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Após diversos debates sobre o presente e futuro da seleção chego à algumas conclusões. A primeira e mais importante delas: a culpa não foi só do Dunga. É claro que não podemos eximir o treinador de sua grande parcela de responsabilidade, mas aqui vão alguns outros pontos a se analisar:
Confederação Brasileira de Futebol
Não é novidade para ninguém a bagunça que é a nossa CBF, envolvida em escândalos milionários, com um presidente que não acompanha os seus jogadores ao exterior por medo de ser preso e sem nenhuma intenção de modernizar o futebol brasileiro. Seja ela na seleção, com sua comissão técnica atrasada ou nos campeonatos nacionais que precisam ser revistos com urgência – como já pede o Bom Senso há algum tempo – infelizmente parece não existir respeito entre a CBF e os clubes.
Neymar-dependência
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Outro fator a se considerar (herança que já veio desde a época de Felipão). Com a ausência de Neymar para a disputa da Copa América. Ficou nítido como a seleção precisa do seu camisa 10. Durante os três jogos, e inclusive durante a goleada sobre o Haiti, vimos um time bastante burocrático, com bons jogadores, mas sem brilho. Sem jogadas ousadas, os jogadores se limitavam a tocar a bola sem muitos lances de arrancar o fôlego do torcedor.
Em uma das entrevistas coletivas das eliminatórias para a Copa no ano passado, ao ser perguntado sobre estratégia de jogo, Filipe Luís respondeu que eles deveriam criar jogadas para que Neymar finalizasse. O problema é: e quando não tem Neymar? E aí eu chego ao meu problema final: os jogadores.
Opinião da autora
Não posso concordar que nossa seleção não tenha bons jogadores, atletas talentosos e que não se destacam em seus times: Philippe Coutinho, William, Lucas Lima são jogadores que fazem a diferença em seus clubes, mas que não foram vistos em campo, embora estivessem na escalação. Senti um time apático, sem muita garra e com pouca vontade.
Não se pode dizer que os 22 jogadores foram unânimes em seu "desânimo". Gabriel se destacou no grupo, pois lutou por todas as bolas possíveis e foi um dos poucos que chutou a gol, assim como Renato Augusto e Casemiro que tentaram algumas jogadas diferenciadas, mas como time, a Seleção Brasileira foi o reflexo de seu treinador. Simplesmente burocrática.
Crédito foto: Reprodução / Rafael Ribeiro da Confederação Brasileira de Futebol
Um técnico que ao ser perguntado por que não modificou o time, mesmo perdendo e precisando de um empate que responde que para ele a equipe estava rendendo, definitivamente não é um técnico de seleção.
Tite terá muito trabalho para reformular esse grupo em tão pouco tempo. Jogadores para isso ele tem. Conhecimento e experiência também. Agora é mãos à obra para fazer com que esses atletas rendam tudo aquilo o que podem render.
Boa sorte Tite. Seja bem-vindo ao emprego dos sonhos!
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