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Nos últimos anos, os pneus têm sido fundamentais na Fórmula 1. As estratégias de trocas e a escolha entre os tipos disponíveis para cada prova praticamente determinam a vitória de equipes e pilotos. Nessa temporada não tem sido diferente, vamos então explicar.
No básico, temos um único fabricante, a Pirelli, que fornece pneus rigorosamente iguais para todas as equipes. Ainda no básico, temos o regulamento que exige que cada piloto utilize ao menos dois tipos diferentes em cada corrida, exigindo no mínimo uma parada para troca durante a prova.
A fabricante determina com antecedência, conforme as características de cada pista, três tipos de compostos para piso seco entre os cinco existentes. Os ultramacios são os mais velozes. Tem a banda de rodagem bem macia e aderente, que grudam mais no chão e proporcionam mais estabilidade, mas justamente por serem mais moles, deixam mais borracha no piso e duram menos voltas. Temos então ainda os supermacios, macios, médios e duros. Os últimos com menor aderência e velocidade, mas maior durabilidade. Os tipos são identificados por faixas coloridas nas laterais.
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Cada equipe decide então como disporá dos três tipos disponíveis para ter um resultado melhor na corrida. Podem por exemplo escolher usar os mais duros e mais duráveis e fazer só uma parada para troca, ou usar os mais macios e mais velozes e fazer mais de uma parada, já que eles vão durar menos. Para complicar, pneus macios e velozes quando ficam gastos andam menos que outros mais duros e mais novos. Pesam ainda os fatores da prova, conforme ela vai rolando. Frenagens, derrapadas, furos, pancadas, o comportamento de cada carro quando mais leve, com menos gasolina, pilotos que maltratam mais que outros. São centenas de variáveis.
Como em cada parada, entre desacelerar, percorrer o trecho dos boxes, trocar os pneus e voltar para a pista temos uma média de uns 20s perdidos, imagine as contas que os caras tem que fazer. Só para lembrar, isso tudo só vale se não chover. Pista molhada muda tudo.
Saiba mais sobre a próxima corrida (GP do Canadá).
9, 10 e 11 de maio.
O Grande Prêmio acontece em Montreal, maior cidade da província de Quebec, com pouco mais de 1,6 milhão de habitantes. É a 16ª cidade com melhor qualidade de vida do mundo (Economist Intelligence Unit) e tem muitas atrações, desde universidades até museus e vida noturna agitada.
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A corrida é no Circuito Gilles Villeneuve, batizado em homenagem ao genial piloto canadense morto em 1982. Fica numa ilha artificial, e assim como o da Rússia, é um autódromo misto, que usa partes da estrutura construída para os Jogos Olímpicos sediados ali em 1976 (super ideia para o Rio, que perdeu seu autódromo). Fica num parque e tem 4,361 km (só 52m maior que Interlagos) e 13 curvas, uma em homenagem ao nosso Ayrton Senna, uma chamada L’Épingle (algo como “O Alfinete”) e as demais numeradas. É uma pista estreita, com ondulações, que exige muito dos pilotos e da suspensão dos carros. São 70 voltas, totalizando 305,270km.
Ano passado quem ganhou foi Lewis Hamilton (GBR – Mercedes). O supercampeão Michael Schumacher foi quem mais ganhou, cruzando a linha de chegada antes de todo mundo sete vezes (1994, 1997, 1998, 2000, 2002, 2003 e 2004). Dos brasileiros, o bicampeão Nelson Piquet foi quem mais se deu bem lá, vencendo em 1982, 1984 e 1991. Ayrton Senna ganhou em 1988 e 1990.
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Combinação para aderência e velocidade; ultramacios (banda roxa), supermacios (banda vermelha) e macios (banda amarela) serão as opções se não chover (acontece bastante por lá).
Fique esperto. O GP acontece na tarde do domingo e a Globo não transmitiu no ano passado, preferindo ficar no futebol. Se não rolar na nave mãe, o SporTV transmite a partir das 15h (horário de Brasília) de domingo. No SporTV rolam ainda os treinos de sexta e de sábado.
Lewis Hamilton (GBR) manda bem no Canadá. Venceu cinco das últimas dez edições e precisa muito da vitória para não ver Sebastian Vettel (ALE) se distanciar ainda mais na liderança do mundial de pilotos.
Kimi Raikkonen (FIN) vem mordido com a perda do GP de Mônaco na manobra de boxes armada pela Ferrari e pode surpreender. Tanto ele quanto Sebastian Vettel andam bem no Canadá e já venceram por lá.
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O circuito Gilles Villeneuve tem uma curiosidade legal; na saída da curva 14 tem um muro. Em 1999, três campeões mundiais, Damon Hill (GBR), Jacques Villeneuve (CAN) e Michael Schumacher (ALE) terminaram a prova dando pancadas ali. Desde então o local é chamado de “Muro dos Campeões”. Bom lugar para o nativo Lance Stroll ou algum dos outros “Demolidores” terminar sua corrida.
Hamilton, Bottas e Ricciardo.
Pilotos
1º Sebastian Vettel / ALE - Ferrari – 129 pontos
2º Lewis Hamilton / GBR - Mercedes – 104 pontos
3º Valtteri Bottas / FIN - Mercedes – 75 pontos
4º Kimi Raikkonen / FIN - Ferrari – 67 pontos
5º Daniel Ricciardo / AUS - Red Bull Racing – 52 pontos
6º Max Verstappen / HOL - Red Bull Racing – 45 pontos
7º Sergio Pérez / MEX - Force India – 34 pontos
8º Carlos Sainz Jr. / ESP – Toro Rosso – 25 pontos
9º Felipe Massa / BRA - Williams – 20 pontos
10º Esteban Ocon / FRA - Force India – 19 pontos
Equipes
1º Ferrari – 196 pontos
2º Mercedes – 179 pontos
3º Red Bull – 97 pontos
4º Force India – 53 pontos
5º Toro Rosso – 29 pontos
6º Williams – 20 pontos
7º Renault – 14 pontos
8º Haas – 14 pontos
9º Sauber – 4 pontos
10º McLaren – 0 pontos
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