Crédito foto: Divulgação do site oficial do clube
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Desde 2014, o presidente Paulo Nobre tem uma política baseada na realidade do clube. Quando assumiu, Arnaldo Tirone tinha deixado apenas 25% da verba para o ano inteiro disponível para arrumar o time. Nobre poupou e contou com a sorte ao escapar do rebaixamento na última rodada do Brasileirão.
De lá para cá, o Allianz Parque foi inaugurado e trouxe muitas alegrias. Sempre cheio, os cofres alviverdes ‘’bombaram’’ com as receitas de ingressos e finalmente havia uma gestão inteligente no clube, com a presença de Mattos e Cícero no departamento de futebol. Ótimas contratações foram feitas e no primeiro ano o Verdão já venceu a Copa do Brasil.
Ainda melhor para 2016, Cuca chega com uma iminente eliminação na Copa Libertadores da América e nas semifinais do Paulistão, entretanto, já chegou com respaldo da diretoria que tinha tranquilidade suficiente para deixar o treinador em paz para a disputa do Brasileirão. O resultado já sabemos: campeão brasileiro!
Uma média de mais de 32 mil torcedores por jogo no estádio, que só não é maior devido à punição muito questionada da CBF. A torcida do Verdão deu show em mais um ano e esteve presente em todos os jogos do campeonato, dando forças e caminhando em sintonia com o time. Torcida essa que já havia avisado na primeira rodada “Estamos juntos rumo ao título”. E cumpriram. Torcida e time. Com a maior média de público e o maior ticket médio do Brasil, o alviverde arrecadou em 2016 mais do que a Série B inteira ao longo deste Campeonato Brasileiro.
Alguma dúvida da paixão desta torcida?
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O começo não foi dos melhores, mas o técnico Cuca já chegou com uma promessa: Podem me cobrar o Campeonato Brasileiro. Ele sabia o poder de fogo que tinha em mãos e soube como ninguém fazer essa máquina funcionar. Gabriel Jesus desandou e fez muitos gols e logo foi convocado para a seleção principal, Róger Guedes ganhou rapidamente a titularidade e encantou no início do campeonato, Dudu se tornou ainda mais importante quando o mestre Cuca lhe deu a faixa de capitão. Virou dono do time.
Cuca mostrou uma gestão de elenco exemplar. Fez as trocas de peças certas em momentos cruciais e teve o elenco na mão. Prova disso, foi o sufoco que a equipe reserva do Palmeiras deu no Grêmio no jogo de volta da Copa do Brasil, onde foi eliminado com um empate, mas massacrou o Imortal Tricolor enquanto esteve com 11 em campo.
O time jogou bonito quando tinha que jogar e feio quando tinha que ganhar, mas sempre eficiente, brigando por cada bola e ocupando os espaços certos do campo. Se o título brasileiro tem um nome, pode chamá-lo de Cucabol. Gênio.
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A união do elenco foi visível dentro e fora do campo durante o campeonato. Jogadores se dedicando uns pelos outros. Por mais talentos individuais que possa ter, o Verdão joga como um time e isso fez a diferença.
Titulares e reservas no mesmo patamar, sendo valorizados e protegidos, tendo cada um seu espaço para jogar. Por vezes Mina, hora Dracena, hora Martins, por vezes Thiago Santos, hora Gabriel, hora Xavier… Barrios, Alecsandro, Leandro, Jesus. Todos tiveram chances e corresponderam dando sangue dentro de campo. Sem dúvidas, essa união foi fator chave para colocar o Verdão nesta posição que se encontra hoje.
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Não existe bola perdida. O alviverde disputou cada palmo do campo desde o início do campeonato. Quando um adversário invade a área aparecem três jogadores para travar, outros para a sobra ou interceptar os passes. Defesa, meio e ataque eram disputados na força por cada jogador do Verdão. Vários gols saíram de pressão que o time aplicou na frente. Demonstraram garra de campeão desde a primeira rodada.
Não apenas numeroso, o elenco do Verdão é qualificado. Nenhuma equipe hoje no Brasil tem jogadores no nível de Arouca, Barrios, Cleiton Xavier, Allione, Egídio, Rafael Marques, Erik e Alecsandro no banco de reservas. São jogadores que valem milhões e seriam titulares na grande maioria dos times da Série A do Brasileirão. Jogadores que quando foram exigidos corresponderam e não deixaram a peteca cair. Haja visto quando Prass e Gabriel Jesus foram convocados para as Olimpíadas, onde vários apostaram na queda do alviverde na tabela, os reservas entraram e mantiveram a liderança da competição. Essa é uma vitória do elenco do Verdão, que não tem só 11 titulares.
Como time, o Verdão se encaixou como poucos times em 2016, mas o individual também foi determinante para essa conquista. Todos os jogadores merecem uma menção honrosa em todos os meios de comunicação possíveis.
A começar por Jailson, campeão invicto com o alviverde. Assumiu o posto depois da infelicidade do Vagner e não perdeu neste campeonato com a camisa do Verdão. Uma verdadeira muralha de sangue verde. Foi como se ele já estivesse nascido no Palestra e participado da incrível escola de goleiros do Verdão.
Jean foi uma das melhores contratações do ano. Elegante, tático e técnico, foi importantíssimo a cada jogo que disputou. Seus revezamentos com o Tchê Tchê pela direita confundiram os adversários, que não tinham ideia do que acontecia às vezes pelo lado direito do ataque do alviverde.
Yerry Mina chegou com status de titular e se manteve. Gols decisivos em clássicos já o colocaram nos braços da torcida. Alto, forte, decisivo e com ótima saída de jogo, Mina jogou menos, mas ajudou muito na campanha do Verdão.
O que falar do Vitor Hugo? Ou Torugo para alguns. Gigante. Joga limpo. Tem agilidade, boa cobertura e cabeceia como poucos. Se o alviverde hoje já é campeão, que lembremos daquele gol fora de casa contra o Atlético-PR, que deu a vitória ao time por 1 a 0. Merece como ninguém essa alegria por sua garra e carisma.
Zé Roberto, um dos líderes do elenco, jogou muito na lateral e no meio de campo. Vale lembrar do seu golaço de cobertura contra o Santa Cruz e a sua cobertura providencial tirando a bola em cima da linha no empate contra o Cruzeiro.
Tchê Tchê, polivalente, ocupou todos os espaços do campo, inclusive está comigo agora enquanto digito esse texto e fazendo janta para a mulher lá na casa dele. Ocupa todos os espaços do mundo.
Eu estava pensando em falar do Thiago Santos e do Gabriel, mas eles interceptaram meus comentários. Volantes clássicos, limpos, que tem a camisa do Verdão como segunda pele, diferente do Moisés, que antes da camisa do Palmeiras joga de terno e gravata. Que surpresa fenomenal para a torcida do alviverde. Se há um meia versátil, com ótima visão de jogo e passe preciso no Brasil, esse cara é o Moisés. Coração do meio campo alviverde, o time sentiu quando esteve ausente.
Róger Guedes lembrou em algumas vezes o Diabo Loiro (comentado pela própria torcida). Não que seu futebol se aproxime do Paulo Nunes, mas que aplicação. Guedes esteve por muitas vezes marcando e recuperando as bolas na defesa pelo lado direito. Incansável, foi importantíssimo para o título e até sondado pelo Barcelona.
Gabriel Jesus, um fenômeno. Artilheiro do campeonato por várias rodadas consecutivas foi determinante para a conquista pelos gols e participações. Quando não marcava, brigava, dava passes para os gols e cavava faltas que resultavam em gols de cabeça. Muitos cartões amarelos, mas quem liga? Olha o menino aí com a taça. Que cresça muito agora com Pep Guardiola.
DUDU. Sim, com maiúsculas, DUDU. Esse representa a torcida do Palmeiras em campo. Deixa o gramado esgotado, luta, briga, não tem jogada perdida, às vezes até chora. Ele não só pulsa o coração do Verdão em campo, mas o coração da torcida. Paixão, amor, garra. Não é nenhum Neymar, mas tem muito talento, potencial e cresceu demais com a faixa de capitão. Fez os gols da final da Copa do Brasil, gols decisivos no Brasileirão e líder de assistências da competição. Que jogador. Que chapéu. Se não fosse tão difícil manter um jogador bom no futebol brasileiro, os palmeirenses gostariam que o Dudu estivesse sempre com esse manto.
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Cucabol ou Cucagol. O melhor ataque, melhor defesa, melhor saldo, mais vitórias, menos derrotas. O alviverde ficou ainda maior com o MESTRE Cuca. Já falamos dele acima, mas vale ressaltar a transformação que houve no elenco com esse cara fenomenal. Palmeirense de criança, estava na China salivando para treinar esse time, chegou e representou.
Parabéns Palmeiras, parabéns elenco, comissão técnica, obrigado Paulo Nobre, Mattos, Cícero, diretoria e todos os envolvidos. O Verdão hoje é ainda mais GIGANTE!
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