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Sem prestígio mundial, 7 técnicos brasileiros “invadem” mercados periféricos

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Não é só como celeiro de craques que a América do Sul tem se destacado nos últimos anos. Recentemente, muitos treinadores do continente têm realizado grandes trabalhos, tanto em seleções nacionais como em grandes times da Europa ou mesmo nas equipes locais.

 


Os argentinos encabeçam a lista de maiores feitos com exemplos como o ótimo trabalho de Diego Simeone no Atlético de Madrid, Jorge Sampaoli na Seleção Chilena e, mais recentemente, Mauricio Pochettino no londrino Tottenham Hotspur. Manuel Pellegrini, chileno que comanda o Manchester City e Diego Aguirre, uruguaio que levou o Internacional à semifinal da Libertadores e hoje comanda o Galo, são outros destaques.

Já os técnicos brasileiros não têm despertado o interesse de grandes centros do futebol mundial. Muitos campeões em âmbito nacional andam peregrinando pelo mundo em times sem tanta expressão. A lista a seguir contem até treinadores com passagens pela Seleção Brasileira, mas que hoje não são objeto de desejo dos maiores clubes do planeta.

Veja os técnicos brasileiros que estão se destacando internacionalmente


7. Caio Júnior - 51 anos - Al-Shabab (EAU)

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No início da década de 2000, Caio Júnior despontou como um provável grande nome na chamada renovação dos técnicos brasileiros. Ainda muito jovem, o treinador se destacou no modesto Cianorte, equipe do interior paranaense, para depois levar o Paraná Clube a uma inédita disputa de Libertadores em 2007.

Com essas façanhas em clubes de menor expressão, o treinador chegou ao comando do Palmeiras, onde não convenceu e acabou demitido antes de completar um ano de clube. Ainda assim, teve outras oportunidades em times de primeiro escalação como Flamengo, Grêmio, Bahia, Botafogo e Vitória e não convenceu.

Em meio a suas tentativas de fazer seu trabalho vingar no Brasil, passou por equipes no Japão e no Catar. Atualmente no Al-Shabab, o treinador vive sua segunda experiência nos Emirados Árabes Unidos, tendo passado pelo Al-Jazira em 2012.

 

6. Abel Braga - 63 anos- Sem Clube

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O carioca Abel Braga tem um currículo invejável quando se trata do cenário brasileiro. Já passou por inúmeros times grandes como Botafogo, Vasco, Flamengo, Fluminense, Internacional, Atlético-MG, Coritiba, entre outros.

Em 2006, o treinador levou o Internacional ao inédito título da Libertadores e, posteriormente, do Mundial de Clubes batendo o poderoso Barcelona de Ronaldinho Gaúcho. Seis anos mais tarde, foi o treinador que deu o quarto título brasileiro ao Fluminense.

Mesmo com esse currículo de peso, Abel não voltou a trabalhar na Europa (tem passagens por equipes de Portugal e pelo francês Olympique de Marsella). Os Emirados Árabes Unidos foram o destino do treinador após deixar o Flu campeão nacional e fracassar em uma nova passagem pelo Colorado. Assinou com o AL-Jazira em 2015, mas não chegou ao final do ano, sendo demitido em dezembro após uma goleada pelo torneio local.

 

5. Nelsinho Baptista - 65 anos - Vissel Kobe (Japão)

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Comandante do primeiro título brasileiro da história do Corinthians em 1990, Nelsinho Baptista já esteve no banco dos maiores clubes do país. Além do Timão, São Paulo, Palmeiras, Santos, Flamengo, Cruzeiro e Sport (clube no qual conquistou uma inédita Copa do Brasil em 2008) são bons exemplos do currículo do treinador.

Depois de seu sucesso no início da década de 90, o treinador foi se aventurar na Arábia Saudita e no Japão, país ao qual voltaria por mais vezes após fracassar em novas passagens por clubes brasileiros. Depois de deixar o Kashiwa Reysol em 2014, Baptista agora comanda o modesto Vissel Kobe, que nunca foi campeão nacional.

 

4. Sebastião Lazaroni - 65 anos - Qatar SC (Qatar)

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Passagens vitoriosas por Flamengo e Vasco no final da década de 1980 credenciaram Sebastião Lazaroni ao posto de técnico da Seleção Brasileira. Em 1989, conquistou o título da Copa América com o time verde e amarelo e garantiu sua permanência para a Copa do Mundo do ano seguinte.

No Mundial disputado na Itália, veio a queda para a Argentina de Maradona nas oitavas e a sua saída da Seleção Brasileira. Depois chegou a treinar a tradicional Fiorentina na Itália, mas acabou rodando o mundo por centros menos prestigiados como Arábia Saudita, Jamaica e China.

Longe do Brasil desde uma passagem pelo Juventude em 2005, Lazaroni hoje comanda o Qatar SC e não é sequer cotado para assumir algum grande clube de sua terra natal, mesmo com a alta rotatividade dos treinadores por aqui.

 

3. Mano Menezes - 53 anos - Shandong Luneng (China)

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Depois de brilhar no modesto 15 de Novembro, clube do interior gaúcho, Mano Menezes despontou como um dos grandes nomes da nova safra de treinadores do país. Chegou ao Grêmio, equipe com a qual foi finalista da Libertadores 2007, sendo derrotado pelo Boca Juniors de Riquelme.

Ainda assim, ganhou chance no Corinthians recém-rebaixado e fez um ótimo trabalho, conquistando, um ano depois, o título invicto do Campeonato Paulista e a Copa do Brasil. Em 2010, quando liderava o Campeonato Brasileiro, Mano Menezes foi o escolhido pra ser o técnico da Seleção Brasileira, substituindo Dunga, após fracasso no Mundial da África do Sul.

Depois de altos e baixos na Seleção Brasileira, foi demitido no final de 2012. Ainda amargou uma passagem ruim pelo Flamengo e uma sem muito brilho no Corinthians. Em 2015, teve um bom momento ao recuperar o Cruzeiro no Campeonato Brasileiro, mas acabou deixando o clube mineiro para comandar o Shandong Luneng, sendo mais um dos considerados grandes treinadores nacionais que acabaram em mercados de menor expressão.

 

2. Vanderlei Luxemburgo - 63 anos - Tianjin Songjiang (China)

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Pentacampeão brasileiro, Luxemburgo dispensa maiores apresentações. Treinador desde 1980, o ex-lateral esquerdo tem em seu currículo uma quantidade invejável de passagens por grandes clubes e de taças levantadas.

No auge de sua carreira, “Luxa” chegou à Seleção Brasileira em 1998 e conquistou a Copa América no ano seguinte. Alguns maus resultados e seu temperamento difícil ajudaram para sua saída antes da Copa de 2002. Depois de conquistar mais um título brasileiro, desta vez com o Santos em 2004, chegou ao galático Real Madrid, onde fracassou.

De volta ao Brasil, nunca mais voltou a ter o mesmo brilho e teve péssimas passagens por grandes equipes como Fluminense e Cruzeiro, por exemplo. Acabou confirmando seu declínio ao aceitar o convite para treinar o Tianjin Songjiang, que disputa a segunda divisão do futebol chinês.

 

1. Luiz Felipe Scolari - 67 anos- Guangzhou Evergrande (China)

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Assim como Luxemburgo, Felipão foi um dos grandes treinadores da história recente do país. Campeão do Campeonato Brasileiro, da Copa do Brasil e da Libertadores, o gaúcho também ostenta a taça de campeão do mundo pela Seleção Brasileira em 2002.

Depois do pentacampeonato com o time verde e amarelo, o técnico foi muito bem no comando da Seleção Portuguesa, onde chegou ao vice-campeonato da Eurocopa em 2004. O sucesso com os lusos o levou ao poderoso Chelsea, onde teve uma passagem cheia de percalços e nenhum título.

A partir de sua saída do futebol inglês, Felipão já dava sinais de derrocada na carreira ao aceitar o convite para treinar o Bunyodkor, do Uzbequistão. De lá, saiu para treinar o Palmeiras, clube que deixou meses antes de o rebaixamento no Campeonato Brasileiro de 2012.

Mesmo com o fracasso no alviverde, Felipão ganhou a chance de treinar a Seleção Brasileira na Copa de 2014. No torneio, sofreu o maior vexame de sua carreira ao ser derrotado por incríveis 7 a 1 para a Alemanha na semifinal. Depois do Mundial, ainda decepcionou em nova passagem no Grêmio antes de acertar com o chinês Guangzhou Evergrande.

 

Categorias: Futebol, Futebol Internacional, Seleção Brasileira

Lucas Tomazelli

Escrito por Lucas Tomazelli

Recém formado em jornalismo pela ECA-USP e com passagem pela equipe de esportes da Rádio Jovem Pan, é apaixonado por futebol e por tudo o que ele proporciona. Futebol americano, tênis e basquete também fazem seu coração bater mais forte. Tenta passar essa emoção, entre outras coisas, em seus textos.

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