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Opinião: 4-2-3-1 é o ideal para Palmeiras jogar dentro e fora de casa

Written by Lucas Barozzi | 13/out/2017 10:03:00

Crédito foto: Divulgação / Site Oficial do clube / Cesar Greco

O Palmeiras vem vivendo uma crise quase que de identidade nesse ano que somou fracassos enquanto Cuca parece não encontrar o time ideal, nem ao menos para disputar a vaga direta na Libertadores do ano que vem. Portanto, aqui vai uma opinião com argumento, análise de desempenho e sistema de jogo que podem ajudar o Verdão nessa reta final.

No Allianz Parque ou no Pacaembu, o time mantém bom retrospecto, no entanto perdeu pontos decisivos contra rivais diretos, Santos e Corinthians, em jogos que finalizou mais do que o adversário e ainda assim amargou a derrota. São 13 jogos, oito vitórias, um empate e quatro derrotas. Fora de casa, o desempenho é ainda pior: 13 jogos, cinco vitórias, três empates e cinco derrotas.

Casa

A linha defensiva vem com Michel Bastos, Luan, Mina e Mayke, os dois laterais já foram testados, têm boas características ofensivas e tendem a não comprometer lá atrás, o que já supri boa parte dos problemas. Já no meio de campo, Móises e Tchê Tchê fazem a volância e dão a temperatura ao jogo, seja em intensidade elevada ou cadenciando, Moisés é especialista em ligação ataque-defesa e ajuda na marcação, sem contar seus passes de média e longa distância, fazendo um jogo vertical, mandando a bola para as corridas em velocidade no Dudu ou no Willian, fazer chegar em profundidade nos laterais ou para Guerra poder fazer a aproximação com o Borja, acreditando e propondo um estilo de jogo que favoreça mais o centroavante finalizador e tabelas com pivô, diferente do estilo atual do Cuca: "Borja, espera aí na marca do pênalti que a bola chega".

Por que Borja e não Deyverson?

Crédito foto: Divulgação / Site Oficial do clube / Cesar Greco

Deyverson tem uma função mais defensiva do que ofensiva, centroavante que defende melhor do que ataca não serve pra um time que almeja grandes conquistas, o jogador falha em coisas básicas como fundamentos simples, virando até chacota. Está na hora de jogar em um esquema que favoreça um “matador” ou pivô, Borja tendo tempo de jogo e ânimo pode suprir isso.

Fora

A linha defensiva entra com Jean de lateral pela direita, porque além de defender melhor que Mayke, é bom cobrador de bolas paradas e fora de casa uma falta bem cruzada pode decidir um jogo difícil e truncado. O meio-campo com Bruno Henrique e Tchê Tchê faz o garoto vindo do Audax jogar solto, dando intensidade ao jogo e aproveita o bom perfil defensivo de Bruno, que veio do Palermo desenvolvendo uma boa marcação por conta da escola defensiva italiana de futebol. O volante foi um pedido de Cuca e supri bem a função de proteger a zaga, ter boa saída e bons passes, o que falta no time do Palmeiras em jogos fora. Moisés, deixando de ser um segundo volante e sim o principal armador, torna o jogo mais seguro e prático e Guerra aberto pela direita, com sua aproximação ao meio, auxilia a bola chegar redonda em Dudu e Willian (dessa vez como referência) e abre espaço para a subida de Jean.

Willian sempre titular e por que acreditar na dupla dinâmica?

Willian é o artilheiro do Palmeiras no ano com 15 gols e tem jogado um futebol muito regular, sendo solidário defensivamente e decisivo em momentos importantes. Já Guerra e Borja, duas das transferências mais importantes para o projeto, são bons jogadores e é importante acreditar no potencial dos dois que fizeram sucesso juntos em 2016, sem contar que os seus substitutos, mesmo quando estão em boa fase, não estão à altura.

Vamos utilizar com criatividade Raphael Veiga?

Crédito foto: Getty Images

Raphael Veiga foi uma contratação disputada e que custou 1,3 milhões de euros aos cofres palestrinos, o jogador tem um perfil de armador e um excelente controle de bola, Cuca só o utilizou centralizado, mas ele não só pode, como atuou bem jogando aberto pelos lados no Coritiba, seria um bom substituto para Guerra aberto pela direita, cortando para o meio para finalizar de canhota ou armar para os dois atacantes.

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