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Atlético Nacional e a bola premiada da Libertadores

 

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A frase imortalizada por Muricy Ramalho, então treinador do São Paulo, virou um dos discursos favoritos no mundo do futebol: “A bola pune”. E apesar de ser apenas uma evolução do popular “quem não faz, toma”, ela tem sua razão de existir – e não são poucos os exemplos. Mesmo assim, ao mesmo tempo em que pune, a bola também premia: e deu de presente a todos que gostam de futebol uma partida espetacular na Colômbia.

O duelo entre Atlético Nacional e Rosário Central teve um roteiro dramático para nem William Shakespeare colocar defeito. A partida entre os considerados melhores times da competição continental não decepcionou nem por um minuto. O jogo de ida já tinha sido ótimo, com direito a um golaço nos primeiros minutos como cartão de visitas.

O time colombiano respondera bem ao golpe mesmo em solo argentino e jogou o primeiro tempo como se estivesse em casa, criando várias chances. O cenário voltou ao normal no segundo tempo, com o Rosário mais perto de marcar o segundo gol que fatalmente aconteceria se Armani, goleiro do Nacional, não tivesse marcado um golaço. Sim, um golaço: a defesa surreal que fez em três lances seguidos segurou o 1x0 que permitiu outro grande jogo na última semana.

 

O espetáculo presenciado no estádio Atanasio Girardot quase foi comprometido por um pênalti absurdo marcado contra o time da casa e convertido por Marco Ruben. O gol fora deixava o Rosário muito perto da vaga mesmo com um jogo inteiro pela frente. Era preciso que os colombianos marcassem três gols – e que poderiam ser quatro não fosse a defesa mágica de Armani na semana anterior.

E era de se esperar o abatimento natural de quem sabe que sua missão foi complicada consideravelmente. O que se viu a partir daí, porém, foi justamente o contrário: o restante do primeiro tempo foi um massacre do time da casa. Talvez motivado por um erro grotesco da arbitragem, indubitavelmente motivado por um estádio lotado que seguiu apoiando o time e, principalmente, porque o time alviverde não tem a melhor campanha do campeonato por acaso.

Foram nove finalizações contra duas do time argentino. Mesmo com grande prejuízo, os colombianos não demonstraram nenhum nervosismo ou ansiedade, apenas muita vontade e desejo de vencer. Liderados pelo ótimo meia Guerra e com a velocidade dos seus pontas, a ótima atuação foi premiada nos acréscimos do primeiro tempo com o gol de empate.

 

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O segundo gol marcado logo de cara na etapa final deixou o jogo ainda mais animado, faltava apenas um. E não foram poucas as chances para marcar que o Atlético Nacional desperdiçou. Foi um bombardeio contra o gol de Sosa que, a cada minuto, fazia parecer mais que a bola puniria os colombianos. E de maneira dolorosa já que a punição, acima de tudo, não seria da bola, mas do apito.

Ironicamente, a bola do jogo foi do Rosário: em uma das poucas chances que teve em todo jogo devido ao amplo domínio do Atlético Nacional, o artilheiro Marco Ruben saiu de frente para o goleiro, mas não viu a bola balançar as redes em mais um lance incrível desse duelo que já estava nos acréscimos e, em um jogo que mesmo quem não torcia para nenhum dos times não conseguiria ficar sentado, tudo poderia acontecer nos últimos segundos de partida. E aconteceu.

Foi já perto dos cinquenta minutos que o clímax dessa história dramática chegou: Berrio aproveitou uma bola ganha por cima e chutou para o gol, marcando o heroico gol da classificação e fazendo pulsar ainda mais o Atanasio Girardot. A comemoração foi toda marcada por provocação ao goleiro adversário, uma das imagens mais marcantes do jogo, e promoveu uma confusão generalizada típica dos grandes jogos da Libertadores.

E não parou por aí: depois de muita confusão, os argentinos ainda tiveram chance de marcar em um chute que fez os torcedores colombianos pararem de respirar por alguns segundos. Mas seria um golpe tão injusto por tudo que se viu dentro dos noventa minutos que nem mesmo a bola conseguiria ser tão cruel.

Uma partida épica que, se não valeu nenhum título, certamente não será esquecida por quem viu o jogo e, principalmente, por quem viveu. A bola realmente pune, mas também sabe, de maneira absolutamente particular, premiar.

 

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Imagens: Directv Sports

Categorias: Atlético Nacional

Stéfano Bozza

Escrito por Stéfano Bozza

Administrador, palmeirense e apaixonado por futebol em uma escala que vai de Copa do Mundo até quarta divisão do paulistão. Não recusa uma partida, mesmo que seja entre Catanduvense x Inter de Bebedouro.

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