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Mais uma final, a terceira em três anos. Após “copar” a América duas vezes consecutivas (2015 e 2016) a Seleção Chilena definitivamente vive o melhor momento de sua história, brindada com mais uma final de Copa, a das Confederações. Se antes, a seleção de Marcelo Salas, Iván Zamorano e cia pecava pelo conjunto sem muita qualidade, hoje compensa com nomes renomados mundialmente e adquiriu algo muito comum nos vizinhos argentinos e uruguaios, a raça e preparo físico. Os chilenos dessa geração “vestem a camisa” como outrora não se via, assim consolidam-se como a maior geração já vista no país.
O Esportudo listou, então, alguns fatores que contribuem com o sucesso iminente do Chile, a sensação da América do Sul que se tornou potência mundial. Veja!
Mudança de postura
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Os sul-americanos sempre foram conhecidos pela força física e uso excessivo deste fator a seu favor. O Chile consegue mesclar a receita de sucesso do futebol atual: força e velocidade. Claro que a qualidade individual de casa jogador atualmente se sobressai a plantéis passados. Podemos pôr na conta a ausência de duas Copas do Mundo (2002 e 2006), foi após o fracasso nas eliminatórias que a filosofia mudou.
“El Loco” Bielsa
Após passagem conturbada pela Seleção Argentina, Marcelo Bielsa assumia o Chile com a promessa de tempo de trabalho e aplicação de sua filosofia tática. Com um plantel cheio de jovens talentos que começavam a emergir na Europa - como Bravo, Vidal, Valdívia e Sánchez - Bielsa implantou o toque rápido proveniente da posse de bola constante. Apesar de promissora, a passagem de “El Loco” foi marcada por polêmicas com jogadores, Federação Chilena e clubes. Por fim, após pouco mais de quatro anos no cargo e campanhas pouco satisfatórias nas copas locais e mundiais, ele entrega o cargo.
Jorge Sampaoli e a cereja do bolo
Antes de assumir a Seleção Chilena, o argentino Cláudio Borghi foi o treinador destinado a substituir Bielsa. Sem sucesso! Foi demitido após um ano no comando. Com medo de que os tempos nebulosos voltassem a assombrar a promissora equipe, a imprensa chilena e a torcida tratavam Jorge Sampaoli como unanimidade para assumir o desafio. Campeão da Copa Sul-Americana e do Campeonato Chileno pela La U, chegou com status de “salvador” e único apto a fazer deslanchar a geração talentosa, mas perdida dentro de campo. Implementando um sistema defensivo bastante seguro e abusando da velocidade nas beiradas de campo, Sampaoli transformou o Chile.
Por mais que o time não seja recheado de estrelas como Brasil e Argentina, a seleção cresceu, muito graças à obediência tática de jogadores. Ainda vale lembrar que algumas peças-chave do time costumam se destacar muito mais na equipe nacional do que em seus times - Vargas, Mena e Medel são exemplos claros da mudança de postura imposta por Sampaoli. Após boa campanha na Copa de 2014, caindo para o Brasil apenas nos pênaltis, veio a Copa América, em casa. A pressão era enorme em cima da já considerada “geração de ouro” e o resultado veio. O pênalti convertido por Alexis Sánchez brindou toda uma geração. Era o primeiro título da história e finalmente a seleção se tornara umas das mais temidas do planeta. O feito de Sampaoli foi tão grande que foi coroado ainda com o prêmio de melhor técnico do mundo, na mesma temporada.
Pizzi e a manutenção do trabalho
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Após as comemorações veio a valorização de jogadores e comissão técnica. Sampaoli entrou em conflito com a ANFP (Associação Nacional de Futebol Profissional) do Chile. Acusado de irregularidades no contrato firmado com a equipe, resolveu entregar o cargo. A federação agiu rápido e firmou contrato com Juan “Lagarto” Pizzi, treinador que possui Campeonato Chileno e Argentino no currículo. Com a missão de manter em pé as expectativas em volta da seleção, Pizzi fez o simples: manteve a base de Sampaoli e mexeu apenas em algumas peças, sem desmantelar o que vinha dando certo. Resultado: mais um caneco, dessa vez, a Copa América Centenário. Colocando definitivamente o Chile no cenário mundial.
Exibindo um futebol moderno e sem muita classe, os chilenos se mostram aptos a alçar voos maiores. Apesar da derrota na final da Copa das Confederações, a Seleção Chilena mostra que pode sim ser uma pedra no sapato de qualquer seleção do mundo. A expectativa da torcida chilena é de que jogadores que vivem fase conturbada em seus clubes (leia-se Bravo) continuem se sobressaindo com a camisa da “La Roja” para que a Rússia presencie um Chile forte como jamais vimos.
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