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Reedição de 77: A nova esperança para a Ponte Preta

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Crédito foto: Divulgação / Site oficial Ponte Pret

Em 2017, 40 anos após uma das maiores conquistas corintianas e decepções pontepretanas, a final do Campeonato Paulista será decidida em uma reedição pelos alvinegros e traz à torcida da equipe do interior, uma nova esperança de pôr fim ao longo jejum sem títulos em sua história - a primeira chance será neste domingo, 30. Em 77, o gol de Basílio para o Corinthians, em um jogo muito conturbado, acabou com o longo período sem títulos do maior campeão estadual e com a esperança do inédito título da Ponte Preta. Dessa vez, a Macaca tem muito do que esperar, com uma campanha bastante sólida, um time compacto e de muita inteligência tática a equipe se mostrou preparada nas fases finais, passou por Santos e Palmeiras com integridade e tem tudo para manter o nível de atuação e ser campeã.

Após a final de 77 contra o Corinthians, a Macaca chegou a três finais do Paulistão: 79, também contra o Timão, 81, contra o São Paulo e mais recentemente em 2008, contra o Palmeiras. Em todas saiu como vice-campeã. Em 2013, a equipe chegou à sua primeira final de um torneio internacional, na Copa Sul-Americana, mas foi batida pelos argentinos do Lanús. Assim, a decepção com os vices, junto à ausência de títulos em sua história, fazem da Ponte uma equipe realmente não muito vitoriosa, mas ainda assim de extrema importância, relevância e história no futebol nacional. Além de ser o segundo time mais antigo do Brasil, é o primeiro do estado de São Paulo e foi pioneiro a contar com jogadores negros em suas equipes, saindo do campo do esporte e usando de sua notável importância para atuar socialmente.

Presença constante na elite do Campeonato Brasileiro, a Macaca se vê, talvez, em seu melhor momento. Desenvolveu um padrão de jogo, achou uma regularidade e vem dando muito trabalho, principalmente em sua casa e, não por acaso, chegou mais uma vez a final do estadual mais disputado do Brasil.

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No Paulistão de 2017, foram 22 pontos somados em 12 jogos, na segunda colocação do Grupo C. O time, muito bem treinado por Gilson Kleina, apresentou durante todo o campeonato ser competitivo, principalmente na fase final. O primeiro jogo da semi contra o Palmeiras deixou clara a disputa e o objetivo traçado pela comissão técnica e jogadores. A vontade pontepretana, além da determinação e obediência tática, sobrepôs à qualidade palmeirense. Envolveu e dominou a equipe da capital mostrando o quão forte é o coletivo. Em ambos jogos de volta, contra Santos e Palmeiras, o time se mostrou ainda muito maduro, capaz de jogar com o regulamento debaixo do braço e com muita inteligência emocional. Não foi desleal e muito menos se perdeu com reclamações à arbitragem, se manteve frio e objetivo, sabia o que era para ser feito e fez, e essa foi uma das grandes virtudes da equipe.

Saber aproveitar a hora certa, fazer valer o fator casa, além da força de sua apaixonada torcida no Moisés Lucarelli, e construir um bom resultado, para que no jogo de volta pudesse apenas administrar. Porém, ainda assim, o time não possui grandes craques ou jogadores diferenciados, é um elenco com boas peças - a começar por William Pottker, artilheiro do campeonato com nove gols - mas que dificilmente iria longe sem o positivo psicológico exposto em campo, a harmonia criada entre técnicos, preparadores e jogadores e a força de sua enorme torcida.

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Dessa forma, as palavras de Gilson Kleina descrevem bem o que foi esse campeonato até agora para a Macaca, que realmente respirou decisão: “Nossa equipe encorpou no momento certo e precisa manter os pés no chão, mas vai respirar decisão. Chegou a hora da Ponte". Se a hora da Ponte realmente chegou saberemos só após os dois últimos jogos do campeonato, mas como disse o técnico pontepretano, a equipe encorpou no momento certo, na fase final. Se em 77 faltou peso à camisa campineira para bater o Corinthians, sedento por títulos, em 2017 se espera que sobre comprometimento e entrega coletiva. A Ponte é muito grande para viver sem títulos.

A espera pode chegar ao fim e os jogadores e comissão técnica sabem disso mais do que ninguém, aliás sabem disso antes do que todos. Foram eles, junto à torcida, que desde o começo do campeonato entraram com a proposta de acabar com o incômodo jejum e agora na final tem a oportunidade de marcarem seu nome na história do clube. A esperança já não é distante, agora é confiança também. O fim de um jejum está próximo e pode ser mais uma vez em um Corinthians x Ponte Preta, histórico confronto em 1977 e que pode ter 40 anos depois,­­­ um novo capítulo, parecido, mas dessa vez com outro campeão.

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Categorias: Futebol, Corinthians, Ponte Preta, Final, Campeonato Paulista, Nova, Esperança, Paulistão 2017, reedição

João Pedro Calachi

Escrito por João Pedro Calachi

Palmeirense, estudante de jornalismo na PUC-SP e fanático por esportes.

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