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Prêmio Puskás: 11 gols que ganhariam antes da premiação existir

Written by Gustavo Henrique Cruz | 5/set/2016 21:03:00

Montagem Esportudo.com | Fotos: Getty Images e Ronaldinho (Bruno Cantini/CAM)

Em outubro de 2009, Joseph Blatter, então presidente da FIFA, criou o Prêmio FIFA Ferenc Puskás. O troféu leva o nome do húngaro que jogou no Real Madrid na década de 1960 e venceu dezenas de títulos pela equipe merengue. Ferenc Puskás Biró foi capitão da Hungria na década de 1950. Sua geração na seleção ficou conhecida como “Os Mágicos Magiares”, e é considerado o maior jogador de futebol do país. Na inauguração do prêmio, Blatter exaltou o ex-jogador: “É importante preservar a memória dos grandes nomes do futebol que deixaram sua marca na nossa história. Ferenc Puskás era não só um jogador com imenso talento que ganhou muitas honras, mas também um homem notável. É, portanto, um prazer para a FIFA lhe prestar homenagem e lhe dedicar este prêmio à sua memória”.

A premiação vai para o atleta que marcar o gol mais bonito em partida oficial, no intervalo de julho de um ano até o mesmo mês do ano seguinte. Todo ano, são votados os três mais bonitos e, depois disso, o mais belo de todos. Dois brasileiros já entraram para o seleto grupo de vencedores do prêmio. Neymar e Wendell Lira, jogando em solo brasileiro, colocaram no hall da FIFA duas pinturas. Até agora, já venceram o Prêmio Púskas Cristiano Ronaldo, Hamit Altintop, Neymar, Miroslav Stoch, Zlatan Ibrahimovic, James Rodríguez e Wendell Lira. É muito difícil escolher o mais bonito entre eles. Mas, pela distância, dificuldade e por estar de costas para o gol, considero o de Ibrahimovic o mais magnífico de todos. O sueco fez um gol de bicicleta, um movimento esplêndido, a mais de 30 metros de distância do gol. No entanto, como a premiação é recente, muitos gols lindos ao longo da história do futebol ficaram de fora. Homenageando o número de jogadores no esporte, o Esportudo.com separou 11 gols que dariam o prêmio aos seus autores, verdadeiros feitos extraordinários em campo, confira:

11. Samuel Eto'o

O camaronês é um dos melhores jogadores que o continente africano já revelou, não há como negar. Jogou nos maiores da Europa, ganhou vários títulos de expressão, levou o Camarões para a Copa e era artilheiro nato. Pelo Barcelona, junto a Ronaldinho, marcou a ‘’Era Frank Rijkaard’’.Entre seus gols mais belos, escolhi um de improviso em pouco espaço. Na temporada 05/06, contra o Racing Santander, carregou a bola e, quando três marcadores o fecharam de uma vez, driblou-os e bateu no canto.

10. Zidane

O francês é um dos últimos meias clássicos do futebol. Tive a enorme sorte de ver, pelo menos, metade da carreira de Zizou. Seu futebol era de pura classe, cantava com os pés. Zidane sobrava em campo. Em 2002, o Real Madrid disputou a final da Champions League contra o Bayer Leverkusen. A partida estava empatada em 1 a 1, com gols de Raúl e Lúcio. Então, Zidane desempatou o jogo com uma obra prima: recebeu um cruzamento muito alto e, com a perna “ruim”, mandou um voleio de primeira, sem pulo, deixando o goleiro no chão.

9. Marco Van Basten

O atacante fez história por onde passou. É um dos maiores atacantes da “Laranja Mecânica”, fez belíssimos gols pelos clubes em que atuou. Sem dúvida, merece um espaço na nossa seleção. Na final da Euro de 1988, contra a União Soviética, Van Basten fez um dos gols de voleio mais lindos da história do futebol. Gullit recebeu e cruzou de primeira, a bola subiu muito e, sem pulo e quase sem ângulo, Van Basten mandou um voleio cruzado em que a bola bateu na trave e entrou.

8. Ibrahimovic

Sem dúvida uma escolha complicada. Ibra é faixa preta em taekwondo. As características da luta, sendo bem utilizadas e agregadas ao seu futebol, fazem dele um jogador excepcional, muito acima dos demais. É capaz de movimentos que o possibilitam marcar muitos gols de voleio e bicicleta. Tais gols são a prova de que a mescla de futebol e artes marciais deram certo para o sueco. Porém, o gol que acredito ser o mais bonito de sua carreira, não foi de voleio ou bicicleta.

Em seu segundo clube, o Ajax, em jogo contra o Breda, em 2004, balançou as redes diferentemente do que está acostumado. Zlatan recebeu a bola fazendo o pivô e disputando com outro oponente, driblou o que estava em suas costas, fintou outro duas vezes, deixou um no chão, tirou de outro e ao cortar para a direita, puxou para a esquerda e bateu rasteiro no canto. Com certeza, esse gol ganharia o Puskás. No decorrer dos anos, mostrou que gols bonitos não são exceção na performance do grande centroavante.

7. Ronaldo

É claro que o Fenômeno está na lista. No espanhol da temporada 96/97, o Barcelona ganhou do Compostela por 5 a 2. Ronaldo pegou a bola no campo de defesa, driblou dois, mais três durante a arrancada, teve a camisa puxada, driblou dois dentro da área e bateu no cantinho, rasteiro. Um verdadeiro gol de placa.

6. Ronaldinho Gaúcho

Um dos maiores brasileiros da atualidade, Ronaldinho é considerado o “Rei do dibre”. Com muitos títulos e prêmios, não poderíamos deixar de colocar um do Gaúcho aqui. Em meio a tantos possíveis, escolhi um que tem grandes valores simbólicos: Ronaldinho crescia muito como atleta e foi um gol importante na conquista do penta. Na Copa do Mundo em 2002, o Brasil enfrentou a Inglaterra nas quartas de final. O gol da classificação foi de falta: Gaúcho bateu uma falta, a uma enorme distância, direto para o gol, ao notar o goleiro um pouco adiantado. O resultado? Um golaço, no ângulo, e a vitória rumo ao título.

5. Alex

Em 2002, o Palmeiras enfrentou o São Paulo no torneio Rio-São Paulo. A partida foi no Morumbi, pela 1ª fase da competição. O Verdão venceu por 4 a 2 e os palmeirenses ficaram muito felizes com o placar. Mas o que chamou muita atenção foi um dos gols: Alex tabelou na entrada da área, chapelou o zagueiro, deu outro chapéu, desta vez em Rogério Ceni, e marcou um lindo gol. O golaço ficou tão marcado na memória dos torcedores, que perguntei a um amigo quando foi e como, e ele descreveu o lance, com perfeição cada detalhe. Já fazem 14 anos.

 

4. David Beckham

Na temporada 96-97 da Barclays Premier League, Beckham era apenas um garoto. Tinha apenas 21 anos e pouca experiência. Porém, já marcava golaços. Dia 17 de agosto, os Diabos Vermelhos jogaram contra o Wimbledon, time pouco conhecido hoje. A partida já estava ganha, mas aos 87 minutos, Beckham pegou a bola após um desarme de seus companheiros e viu o goleiro adiantado. Ele arriscou a poucos centímetros antes da linha do meio-campo e marcou um lindo gol, que é considerado até hoje o mais bonito de sua carreira. Ali, ele já mostrava que seria um grande jogador.

3. Lionel Messi

O argentino é, na minha opinião, o melhor jogador da atualidade, disparado. O jogador não depende de forma física para jogar bem. Foi, sem dúvida, a escolha mais difícil de fazer. É impossível escolher apenas um gol na galeria de Messi. Na sua prateleira, o que não faltam são títulos, medalhas e prêmios individuais. Entretanto, ainda não venceu o Puskás, mesmo já tendo concorrido. Certa vez, contra o Getafe pelo Campeonato Espanhol, Messi fez uma obra de arte, um gol muito semelhante ao que Maradona marcou contra a Inglaterra. Na ocasião, em 2007, o argentino pegou a bola e driblou dois adversários com duas canetas, atrás do meio-campo, driblou mais três durante a corrida, driblou o goleiro e bateu por cima do oponente que deu carrinho: gol de placa.

2. Maradona

Em 1986, na Copa do Mundo, Argentina e Inglaterra se enfrentaram pelas quartas de final. Maradona recebeu a bola um pouco atrás do meio de campo, driblou dois e arrancou em direção ao gol. Na corrida, driblou mais dois, driblou o goleiro e marcou um golaço. Sem dúvida um dos mais bonitos de sua carreira. Falando, parece simples. Mas o lance parece mágico: a bola não descolou dos pés de Maradona, a não ser para balançar a rede.

1. Pelé

Dia 2 de agosto de 1959, o Santos enfrentou o tradicional Juventus, da Mooca, e venceu por 4 a 2. Segundo o próprio Pelé, o gol mais bonito de sua carreira foi naquela partida. O Rei recebeu a bola na entrada da área e deu um chapéu no marcador que estava nas suas costas; depois, aplicou mais dois chapéus. O goleiro achou que poderia se antecipar, mas acabou tomando um chapéu, também. A jogada foi completada com uma cabeçada para o gol. Infelizmente não há registros em vídeo e, para o filme “Pelé Eterno”, foi feita uma reconstituição por computadores da jogada. O gol foi tão impressionante, que existe no estádio Conde Rodolfo Crespi um busto de Pelé com uma placa, explicando que ali, o atleta do século fez o maior golaço de sua carreira.

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