eduardo Baptista, opinião

Carlos Cinquegrana Jr

Escrito por Carlos Cinquegrana Jr

Sou formado em Publicidade e Propaganda e Rádio e Televisão e tenho mais de 25 anos de experiência nas áreas de planejamento comercial, marketing esportivo, marketing artístico, mídia e promoções. Atuei no desenvolvimento de projetos em grandes empresas como Rádio Bandeirantes, Band FM, Canal 21, Nativa FM, Sunshine Entertainment, Conteúdo Radiofônico e Rádio 2. Atualmente atuo como assessor autônomo em projetos especiais de marketing e de mídia.

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