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A gordura não é bem-vinda em parte alguma do corpo, mas, quando se acumula na região abdominal, ao redor da cintura, aumenta os riscos de doença do fígado, coração e diabetes. É preciso ficar atento, pois muitos fatores podem levar ao acúmulo da mesma na barriga, desde uma alimentação inadequada ao sistema digestivo preguiçoso. No entanto, com dieta e prática regular de exercícios é possível reverter esta situação e eliminar o problema. Sonho? Saiba agora como combater essas "indesejáveis" amiguinhas sem necessariamente precisar perder peso.
Segundo João Pinheiro, clínico geral e fisiologista do exercício, este tipo de "inimiga" em excesso eleva a pressão arterial, aumentando o risco de desenvolver doenças cardíacas, diabetes e até AVC (acidente vascular cerebral). “A gordura é uma forma de armazenamento de energia pelo organismo, sendo a primeira a ser estocada e a última a ser destruída mesmo quando é iniciada uma dieta. Com o passar dos anos, o metabolismo vai se tornando mais lento e a mesma tende a se acumular, principalmente, em regiões como abdômen e cintura”, explica.
A circunferência da cintura pode indicar muitos problemas de saúde. Para isso, é necessário posicionar a fita métrica entre a borda inferior das costelas e a borda superior do quadril, relaxando e expirando no momento de medir. “Acima de 80 cm para as mulheres e de 94 cm para os homens é sinal de alerta. Essa medida é considerada uma indicação mais precisa do que a massa corpórea, o IMC”, destaca o médico.
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É possível notar dois tipos das de abdômen: a visceral, que fica entre as vísceras e é mais perigosa, e a subcutânea, que fica sob a pele e está menos entranhada entre os órgãos. O especialista diz que é fácil diferenciar uma da outra. “Basta deitar e observar se a barriga esparrama para os lados. Se isso acontecer é a subcutânea. Já se a barriga ficar rígida, é a visceral. Independente de qual for, ambas podem comprometer a saúde e devem ser combatidas”, alerta Pinheiro.
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Em qualquer um dos casos, é preciso adotar mudanças de hábito para fazê-las desaparecer ou, pelo menos, diminuir. O segredo para se livrar das que se instalam no abdômen está na combinação equilibrada de exercícios físicos e alimentação. “Se você quiser reduzir a corporal, é necessário consumir menos calorias. Com o tempo, seu corpo vai começar a convertê-la em energia utilizável e a que estava armazenada começa a desaparecer em todo o seu corpo”, afirma.
O ideal é se alimentar de forma regular durante o dia, evitando chegar às refeições com muita fome e permitindo que o organismo faça a digestão dos alimentos ingeridos. “Opte por cereais integrais, frutas e vegetais. Além disso, acrescente uma porção de proteína (frango, peixe ou carne) com pouca gordura. Também é importante moderar a ingestão de alimentos ricos em açúcar e gordura, por serem altamente energéticos”, recomenda o clínico geral.
Os carboidratos comuns como açúcar, doces, massas como tortas e pizzas, devem ser evitados, porque fornecem uma grande quantidade de calorias e têm uma digestão mais rápida, diminuindo a sensação de saciedade.
É importante fazer atividades aeróbicas que aceleram a frequência cardíaca, como corrida, natação e atividades de resistência, como treinos de musculação. Além disso, procure ficar longe dos maus hábitos, como comidas calóricas e bebidas alcoólicas. “Com a combinação de exercícios físicos e alimentação, é possível perder a abdominal, aumentar a percentagem de massa muscular ou garantir a manutenção do peso de uma pessoa”, garante Pinheiro.
Geralmente, a "inimiga" é queimada pelo metabolismo conforme o corpo se movimenta. As atividades aeróbicas como corrida, caminhada, natação, ciclismo e dança são capazes de acelerar o metabolismo e, por isso, são mais eficazes quando o assunto é eliminá-las. “Uma atividade aeróbica queima gordura de todo o corpo, e não só a presente na barriga. O corpo tende a perder as da zona do rosto e extremidades como braços e pernas, e depois passará para as do tronco, peito, coxas e nádegas. Por fim, perderá a abdominal. É importante que a pessoa entenda que esta será a última a deixar o corpo”, diz.
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