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Viva o esporte e os motivos que o faz ser apaixonante!

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O CHORO DA ALEGRIA: Russell Wilson e Jermaine Kearse após vitória épica dos Seahawks sobre os Packers que valeu o título da conferência e a classificação ao SuperBowl

Gostaria de iniciar minha jornada aqui no Esportudo de uma forma diferente do que professores de português costumam recomendar para uma redação: falando em primeira pessoa, e fazendo questão de conversar diretamente com você, caro leitor.

Vou jogar uma pergunta no ar pra ti, leitor, e gostaria que a pegasse e a guardasse até o final do texto que está lendo neste instante. A pergunta é: o que te faz amar esporte? Você, leitor, deve estar pensando agora "o que este autor está querendo dizer com isto". Calma. Vou explicar detalhamente.

Quem me conhece pessoalmente sabe do meu amor pelo futebol. Mais precisamente, sou um torcedor fanático pelo Vasco da Gama, clube que vive um momento... Bem, nem preciso dizer. Porém, nos últimos anos, um esporte tem me chamado bastante a atenção: o futebol americano. Acompanho a NFL (a liga americana) há 3 anos. Não entendo a regra em sua totalidade, nem possuo um gigante conhecimento estatístico e tático do esporte. Porém, vivi a emoção.

Assim que comecei a acompanhar a NFL adotei o Seattle Seahawks como time para torcer. Coincidência ou não, a franquia vive atualmente o melhor momento de sua história. Partidas empolgantes, atuações magistrais, conquistas, título inédito... Nada comparado ao que aconteceu no CenturyLink Field, no último dia 18.

Partida contra o Green Bay Packers - uma das mais fortes e tradicionais equipes da liga - valendo o título da Conferência Nacional (NFC) e uma vaga no SuperBowl, a final da NFL. Eis que a equipe entra irreconhecível. Com apenas 3 minutos atacante e 4 perdas de posse de bola (turnovers), a equipe vira o intervalo perdendo por apenas 16 a 0. Sim, apenas, pois foi lucro diante de tantos erros ofensivos.

Vira o segundo tempo, e nela uma jogada reacende qualquer torcedor: um falso field goal, uma jogada rara, inesperada e muito ousada. Funcionou. Porém ainda era pouco. Faltava 5 minutos, placar marcava 19 a 7 para Green Bay. Eis que Russell Wilson é interceptado pela quarta vez na partida, na quarta tentativa de passe para Jermaine Kearse. Ali, acabou. Sem chances. O sonho do bi sepultado. Seria o fim, se isso não fosse esporte.

Vamos lá: Seattle volta a ter posse 2 minutos depois. Marca um touchdown com Russell Wilson. 19 a 14 faltando 2 minutos pra acabar. Restou a Seattle arriscar. E emocionar. No chute de devolução curto, a bola bate em um defensor de Green Bay e é recuperada pelos Seahawks. E neste ataque, Marshawn Lynch, o craque da equipe, marca 20 a 19. Jogada da virada, que terminou com uma improvável conversão de 2 pontos de Luke Willson. 22 a 19. Tudo isso em pouco menos de 2 minutos. Acabou... Acabou? Não... Os Packers empataram com um field goal e levaram a partida para a prorrogação.

Porém, ali tudo conspirava a favor dos Seahawks. A torcida, o ambiente, a moral... Mas principalmente: a moeda do árbitro, que decide o time que começa com a posse de bola na prorrogação, pendeu ao time da casa. E nesta posse, Russell Wilson buscou Jermaine Kearse pela quinta vez no jogo. Nas outras quatro, aconteceu interceptação. Desta vez, foi certeiro. Touchdown. O da vitória. O da conquista. O da redenção. De uma partida que entrou para a história do futebol americano. Da partida com jogadores, como Richard Sherman e Aaron Rodgers, jogando no sacrifício. Da partida em que torcedores descrentes com sua equipe foram embora antes do fim e perderam uma reação apoteótica. Da partida que me fez chorar pelos dois motivos mais distintos possíveis, mesmo estando fisicamente a 11 mil quilômetros de distância do acontecido. Da partida que, simplesmente, personificou o esporte.

São momentos como este que me fazem ser apaixonado por esporte. Que causa esse turbilhão de sentimentos, que coloca a prova todo o tipo de situação e de adversidade existente, que faz acreditar no impossível, que une pessoas por mais diferente que sejam. A mistura mais deliciosa da razão e da emoção.

Pois bem: depois dessa epopeia relatada, eu volto lá atrás pra ressuscitar a pergunta. Pois bem: o que te faz amar esporte? Ou será que é o esporte que nos faz amá-lo?

Viva o esporte!

Categorias: NFL, Futebol Americano, Esporte

Felipe Balbino

Escrito por Felipe Balbino

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