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Foi bom enquanto durou, mas a Olimpíada realizada no Brasil, neste ano de 2016, chegou ao fim. Com ela se foram os grandes esportistas mundiais, mas deixaram um espírito contagiante que é típico deste grande evento. Mais do que isso, também ficou a melhor participação da história do Brasil nos Jogos Olímpicos: foram 19 medalhas, sendo sete de ouro.
Veja quais são os esportes recordistas em medalhas na história das Olimpíadas para o nosso país – levando em consideração o maior número de ouros conquistados.
Bruno e Alisson fizeram bonito na areia e conquistaram mais um ouro no vôlei de praia | Crédito foto: Getty Images
Disputada apenas a partir de 1996, essa modalidade é uma das grandes forças brasileiras. Possivelmente inspirado pelas belas praias do nosso litoral, não é raro ver uma dupla brasileira no pódio, muito pelo contrário.
As vitórias começaram já no ano de estreia do vôlei de praia com Jacqueline e Sandra Pires conquistando o ouro sobre outra dupla brasileira. A primeira medalha masculina veio na edição seguinte, em 2000, com a prata de Ricardo e José Marco, feito repetido por Adriana Behar e Shelda. O primeiro ouro masculino veio em 2004, com a famosa dupla formada por Ricardo e Emanuel.
Em 2016, os nossos atletas não fizeram feio. Bruno e Alison ficaram com o ouro, enquanto Ágatha e Bárbara conquistaram uma medalha de prata. No histórico, o país tem três medalhas de ouro, sete de prata e três de bronze.
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Com o maior número absoluto de medalhas na história brasileira – são 22 conquistadas, sendo quatro de ouro, três de prata e quinze de bronze –, o judô tem grande representatividade nas conquistas do país.
O topo do pódio foi nosso, mas sempre com atletas diferentes. Começou em Seul, em 1988, com Aurélio Miguel, passando por Rogério Sampaio, em Barcelona (1992), Sarah Menenzes, em Londres (2012) e agora Rafaela Silva, no Rio de Janeiro. Além disso, o país sempre aparece bem na modalidade. Desde 1980, em todas as edições houve ao menos um medalhista brasileiro.
O Brasil pode até ser considerado o país do futebol, mas nos últimos anos ele pode ser perfeitamente o país do vôlei. Com equipes sempre favoritas nas modalidades masculina e feminina, é raro ver nossos atletas voltando sem alguma medalha – e não são raras as vezes que ocuparam o topo do pódio (cinco).
Na Rio 2016, as meninas decepcionaram e caíram diante da China em um jogo para cardíaco, mas vinha de duas medalhas de ouro seguidas em Pequim (2008) e Londres (2012), além de ficar sempre entre as quatro primeiras desde 1992.
No vôlei masculino, depois de um início irregular, veio a recuperação que terminou na medalha de ouro que ficou no quase nas duas edições anteriores. O ouro, contudo, não foi inédito: o nosso país já havia conquistado em 1992 e 2004. Somos o segundo país no ranking geral de todos os tempos neste esporte.
Thiago Braz surpreendeu e levou um ouro em disputa marcada por vaias polêmicas | Crédito foto: Getty Images
Adhemar Ferreira da Silva marcou a história olímpica brasileira ao ser o primeiro atleta a ter duas medalhas de ouro no país no salto triplo (1952 e 1956). Antes dele, apenas o tiro esportivo tinha conquistado um ouro.
Depois de um hiato das modalidades do atletismo, as medalhas passaram a ser constantes a partir de 1968. Foram três medalhas de bronze e uma de prata até um novo ouro com Joaquim Cruz na corrida de 800 metros em 1984 (que viria a ser prata quatro anos depois). Maurren Maggi foi outra a chegar ao topo do pódio em 2008 com o salto em distância.
Das medalhas recentes, duas ficaram famosas por polêmicas. Em 2004, Vanderlei Cordeiro de Lima liderava a maratona até ser atacado no meio da prova em imagem que ficou famosa e rodou o mundo. Vanderlei não conseguiu o ouro, mas ao menos subiu no pódio e trouxe um bronze para o nosso país.
Nesta última edição, Thiago Braz surpreendeu e foi o grande vencedor do salto com vara em uma disputa que marcou a polêmica com o competidor francês Renaud Lavillenie.
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Nenhum esporte trouxe mais ouros para o nosso país do que a vela. Foram sete vezes no topo do pódio, além de outras três pratas e oito bronzes. A primeira medalha veio no México, em 1968, quando Reinaldo Conrad e Burkhard Cordes conquistaram um bronze, feito repetido em 1976.
Os primeiros ouros vieram em Moscou (1980) e em dose dupla. Marcos Soares e Eduardo Penido venceram a classe 470, enquanto que Alexandre Welter e Lars Bjorkstrom fizeram o mesmo na classe Tornado.
É impossível, porém, pensar em vela e não associar imediatamente à família Grael. As medalhas começaram em 1984, com uma prata na classe soling conquistada por Torben Grael em conjunto com Daniel Adler e Ronaldo Senfft. Torben e Lars voltaram a ganhar medalhas nas edições seguintes.
Em 1996, surgiu ainda outro talento: Robert Scheidt, conquistando ouro na classe laser. Torben Grael trouxe mais uma medalha dourada em conjunto com Marcelo Ferreira na classe star. Os três voltaram a trazer medalhas em Sidney (2000): uma prata e um bronze. Em Atenas, repetiram o feito de Atlanta e trouxeram um duplo ouro.
Na edição da Rio 2016, a genética da família Grael voltou a brilhar. Martine Grael contou com a parceria de Kahena Kunze e conquistaram ouro na classe 49er FX. Foi a única medalha da modalidade em 2016.
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