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A notícia de que Lionel Messi e seu pai Jorge Horacio foram condenados a 21 meses de prisão, por fraude fiscal, pela Justiça Espanhola, foi divulgada pelo jornal local El Periódico, mas em pouco tempo tomou conta dos principais veículos do mundo. As investigações envolvendo o camisa 10 do Barcelona tiveram mais um desfecho desfavorável para o argentino que foi escutado em audiência na capital da Catalunha.

Após perder a final da Copa América pelo segundo ano seguido para o Chile e ter anunciado sua aposentadoria da Seleção da Argentina, Messi voltou para a Espanha onde era esperado pela Receita Federal. As investigações que iniciaram em 2013 após denúncia do jornal El País, tiveram em outubro passado a conclusão do julgamento do Ministério Público que solicitou a prisão de seu pai por 18 meses, mas que absolveu o jogador após tê-lo considerado inocente. Messi era acusado de sonegar impostos entre os anos de 2007 e 2009 no valor de 4 milhões de euros (R$ 14,6 milhões).

Ainda em 2013, Jorge Horacio pagou cerca de 5 milhões de euros à Receita Federal, mas não conseguiu fazer com que as acusações contra seu filho fossem negadas mesmo depois de assumir a culpa pela fraude. O craque do Barcelona foi acusado de desviar o dinheiro para outros países como Uruguai, Grã-Bretanha, Belize e Suíça, onde havia criado empresas de faixada que faziam o dinheiro voltar livres de impostos para a Espanha. 

Além de ser multado por 2 milhões de euros (R$ 7,3 milhões) pelo fisco espanhol, após audiência na manhã desta quarta-feira, Messi foi condenado a 21 meses de prisão. Como não possuem antecedentes criminais e suas sentenças são inferiores a dois anos, o jogador e seu pai não precisarão cumprir a pena que pode ser substituída por pagamento de multa, segundo lei espanhola. A sentença ainda pode ser recorrida ao Supremo Tribunal Federal da Catalunha.

O Barcelona divulgou uma nota de apoio ao seu maior jogador e disse que Messi “não tem nenhum tipo de responsabilidade penal em relação com os fatos deste procedimento” e se colocou à disposição da família durante o resto do processo. Outros jogadores da equipe como Neymar, Daniel Alves e Javier Mascherano, também enfrentaram problemas com o fisco espanhol. O zagueiro e compatriota do argentino, inclusive, foi condenado a um ano de prisão em janeiro deste.