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As diferenças e semelhanças entre Corinthians 2015 e Corinthians 2016

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Após um bom ano de 2015, especialmente no segundo semestre, onde foi visto como a equipe que apresentava o melhor futebol do Brasil, o Corinthians inicia 2016 em um momento de reformulação e afirmação. Depois do arrasador “furacão chinês” que devastou o time titular de Tite, novos jogadores chegaram, reservas buscaram seu espaço e o treinador corintiano se viu numa situação semelhante à que viveu em meados de Junho de 2015, quando havia perdido, no mínimo, 3 titulares da equipe (Fábio Santos rumou ao Cruz Azul-MEX, Emerson Sheik e Guerrero foram para o Flamengo e Petros, jogador que foi titular com Mano Menezes e era uma das principais opções de banco com Tite, foi para o Bétis-ESP).

Corinthians 2015 x Corinthians 2016

Em 2015, o time ideal do Corinthians já estava gravado na cabeça de todo torcedor alvinegro

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O incontestável goleiro Cássio tinha à sua frente, na linha de defesa: Fágner, Gil, Felipe e Uendel.

O ídolo da torcida, Ralf, tinha como tarefa proteger a linha defensiva.

Pela esquerda da linha de 4 do meio-campo, estava o jovem e veloz Malcom, jogador agudo com características de ponta. Por conta de sua velocidade, ajudava bastante na recomposição defensiva.

Pelo centro, havia o craque do Brasileirão 2015 Renato Augusto. Jogador polivalente, apresentou o melhor futebol de sua carreira sendo a ligação entre a defesa e o ataque. Por diversas vezes, tinha como tarefa buscar a bola nos pés de Ralf e distribuir o jogo, enquanto a equipe se posicionava de maneira aberta, utilizando a amplitude do campo. 

O volante da Seleção Brasileira, Elias, ajudava Renato Augusto nessa tarefa, mas com características diferentes. Conhecido por sua velocidade, costumava aparecer no ataque como elemento-surpresa, vindo de trás. Além disso, ajudava na marcação e recomposição.

Aberto pela direita, o ex-camisa 10 Jadson utilizava sua qualidade de passes e precisão nas finalizações e cobranças de bolas paradas. Muitas vezes, puxava a marcação indo buscar a bola pelo centro do campo, fazendo com que o lado esquerdo do adversário ficasse com um buraco. Era quando Fágner e Elias apareciam livres por aquele setor.

Na frente, o inicialmente contestado e finalmente vice-artilheiro do Brasileirão 2015 Vagner Love tinha como função principal a finalização das jogadas. Por ser um jogador esforçado, caiu nas graças de Tite mesmo quando a bola não entrava, pois se dedicava bastante à equipe. No final do ano, mostrou ainda ser capaz de repetir seu futebol de outras épocas, com ótima explosão e girando em cima dos zagueiros adversários.

Em 2016 as peças mudaram, mas até o momento, o estilo e tática de jogo permanecem intactas

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A defesa corintiana, conhecida nos últimos anos por ser a “menos vazada” de boa parte dos campeonatos que disputava, foi o setor que menos perdeu peças. Com o “fico” de Cássio após quase acertar com o Besiktas, apenas Gil deixou o clube.

Fágner e Felipe, assim como o goleiro, parecem não correr riscos de perderem a posição.

Uendel começa a ser questionado por parte da torcida por sua dificuldade na marcação, característica que se torna mais evidente num momento de reestruturação, especialmente por ter como reserva o bom jovem Guilherme Arana.

Yago também não arranca suspiros da torcida e acaba tendo a titularidade questionada após ótimas exibições do recém-contratado Balbuena.

Para a posição de Ralf, está Bruno Henrique. Após grandes jogos em 2015 (que fez muitos torcedores reivindicarem sua titularidade por ter saída de jogo melhor que Ralf), começou 2016 sem apresentar o mesmo nível. Com muita dificuldade na marcação e erros de passes bobos, tem como sombra o recém-chegado Willians, outro que também ainda não inspira muita confiança do torcedor por levar muitos cartões e ser “brucutu”. 

Pelo lado esquerdo, o talismã de 2015 Lucca tem contrato próximo de vencer e divide opiniões por ser um jogador instável, alternando ótimas e péssimas atuações. Não parece ser do mesmo nível que Malcom, especialmente na recomposição defensiva, o que pode ser notado pelos incansáveis pedidos de Tite nas partidas.

Guilherme, por sua vez, tem a dura missão de substituir o último craque do Campeonato Brasileiro e, apesar da qualidade indiscutível, não se mostra à vontade na nova função. Precisa se adaptar à posição ou restará duas alternativas ao treinador: substituir o jogador (ainda que no elenco ninguém faça com fluidez o que Renato Augusto fazia) ou mudar o esquema de jogo, colocando-o em posição mais próxima do gol.

Elias talvez seja o grande nome do Corinthians para 2016, sendo o único titular indiscutível da linha de meio-campo que permaneceu no clube, após uma transferência fracassada para o tão temido mercado chinês. Deve fazer a mesma função do último ano, acumulando a necessidade de compensar as lacunas de seus novos colegas do meio, que estão se adaptando ao esquema. Enquanto está machucado, é substituído pelo contestado Rodriguinho e pelo grande nome da base do Corinthians na última Copa São Paulo de Futebol Junior, Maycon.

Giovanni Augusto, conhecido da torcida alvinegra por ter feito o primeiro gol da Arena Corinthians e se declarado torcedor do clube na infância, o jogador parece ser a melhor contratação até o momento. Apesar de ainda ter dificuldade na recomposição defensiva, parece à vontade em campo substituindo Jadson. Com belos dribles e chamando a responsabilidade, não tem medo de encarar o adversário e já começa a ganhar diversos elogios da Fiel Torcida.

Por último, André chegou ao Corinthians como uma grande interrogação. Alternou bons momentos (início no Santos, Sport) com um fraco futebol e problemas extracampo (Atlético-MG, volta ao Santos). Ainda permanecer como interrogação, dividindo a opinião da torcida. No jogo de ida contra o Cerro Porteño poderia iniciar um bom momento por seu novo clube, tendo sido o melhor jogador da partida no primeiro tempo, com gol e bolas na trave, mas colocou tudo a perder com uma expulsão infantil (ainda que contestada por parte da diretoria e torcedores).

O professor

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No centro de tudo isso está Adenor Leonardo Bacchi, o Tite. O maior treinador da história do Corinthians novamente tem a árdua missão de reformular um time lidando com pressão por todos os lados. Mas parece fazê-lo com total confiança da direção e dos torcedores do clube. Visto por muitos como o melhor treinador do país, a cada momento difícil escuta aquela pergunta: “Será que dessa vez o Tite consegue?”

Bem, é isso que ele vai tentar provar mais uma vez. Para a felicidade da torcida corintiana.

Categorias: Corinthians, Libertadores Da América, Futebol brasileiro, Paulistão

Vinicius Longato

Escrito por Vinicius Longato

Apaixonado por futebol. Fã de análises táticas e do meia armador, enganche, camisa 10. O maior ídolo é Carlitos Tevez, mas o melhor que viu é Lionel Messi. O jogo ideal teria hinchada sulamericana e futebol europeu.

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