Notícias e Opiniões de Esportes

5 motivos para acreditar na Seleção Brasileira de Tite

Written by Felipe Viana | 15/jul/2016 16:07:00


Crédito foto: Getty Images

O técnico mais vitorioso do Brasil. Foi com esse status que Tite chegou à Seleção Brasileira. Depois de várias rodadas de negociações que não aconteceram somente esse ano, mas é fruto de um romance antigo, o técnico finalmente vestiu o agasalho e pegou a prancheta da seleção canarinho. Chega com status de esperança de dias melhores, depois de eliminações para Peru, Paraguai e Alemanha, os 7 a 1 que jamais esqueceremos. 

Não apenas a seleção, mas o Brasil está em crise e precisa de um herói. Se na política há tantas divergências sobre quem faria o melhor para a nação, na Seleção Brasileira de Futebol a aprovação do técnico é geral. 

Listamos agora 5 motivos para acreditarmos na seleção de Tite, veja:

1. Currículo

O Mundial de Clubes com o Corinthians poderia falar por si só, mas não é só isso que credencia o novo treinador da Seleção Brasileira. Tite é campeão de todos os títulos possíveis para um treinador no futebol brasileiro.

Em 13 equipes, o técnico acumula 13 títulos. Os mais relevantes sendo uma Copa do Brasil com o Grêmio (2001), uma Sul-Americana com o Inter (2008) e os mais relevantes pelo Corinthians – dois Campeonatos Brasileiros (2011 e 2015), Copa Libertadores (2012), Mundial de Clubes (2012) e Recopa Sul-Americana (2013) – isso sem contar os estaduais com Caxias, Grêmio, Inter e Corinthians.

Crédito foto: Daniel Augusto / Ag. Corinthians

Com esse currículo e um estágio na Europa com Carlo Ancelotti, Pep Guardiola e outros ótimos treinadores, Tite chega à seleção com o status de melhor treinador brasileiro da atualidade e com esperança de devolver o futebol que encantou o mundo no decorrer de sua história, mas que hoje acumula decepções.

2. Exigências para assumir

Crédito foto: Daniel Augusto / Ag. Corinthians

Tite não é bobo. Em tudo que envolve negócios há chance haver interesses maiores. Ele quer escalar o seu time independentemente de opiniões que possam eventualmente vir de fora, não quer sofrer influência de empresários ou cartolas. O técnico esperou o momento certo para assumir. Não foi a primeira conversa que o convenceu. Tite quer montar seu próprio esquadrão, com seus jogadores de confiança que sabe que irão assimilar o trabalho e trabalhar duro para manter a vaga. Quando viu que a CBF iria aceitar seus métodos, exigiu e assinou.

Começa um tempo novo de maior competitividade para fazer parte dos 23, e maior competitividade ainda para estar entre os 11 de confiança de Tite.

3. Realismo e pés no chão

Em sua primeira entrevista o técnico admitiu que o Brasil corre risco SIM de não ir para a Copa da Rússia em 2018. Isso porque a colocação atual da equipe não é favorável e o futebol sul-americano se nivelou muito nos últimos anos. Equipes como Equador e Peru que antes garantiam pontos de vitória para a Seleção Brasileira hoje surpreendem. Sem contar que Chile e Argentina dominam o continente. São duas finais nos últimos dois campeonatos, além de fazerem boas campanhas nas eliminatórias da Copa.

O Brasil tem que saber que não é mais hegemonia. Precisa colocar os pés no chão e admitir que a seleção canarinho se quiser manter a fama de ser um adversário a ser batido vai precisar de trabalho, profissionalismo, foco e garra. A começar pelo 10 e antigo capitão, que está mais para pop star da Seleção Brasileira. 

4. Ímpeto de se reerguer depois dos vexames

Crédito foto: Getty Images

Os vexames machucaram. Tanto a ponto de não saber o que dói mais, perder em casa de 7 para a Alemanha na semifinal da Copa ou ser eliminado na fase de grupos da Copa América perdendo para o Peru.

A nação brasileira é por si só uma nação de guerreiros, seja qual for a profissão. Nós podemos falar mal da gente, mas eles não!

É com o ímpeto de provar que a qualidade não está perdida que o Brasil se reergue agora. Como se fosse aquele menino que se diz bom de bola na escola, mas toma uma lambreta e cai sentado, e todos os seus colegas fazem questão de lembrar disso para diminuí-lo, mas que depois toma conta do jogo para provar que as coisas ruins acontecem, mas não é por um drible que perde o campeonato.

A Copa de 2014 foi perdida de forma drástica, a Copa América também, mas o caminho para a Copa de 2018 está em curso, e o Brasil tem dois anos para provar ao mundo que o talento com a bola no pé é um dom para poucos.

5. Tempo 

Tite assume em junho de 2016, a Copa acontece em junho de 2018. O tempo não é ideal para um trabalho mudo aprofundado para chegar à Copa, mas também não é pouco.

A seleção terá depois das Olimpíadas, as Eliminatórias e algumas janelas para amistosos. Tite já tomou o cuidado de assistir todos os 55 jogos do Brasil desde a Copa e faz questão de ir ver jogos nos estádios. Este é um hábito que vem se tornando comum, principalmente em clássicos. O último que contou com sua presença foi Palmeiras x Santos no Allianz Parque

Crédito foto: Reprodução YouTube TV Palmeiras

Tite terá um trabalho árduo para acertar essa equipe, mas temos motivos suficientes para acreditar numa nova era da seleção, sem vexames e, quem sabe, uma atuação competitiva na Copa da Rússia em 2018.

Veja também: 
Rio 2016: Não torço pela Seleção Brasileira, mas sim por Micale
Rio 2016: 12 esportes com mais pódios brasileiros no século 21
Cartola FC: Confira 10 prováveis candidatos ao Troféu Gringo do Ano